domingo, 21 de fevereiro de 2010

Memórias de Ti

A vida é uma incógnita, hoje podes estar aqui, e amanhã estares bem longe de mim.
Se estiveres longe vou continuar a olhar por ti e para ti, pelas memórias e loucuras, pelos sorrisos e recordações.
O prazer da tua existência, das tuas atitudes, do percurso que percorremos juntos até tu desistires, mudou a minha liberdade.
Pedaços de mim que agora sei que me roubaste, mas os que eu te roubei a ti, esses não os devolvo, estão guardados bem lá no meu fundo.
Loucura, liberdade, prazer, atitude, um percurso, um sorriso ou um pedaço de silêncio?

Beatriz Lourenço; 11ºC

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Perdas

"Memórias de um grande amor preenchem a vida, até que a amarga solidão se crava no peito como pequenas pedras."
Foram as suas últimas palavras, sussurradas num último fôlego.
Naquela noite de Inverno, no meio do gelo, cercados pala densa humidade do ar, vi os seus olhos perderem a luz, tornando-se globos vazios… Acariciei as suas mãos gélidas, sem pulsação.
Abracei aquele corpo quase sem vida, sentindo que, com ele, partia, também, parte de mim.
Margarida Andrade; 11º D

Aprendi a Amar!


Eu sei Amar!
Para mim, o amor desliga-se da realidade. Em nada tem a ver com o banal. Não me contento com o banal e com o que chega, apenas. Quero mais, quero sempre mais de mim. Quero sempre elevar a fasquia de modo a ter orgulho no meu trabalho. E já nem é só isso… Sinto-me especial quando sei que ultrapassei as expectativas que as pessoas detinham em mim.
Não consigo ser hipócrita ao ponto de dizer que amo todos os trabalhos que faço, mas esforço-me por criar alguma ligação com eles de modo a que o resultado final seja melhor do que eu alguma vez pretendi.

Ana Laura; 11ºC

Apontamento

Numa manhã, acabada de acordar, andava a passear, olhando as cores do rio e do ar.
Reparei. Na beira do rio, um vulto de mulher. Curvada. Batendo a roupa na pedra. Aproximei-me. Olhei-a. Olhou-me.
- Precisa de ajuda?
- Não. Ao longo da minha vida nunca ninguém me ajudou.
Afastei-me e fiquei ali. Observei-a, pormenorizadamente; era uma mulher sofrida, que trabalhara a vida inteira, carregando uma enorme cesta de roupa, e esperei demoradamente por um sorriso que nunca aconteceu…

Mariana Carvalho; 11º C

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Sonhar


Ficar feliz para o resto da vida
Era um sonho quase inalcançável
Consegui o que tanto desejei
Com esforço, luta e muito sofrimento
Teimei e aqui fiquei
Neste beco sem saída.
Os contratempos da vida
Ultrapassei-os, e encarei toda a realidade
Durante anos, por ele, lutei
Com lágrimas, feridas e tormentos
O meu sonho foi concretizado…
A minha vida alcançou o rumo desejado.

Ana Trindade; 11º D

Num segundo...


Num segundo, perdi o meu Fiat Punto
Aquele doce e belo carro
Sinto-me só, perdida, morta, uma defunta
Não tenho agora ar condicionado
Sinto-me mal e só neste mundo
A minha vida perdeu todo o sentido
Sozinha, acorrentada cá no fundo!
Obrigada a viver sem ele,
Estou presa sem conseguir sair deste desgosto profundo.
De preto eu me visto pelo luto.
A minha alma encontra-se completamente perdida.
Terá sido culpa minha ou daquele condutor corrupto?

Catarina Sabino; 11ºD

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

As Contradições do Amor

Naquela noite em que ela não apareceu
O amor em mim faleceu.
Esta paixão sempre foi uma ilusão
E diante do abismo do amor e da desilusão,
A desilusão foi a minha opção.

Como é possível alguém amar
Quando a pseudo cara-metade não tem nada para dar?
Sinto-me como uma flor sem uma única pétala,
Pois quem me interessa é simplesmente ela.

O amor é cego
E quem paga por isso é o meu ego.
Agora, por mais que tentem,
Não voltarei a cair no mesmo prego.

João Rodrigues, 10º E

domingo, 7 de fevereiro de 2010

"Bora"

"Bora", foge.
Deixa o teu antigo ‘eu’ onde não o recuperes.
Pega nas tuas coisas e vamos fugir daqui,
mas cada um para seu lado…
O que eu queria era ser feliz,
e voltar a abraçar-te,
voltar a estar contigo,
mas oceanos de distância não mo permitem.
O meu erro foi falar contigo.
Finalmente, abandono-te, deixo-te, largo-te.
Os meus erros fazem parte do passado
e uma nova paixão faz parte do futuro.

Ana Laura; 11º C

Não sei...


O que é isto?
Será que estou viva?
Não tenho a certeza de que existo.
Nada à minha volta está como antes.
Pensava que sim. Afinal não sei.
Já não sei o que sinto.
Tenho medo.
Um dia, quando voltar a respirar,
A verdade será revelada.
Não aquela que ansiava ter.
Nunca poderemos ficar juntos.
Nem já respiramos o mesmo ar.

Patrícia Santos; 11º C

Adeus


Tentava salvar a vida que há em mim
Esquecer aquele último abraço
O sangue inocente escorria pelo meu braço
Relembrando-me que tudo na vida tem um fim

Como uma separação é dolorosa, os sentimentos também o são
Os teus olhos revirados diziam-me adeus
Morreram com uma facada à traição
De pecados que não eram teus

O amor adormeceu
A paixão? Desvaneceu!
Se tudo isto for assim
Mãe, será este o meu fim?

João Pedro; 11º D

Um Poema


Uma palpitação, demasiado audível, estremece-me.
Tenho tanto medo.
E o medo, esse, continua a crescer…
A água está fria.
Talvez menos gelada que eu!
Não sei se tomo banho.
Só queria que o meu medo fosse pelo cano abaixo, com a água.
Não tenho a certeza de nada.
Se me perguntam por amanhã, respondo:
Sei lá.
Só quero… voltar a ser eu!

Ana Lúcia; 11º C

Loucura


O que sou eu?
Quem serei eu?
Não sei o que sou.
Não conheço a minha existência.

Há quem me ache louca
Por não me saber definir.
Quem disse que ser louco é mau?
A sanidade não me dá respostas!

A loucura é um dom que nasce connosco
E eu não sei quem sou se não enlouquecer.
Mergulho, mergulho na loucura
À procura da minha essência.

Beatriz Madeira; 11º C

Rendição


Onde está?
Preciso de encontrar, mas
não sei mais onde procurar.
Será que está no sítio mais improvável?
Vou procurar debaixo da cama.
Não está, mas eu não vou desistir,
Eu procuro em toda a parte,
Até que chega aquela hora e penso
Por mais que procure e tente, nunca alcanço.
Desespero em toda esta ânsia.
O impossível é o que eu mais desejo.
Mas chegará o dia de me render, render a ti e às tuas ambições.


Patrícia Pereira; 11º C

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Tu


És a máquina que me faz trabalhar,
És a essência que me dá vida.
Quando olho para ti, penso em viver
Viver… viver só ao teu lado!
Fazes-me rir como nunca ninguém fez.
Fazes-me rir como se não houvesse amanhã…
Não me enlouqueças!
É essa mesma loucura que me consome e mata.
Tenho medo…
A loucura faz-me medo…
E eu não quero ter esse medo.

Ana Silva; 11º C