domingo, 24 de janeiro de 2010

Invernos de outros tempos....

Neste dia chuvoso e cinzento de pleno Inverno… aqui, na minha acolhedora casa de campo, sentada junto ao quentinho da lareira, recordo outros Invernos e outros tempos. Em pequena, antes de entrar para o Ensino Básico, eu adorava o Inverno era de certo a estação mais desejada do que qualquer outra, mesmo o Verão. Ansiava por estação, não só pelas comemorações que se fazem nesta altura que fascinam qualquer criança… mas desejava esta estação pelo que, realmente, ela nos oferece de novo em relação às outras! Eu queria ver os campos em redor da minha casa cobertos de verdes molhados que se espelhavam, com um tímido sol que espreitava por entre as nuvens, eu queria ver a água que se derramava do céu, queria ouvir a fúria dos trovões e dos relâmpagos, eu queria ver esta fúria da natureza… Ao fim da tarde, queria ver essa fúria convertida num sorriso de todas as cores vivas e alegres, queria ver os charcos e as poças dispostas por todo o lado para pegar na minha bicicleta cor-de-rosa e nas galochas e sair que nem uma maluquinha em busca da maior poça para chapinhar em cima, queria ver… queria ver… queria…
Hoje, sentada aqui… à lareira desta casa que já acolheu tanta felicidade, bem como a vida desta menina que gostava do Inverno, reflicto sobre o que hei-de escrever sobre o tema do texto proposto pela professora de Português: “O Inverno”. Olho para o passado, vejo o presente e concluo que essa menina já não existe… agora, há uma pessoa fria tão fria como este dia, que em dias de Inverno nem sai à rua para ver aqueles campos verdes, para procurar o arco-íris, para observar o ninho da cegonhas, para escutar a água que cai no telheiro da varanda… tudo isto esta lá, nada mudou desde da minha infância… só EU.
Eu converti esta magia do Inverno numa estação triste tão triste como o meu rosto nestes dias, tão fria como a geada que cobre os campos, tão angustiante como o meu coração arrefecido, tão abafada como o nevoeiro da madrugada… E assim, esqueci aquela magia da minha infância… esqueci que tudo tem o seu encanto natural… esqueci…
A forma como encaramos a vida é que pode torná-la diferente… pois a vida está lá para ser vivida ao máximo!


Marlene Silva; 11º C

Invernia de Mudança

Pergunto-me se está a chover, pois todos à minha volta correm para se abrigar ou passam com um guarda-chuva aberto. Eu permaneço no meio da rua, inundada de recordações que me fazem sentir viva outra vez. Morri em tempos, eu admito, mas as gotas que agora escorrem pelo meu rosto, limpam-me a alma e o coração e, assim, ganho vontade de viver e de seguir em frente. Tomo consciência de que devo encerrar o passado e partir na aventura que é o presente. Neste momento, aqui, no meio desta rua que, tantas vezes, percorremos juntas, acordo para a realidade e vejo que deixei o tempo fugir e não o aproveitei.
Comecei a apreciar o Inverno, a dar valor à chuva, a abraçar o frio e a deixar-me levar no vento. A resposta para as minhas dúvidas e a solução para os meus problemas, encontrei-as no doce Inverno, o meu salvador.

Patrícia Chainho; 11ºD

domingo, 17 de janeiro de 2010

Ainda... O Inverno!


O vento sopra lá fora chamando por mim. Assobia e eu não vou.
Tenho medo, medo de sair de casa e não mais voltar, medo de desaparecer para sempre e deixar para trás todos aqueles que amo, medo de me apaixonar pela tristeza que o Inverno me transmite.
Sempre que anoitece, eu permaneço em casa sentado no canto da lareira, embrulhado num cobertor que me ofereceu a minha avó antes de falecer, ouvindo a chuva cair. É mágico!
Mas cada vez anoitece mais, cada vez se começa a ouvir mais o vento que a chuva, a cada hora que passa parece que o vento empurra a chuva para longe daqui e só oiço tristeza, dor e sofrimento vindos da rua.
Um dia, juro, um dia, ganharei coragem e sairei de casa, encontrarei a chuva e dar-lhe-ei consolo. Talvez a leve para casa, talvez a sente comigo à lareira e a deixe adormecer tranquilamente, ouvindo o som da madeira a estalar.

