terça-feira, 30 de setembro de 2008

Tadeu

Vamos supor que se chama Tadeu.
Pelo aspecto, vê-se que o Tadeu é um sem-abrigo que luta, diariamente, para sobreviver nas ruas de uma cidade, onde dorme ao relento, talvez em cima de um cartão, passando frio durante a noite.
Para encontrar comida tem que procurar no lixo das pessoas que vivem perto dele, ou então dirigir-se à “Sopa dos Pobres”, isto é, se a houver.
Pelo aspecto sujo e pobre, vê-se que não tem quem o ajude e usa, por isso, um guarda-chuva para se proteger do vento, da chuva ou mesmo de pessoas que lhe queiram fazer mal.
Ao olhar para a imagem parece que o Tadeu me está a olhar e a pedir ajuda e é isso mesmo que eu percebo através do seu olhar: uma réstia de esperança e um grito de ajuda.
Talvez se o Tadeu tivesse tido alguém que o ajudasse quando estava a cair, não estivesse nesta situação. Mas… Isto é só um “se”…

Ana Laura Miranda, 10º C

domingo, 28 de setembro de 2008

Homem

Sentado na esquina da rua, estava um homem velho, com as suas rugas características da idade e as suas longas barbas brancas.
Era um dia de Inverno. Estava frio e tinha acabado de chover. O homem vestia uma gabardina por cima de uma camisa escura. Agarrava com as suas mãos um guarda-chuva aberto. Tinha um ar abalado, triste. Os seus olhos castanhos estavam espantados. Não tinha ar de ser um sem-abrigo, pois as suas roupas estavam em bom estado. Mas tinha um ar de quem sofreu muito na vida e estava a sofrer naquele momento. O seu longo cabelo grisalho esvoaçava com o vento, tal e qual como as suas esperanças.
Pobre homem, devia precisar de muita ajuda, talvez um ombro amigo. O seu olhar implorava. As pessoas passavam e ignoravam. Deve ser a pior sensação do mundo, a de se sentir ignorado, a de se sentir desnecessário.

Beatriz Madeira - 10ºC

Solidão

Era um homem velho, sozinho, ao relento nos subúrbios de uma grande cidade. Tinha um aspecto descuidado e sujo. Sem emprego e sem ninguém, vê apenas as horas a passar, esperando por um novo dia.As pessoas passam, olham-no de lado, pois é apenas um pobre vagabundo, à deriva na vida. Protege o possível, tanto o corpo (como demonstra a figura, com a gabardine e o guarda-chuva, por exemplo) como o próprio interior, tentando ser um pouco invisível aos olhos dos outros.Usa um fio, talvez uma espécie de amuleto contra alguma coisa. É talvez daquelas muitas pessoas que precisam de ajuda, mas que a maioria das pessoas deixa de lado, pela chamada “falta de tempo” e por achar que também elas precisam de ajuda. E ali está, mais um homem solitário, à margem da sociedade e tratado como lixo. O que as pessoas que lhe passam ao lado deviam pensar é que não é tão impossível como se pensa chegar àquela situação. Mas passam ao lado e ali deixam uma pessoa com tantos direitos como eles, a ser tratado como se não valesse nada.

Ana Sobral - 10ºC