João Pedro Rocha; 11ºD

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Variações: "Canção de Hans, o Marinheiro"


1.


Hans saiu do porto com muita alegria
Embora com algum sofrimento
Todos reconheciam a sua valentia
Mas ir para o mar é um tormento.

Eles passaram por um enorme temporal
Estava a ser um horror
Embora parecesse radical
Era mais um filme de terror.

Muitos morreram a tentar
Morreram sem explicação
Nunca deixaram de amar
Aqueles que sempre lhe deram a mão.

Chegada ao Porto
Com pouca tripulação
Trazendo apenas um corpo morto
Que ficará no coração.

Muitos perguntam o que se passou
Perguntam onde estão os seus maridos
Hans com ar triste olhou
E elas choram em ombros amigos.

Tristeza percorre almas
Há um aperto em cada coração
Mas ainda assim todos batem palmas
A um grande capitão

Nem todas as viagens correm bem
Há sempre uns que ficam a naufragar
Vão mil voltam cem
Mas Hans continuará sempre a tentar.


Mariana Rocha

2.
Atravessar o mar
Não se faz apenas com um olhar
O mar não é um charco
É melhor levares o teu barco.

Não sejas tão aventureiro
Não te armes em marinheiro.
Para atingires a tua riqueza
Vence o mar e a tua natureza.

Para enfrentares a tempestade
Tem de ser com honestidade.

Pensa sempre com a tua alma
Por favor, não percas a calma.
Se a tempestade persistir
Tens duas escolhas:
Ou reagir
Ou desistir.


Ruben Colaço


3.
Com tanto temporal
Parecia um sofrimento
Pois foi radical
E eu não lamento.

Apareceram vagas
Foram umas grandes pragas
Mas a nossa valentia
Foi a nossa alegria.

Apenas um suspiro
Veio outra onda
Sou eu que transpiro
À espera doutra ronda.

Acalmou o coração
Pois parou o terror
Com toda esta pressão
Chegou ao fim a dor.


Carlos Morais

4.
Baixemos as velas
Mas que sofrimento
Para quê tanto tormento?

Mas que vida de pragas
Partiram-me as vagas
Marinheiro, aqui estragas
Em terra pagas.

Para quê tanta aflição
Quando ninguém me ouviu quando tinha razão
Que grande pressão
Que sinto no coração.

Homem ao mar
Que não sabe nadar

Que horror!
Isto parece um filme de terror!

Com tanto furor
Bati com a cabeça perdi a cor
Que suspiro
Safei-me da morte por um tiro.


Inês Palhinhas

5.
No barulho ensurdecedor da trovoada comecei a escrever,
Pois havia a hipótese de morrer.
Só tinha uma vela para me iluminar
O sofro do vento e o medo para me inspirar.

O Deus do mar a mim me queria abordar.

Agora começa uma história de terror
Mas o medo substituiu a dor
O vento cortante era gelado
Pedi ao vento: “Pára, senão fico com o barco naufragado!”

Ele riu e pensei que estava a gozar
Mas de repente com uma voz maior disse a gritar:
“Ordeno à tempestade para acabar”

Os ventos pararam e as ondas começaram a amainar.
Dei por mim, estava a dormir e a sonhar!


Nuno Malveiro

6.
Quando suspiro
Tenho uma aflição
E quando transpiro
É com razão.

Perante o terror
Sinto o temporal
Pois sinto o horror
De ser tão radical.

A espuma que se vê
Não aprece se normal
O que será que se vê?
Será um animal?

Estar no mar com valentia
É sempre um tormento
Embora seja com alegria
E haja sempre sofrimento.

Com as ondas a rebentar
Não há navio que aguente
Não vejo a hora de chegar
Para não ficar doente.

No céu uma estrela
Que tenho de seguir
Não posso perdê-la
Não posso sorrir.

Não sei onde ficar
Tenho de partir
Tenho pressa de chegar
Não me quero desiludir.

A casa quero ver
Aqui no meio do mar
Bem perto a quero ter
Onde a deixei ficar.


João Pereira

Mostra-te!


Mostra-te sol
Quero pôr de molho o anzol
Desaparece luar
Que eu quero cantar
Porque não consigo despertar.
Apetece-me crescer
Porque quero aparecer
A ti unido
Serei sempre bem-vindo
Para mim viver
É querer saber
A minha vida é uma alegria
E descrevo-a na poesia

Estendo-te a mão
Mas hás-de dar-me o teu coração

Dás-me o teu sorriso
E eu ponho-te juízo
Tu és o meu aliado
Mas eu sou um falhado...

Inês Palhinhas

Solanzol


O Sol para mim é como um anzol
Ao ver o luar faz-me despertar e cantar
Faz-me crescer e aparecer
Com o meu mundo sou unido

Sinto-me bem-vindo
Viver torna-se em saber
A alegria é a minha poesia.

Com a mão no coração
Com um sorriso
E muito juízo
Sinto-me um aliado
E nunca um falhado.


Nuno Malveiro

Abraços

Numa noite de luar
Abri os braços à lua
Com esperança de voar
E ver a minha amada nua.

A vida é seguir em frente e crescer
Estar disposto a dar a mão
Gostar do que se está a viver
Olhar para o mal e dizer não!


Com um pequeno gesto fazemos um sorriso
O nosso coração é nosso aliado
Com o bem temos sempre um amigo
Por isso, não sou um falhado.

Mariana Rocha

Amar é Cantar


Neste dia de sol
Dá vontade de cantar
Eu pego num anzol
E pesco ao luar
Neste dia de calor
Dá vontade de nadar
Nadar com o meu amor
Até ao sol se deitar

Pegas na minha mão
E fazes-me viver
Trazes amor no coração
E vês-me crescer
O teu sorriso
Faz-me brilhar
Não tenho juízo
Apetece-me cantar.
João Pereira

Na Rua


Quem vive na rua
Vê o sol e a lua.
Vê o sol a nascer,
Vê as plantas a crescer.

Quem vive à deriva
Vê a natureza sempre viva.
Vive-se a vida entre olhares
Vê-se tudo, até os raios solares.

Viver entre encalços
Com aqueles pés descalços
Vejo de dia as pessoas que formam uma feira
E eu à noite vivo sozinho com a minha fogueira.
Ruben Colaço

Sol e Lua


O sol desaparece
A lua aparece
Fico a cantar
Durante o luar
Não sei fazer poesia
Mas tenho muita alegria

A lua desaparece
O sol aparece
Fico a cantar
Perante a luz a brilhar
Para finalizar
Vou-me embora a cantar.

Ruben Gonçalves; 9ºC

domingo, 10 de janeiro de 2010

É Inverno!


Vou aqui, dentro do carro. Chove tanto lá fora! Ouve-se o “vrum…vrum…” dos outros carros e o barulho da chuva, a cair sobre os vidros.
É Inverno. O ar condicionado está ligado. Estou bem quentinha e vou muito confortável.
Ao contrário de mim, reparei há bocado, ali atrás, numa velhota que se deslocava a pé, com o guarda-chuva aberto, para se proteger da chuva, coitada!
Nem todos têm a sorte de terem um carrinho para se deslocarem. Enfim, a chuva não pára. Está um vendaval! Os ramos das árvores, dão a sensação que vão cair. Olho para o meu lado direito, vejo lençóis de água sobre o solo, até dava para barquejar lá dentro. Para o outro lado, nem vale a pena olhar. É absolutamente igual.
Lá ao fundo, avisto um carro. Pareceu-me ver, atrás desse carro, uma pessoa de bicicleta…Espero ter visto mal! Vou esperar, para confirmar.
No rádio, está a passar uma música que desvanece o barulho da chuva.
Ele passou agora por mim, era mesmo um homem de bicicleta! Eu conheço-o. Costuma frequentar muito o meu café. Tenho pena dele, com este temporal, desloca-se todos os dias de casa para o trabalho, de bicicleta. Parece um “pinto” encharcado!
O Inverno tem destas coisas. Tudo parece mais difícil e aborrecido! Eu própria deixei a minha mente, deitadinha na cama, quentinha. Não apetece nada, acordar e sair debaixo dos lençóis.
Cheguei ao meu destino.

Patrícia Silva; 11ºC

sábado, 9 de janeiro de 2010

Chove na minha Alma!

É Inverno! Faz frio, lá fora, e chove.
Olho pela janela e, de repente, sinto-me entristecer. O dia está cinzento tal como eu.
Agarro num caderno e escrevo frases sem nexo para mandar embora a minha saudade, a minha tristeza e o meu vazio... A chuva teima em cair e eu caio com ela... Os meus olhos são agora duas nuvens carregadas de lágrimas que caem lentamente pelo meu rosto... Milhões de ideias, pensamentos surgem na minha mente, sem que queira ou consiga detê-los... E chove... na rua e na minha alma...Como se fosse uma folha de papel, sinto-me ser levada como as nuvens carregadas de água, empurradas pelo vento.Passo como o Inverno, lentamente e triste; mas passo à espera que a Primavera chegue e me alegre, na esperança de mais sorrisos nos meus lábios e alegrias nos meus olhos. Porque me recuso a ter o Inverno triste no coração e a tristeza no meu olhar.
Passa, Inverno! Vai-te embora e traz a Primavera porque não quero ser mais como tu.


Maria Granado, 11ºD

Brrrr... Que Inverno!


Verão, ai que saudades que eu tenho de ti! Quem me dera estar, neste momento, na praia a sentir o calor abrasador do teu Sol, em vez de estar, aqui, sentindo-me triste por estar isolado dos outros de que mais gosto, deitado de pijama vestido e coberto com uma manta no sofá da sala, junto à lareira.
Quem me dera poder estar agora a comer um gelado, divertindo-me com os meus amigos na rua! Mas o Inverno chegou e impede-me de estar na rua, obrigando-me a ficar aqui tão só e aborrecido.
Lá fora, chove como se nunca mais parasse de chover; sente-se um frio de bater o dente. Nem a roupa quente me ajuda a superá-lo e, aqui, estou eu constipado e com febre a beber o meu chocolate quente.
Espreito pela janela e vejo as árvores a serem sacudidas pelo vento, sem qualquer folha, completamente nuas. O vento sopra de tal maneira forte que tudo leva, tanto estraga os guarda-chuvas das pessoas que vão na rua como consegue arrancar até algumas árvores.
São 17.00 horas e parece ser já umas 22.00 horas, com o céu todo coberto de nuvens e o Sol posto… e continua a chover desalmadamente.
O meu pai regressa do trabalho à hora do telejornal e janto um belo prato de sopa de feijão e de tão doente que estava, mal acabei de jantar, fui deitar-me a ver televisão no meu quarto e adormeci.
Quando acordei, no dia seguinte, reparei na maneira como estava o jardim do meu quintal. A relva, que é de um verde puro, estava como se fosse de neve, completamente congelada devido à geada da noite anterior; a minha piscina estava quase a transbordar de tanta água que tinha e coberta por uma pequena camada de gelo e havia cadeiras e algumas folhas espalhadas por todo o quintal devido à força tremenda do vento!
Eu continuo sozinho, aborrecido, deprimido. Nem sequer com vontade de ler Os Maias… Sem nada que possa fazer para impedir que a chuva entrasse em minha casa e na casa da outras pessoas da minha terra.
Por volta das 12.30 horas, o meu pai chegou a casa para almoçar e contou-me que a nossa terra está num caos total, com quase tudo inundado, sem electricidade e com um gigante prejuízo, pois tudo o que estava a ser cultivado nos grandes terrenos, fora perdido! Os postes de electricidade derrubados, dezenas de casas perderam quase tudo o que tinham no seu interior… enfim perdeu-se tudo.
No meio deste Inverno "horrível" eu só tenho um desejo: Verão, volta depressa!

Nuno Martins, 11ºC

Gente ao Inverno


Inverno é sinónimo de festas, de férias… é nesta estação em que mais estamos com a família e é quando as pessoas regressam às suas terras para festejar o Natal e o Ano Novo com a família, amigos e com outros convidados, como por exemplo, a chuva, o frio, o vento e, por vezes, a neve. Este mau tempo convida-nos a esquecer os problemas e a "começar" uma nova vida, sem complicações e aborrecimentos e assim, iniciar um novo ano de cabeça levantada e, principalmente, com alegria.
Agora, quando se olha à janela, vê-se uma rua praticamente deserta, "morta", apenas se vêem as pessoas que não têm família e que vivem na rua, sem dinheiro e sem comida… Ora isto é uma tristeza da vida e nós devíamos olhar mais por esta gente que nada tem, por esta gente que não tem ninguém, por esta gente que é gente como a gente!
Os dias são cinzentos, negros, sem energia e são dias como estes que nos impedem de ir para a rua vadiar, passear com os amigos. Assim, somos obrigados a ficar por casa junto, à lareira ou dentro das mantas, escutando o som da chuva e do vento, que para muitos é uma boa fonte de inspiração.
Deste modo se pode dizer que o Inverno é uma estação de alegrias e de tristezas! Nós temos que aprender a pensar mais nas outras pessoas e menos em nós próprios, temos que mostrar como temos coração e devemos ajudar os mais necessitados. Agora, é o tempo de esquecer os problemas e pensar que os próximos dias vão ser melhores, cheios de alegrias, pois é um novo ano que se inicia, embora carregado de chuvas, ventos, frios e neve porque o Inverno está aí para dar e durar!

Diogo Dias; 11ºC

Chega o frio...


Chega o frio, vai embora o calor...
Um novo gosto, um novo sabor.
Desliga-se a ventoinha, acende-se a lareira;
esquecemos o refrigerante, aderimos ao cházinho
e bebemo-lo sentados numa cadeira, no quentinho.

Cai a primeira chuva,
o vento começa a soprar.
Horas de se agasalhar
para ninguém se constipar.

Cai a neve branca e fria
e nela as crianças brincam
com muita emoção e alegria.

Com tanto frio
em casa, temos de ficar.
E, mais uma vez, os meninos
para a rua não podem ir brincar.


No Inverno, chega o Natal,
época feliz para todo o pessoal.
Altura para escrever as tais cartinhas
para que o Pai Natal nos dê boas prendinhas.


Jorge Gonçalves; 11º D

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O Inverno é isto!


O que será passar um ano e não termos esta estação? O que será não sentirmos o frio a congelar-nos o corpo, não ouvirmos a chuva a cair, não termos o calor das lareiras, não termos os chás e chocolates quentes?
Às vezes pergunto-me como será viver num país quente onde não existe Inverno… e penso em como será estranho, como será não termos estas coisas todas. Apesar de se tornar um hábito para essas culturas, mas para nós, que temos todas estas fases em que o tempo muda constantemente, seria uma aberração. Habituamo-nos tão bem a elas que seria estranho sairmos de repente e habituarmo-nos a essas diferenças, neste caso, a esses tempos!
Esta é a altura do ano em que chega o frio, o gelo, a neve, a vontade de estar em casa sentado em frente à lareira, a beber algo quente, é a altura em que todos ficam um tanto ao quanto caseiros. Perde-se a vontade de estar na rua, de sair. A estes sentimentos e vontades junta-se o espírito natalício e o espírito de festa de um novo ano que se aproxima!
Com o Inverno todos começamos a pensar no Natal, todos ficamos um pouco mais sensíveis nesta época, apesar de se ter tornado numa época totalmente materialista, onde só se pensa nos presentes e se esquece o real valor do Natal… É triste, mas é a verdade! Passada essa época comemorada em família, onde se trocam presentes, carinhos, sorrisos, conversas, chega-nos a passagem do ano. O que seria também do Inverno sem essa fase? Todos passamos de ano, uns mais cedo que outros em determinados países, mas em todos se comemora o mesmo… a chegada de um novo ano.
Na passagem de ano, começam os desejos, os pedidos de um bom ano para todos aqueles que nos são queridos e a realização dos nossos sonhos. Pensamos também no que queremos para o novo ano que chega, começa a contagem decrescente para o próximo ano e assim sucessivamente… todos os anos é o mesmo! É um hábito, uma rotina, mas todos o festejam com o mesmo entusiasmo.
Nesta altura, todos desejamos poder estar perto dos que amamos e que gostamos, para que, durante todo esse novo ano, essas pessoas estejam igualmente presentes. Desejamos que o novo ano traga coisas boas para nós e para as pessoas mais próximas e reflectimos sobre tudo o que se passou nesse ano, tanto de bom como de mau para podermos desejar melhor.
Passa-se um ano, inicia-se outro. Agora só podemos esperar para ver o que o futuro nos irá trazer!
Enfim… para mim o Inverno é isto, é o frio, o natal, a reflexão do ano que passou e a chegada de um novo ano!

Mariana Carvalho; 11ºD

À Janela

Era Inverno...
Acordou. Pôs-se a olhar o que acontecia do outro lado da janela.
Era Inverno.
A chuva batia com força nos vidros. Havia uma grande neblina. O vento fazia as árvores abanar. Não se conseguia ver para além da fábrica de chocolates, aquela na ponta da cidade. Ninguém. Não havia ninguém na rua. Ninguém queria ir para o Inverno que havia lá fora. Todos tinham medo do frio que se fazia sentir do outro lado dos vidros, já um pouco embaciados. Ou das gripes que costumam atacar nesta altura. É o que se ouvia no telejornal todos os dias.
Queria ir lá para fora, sentir o vento a bater-lhe na cara, mas estava a chover. Dali, via o seu pássaro. Estava todo encolhido com frio. Nem a manta que cobre uma parte da sua gaiola o faz ficar mais aconchegado, neste dia de verdadeiro Inverno. Gosta do Inverno. Da lareira, das paisagens brancas que despertam o olhar. Da chuva que ajuda as plantas a crescerem e limpa a alma aos humanos. Com todo o encanto que encontrou ao espreitar pela janela, esqueceu-se de uma coisa muito importante. Era Natal! Já havia um ano que esperava por aquele dia, mas não se tinha lembrado antes. O frio já o fazia tremer.
Fechou a janela e foi para a sala, para junto da lareira.

Patrícia Santos;11ºC

Friiio!

Chove tanto lá fora. Oiço a chuva a bater na minha janela, e por mais que sinta obrigação, não quero, e até chego mesmo a pensar que não consigo levantar-me da cama. Mas como todos temos um dever a cumprir, acabo por ganhar forças para enfrentar o mau tempo que se encontra lá fora. As árvores balançam de um lado para o outro, como se estivessem a dançar; as nuvens do céu ficam cada vez mais escuras, até que, de repente, a chuva surge brutalmente e cai, cai do céu, como se não houvesse manhã. Parece que as casas perdem a sua cor… à medida que o mês de Dezembro se vai aproximando, o casario vai-se tornando cada vez mais sombrio, como se morresse ali, no meio daquela escuridão imensa.
Não são só as casas e o tempo que mudam, as pessoas sentem-se tristes, sozinhas e bastante pensativas. Isso nota-se nas suas expressões. Dias após dia vão ficando cada vez mais com cara de “poucos amigos”, com cara de quem não quer ser incomodado por ninguém.
Faz tanto frio que eu não resisto em vestir uma boa camisola de lã, com gola até tapar por completo o meu pescoço, um casaco da cabeça aos pés e uma botas; tudo isto para sentir o mínimo de frio possível. É nesta época do ano que as pessoas se devem proteger da chuva e do vento que se sente na rua, pois é, no Inverno, que estamos mais expostos a constipações e a pneumonias. Uma coisa que eu não suporto é andar com o guarda-chuva de um lado para o outro; prefiro vestir dois ou três casacos e apanhar uma grande chuvada do que andar a passear o meu guarda-chuva.
As festas mais desejadas por todos ocorrem nesta estação do ano – o Natal e a passagem de ano. O mau tempo convida-me a passar um tradicional Natal com a família, em casa, junto à lareira a ouvir histórias contadas pelas minhas duas avós. Já a passagem de ano é passada com aquelas pessoas que nós achamos que são os nossos verdadeiros amigos.
Este tempo faz-me sentir presa, angustiada, sem vontade para fazer nada e muito menos com disposição para andar a passear na rua. Logo que o sol aparece por entre as nuvens, o meu estado de espírito altera-se, transforma-se por completo.
Um terrível Inverno pode ser passageiro, mas uma eterna Primavera permanece para sempre no meu coração!


Patrícia Pereira; 11ºC

domingo, 3 de janeiro de 2010

Frio de Inverno!

Frio e muito frio, muita roupa e lareiras acesas. Este é o verdadeiro Inverno para mim.
Acho que o Inverno é aquela estação do ano para estarmos junto da nossa família, bem protegidos do frio, a fazer uma actividade conjunta.
É durante o Inverno que ocorre a época natalícia e a mudança de ano. É uma altura do ano muito especial para todos nós.
Na minha opinião, o Inverno do nosso país devia ser ainda mais frio, com neve por todo o lado para que também houvesse o verdadeiro espírito natalício, como em muitos países da Europa Central. Aí sim, sente-se o verdadeiro frio, com neve por todos os cantos, dia após dia. E não é isso que impede que as pessoas andem pelas ruas a passar, a andar de bicicleta ou até de fazerem as suas compras de Natal no comércio local.
O Inverno é a estação do frio, dos dias nublados, da chuva, da neve, das lareiras de todas as casas acesas, das tardes no sofá ou também dos dias na rua, bem agasalhados, a fazer as compras de Natal. Sinto-me bem no Inverno. Gosto deste tempo, e principalmente das festas que são festejadas.

Ana Silva; 11ºC

À Lareira

Percorro os meus dedos pelos DVD’s que se encontram no armário. Escolho um. Ponho-o no leitor. Ligo o aquecedor. Coloco a manta por cima. Sento-me no sofá e, com a companhia de um pacote de amendoins e da minha gata Nina, saboreio uma tarde de Inverno.
Essa é uma das vantagens desta estação fria. Podemos desfrutar de tudo o que a nossa casa nos pode dar. Nada melhor do que ver um filme ou ouvir um CD de música, quando a chuva bate à janela, pedindo para entrar, ou mesmo sentir o calor do aquecedor ou da lareira enquanto lemos um livro e ouvimos o vento soprar, lá fora, com força.
As melhores festas do ano vêem no Inverno: o Natal e a passagem de ano. O Natal é a festa da família, onde se recheia a mesa com todos os doces de Natal, o bacalhau e o peru. A passagem de ano é a festa dos amigos, festejamos mais um ano passado neste mundo que cada vez mais é dominado pela corrupção e pela injustiça a que alguns conseguem sobreviver e, infelizmente, outros não.
É por tudo isto que também pensamos mais em ajudar os outros no Inverno do que no resto do ano, pois é na altura destas festas, em que estamos alegres junto de quem mais gostamos, que pensamos como será que as pessoas que vivem em bairros pobres ou que não têm casa se sentem ao ver o resto do mundo a festejar a felicidade de estarem vivos e de boa saúde.
O que o Inverno nos traz de inconveniente é o facto de termos de usar casacos ou “kispos”, luvas, cachecóis, gorros. Todos os dias, sem excepção, antes de sair de casa, a minha mãe me diz “Beatriz, vai já vestir uma coisa mais quente que faz muito frio lá fora!”. É verdade que tenho que me proteger do frio, ele traz constipações, gripes, pneumonias, mas não gosto de me sentir presa, gosto de me sentir livre, sem o peso da roupa.
O Inverno não é a minha estação preferida, mas não me posso queixar. Até digo que sei ser feliz no Inverno.

Beatriz Madeira, 11º C

sábado, 2 de janeiro de 2010

Invernias

Casacos e mais casacos, cachecóis de todas as cores à volta do meu pescoço, gorros, luvas, pompons nas minhas orelhas e blusas com golas que chegam ao meu nariz! Assim sim sinto realmente a chegada do Inverno e do verdadeiro frio.
Das coisas que mais prazer me dão no Inverno é sentar-me no sofá, em frente à lareira bem acesa, a ver séries na televisão. Para a leitura, acho que não há melhor sitio – estar num ambiente calmo e tranquilo em que realmente sentimos paz! Acho que não há nada que nos apeteça mais fazer do que ler e sonhar. Pode até ser um livro bem pequenino ou talvez uma revista, mas a vontade está sempre lá. Mas, se há coisa que mais me enerva e me põe a auto-estima em baixo, é nos dias de escola, chover e chover imenso, detesto molhar-me! Por outro lado, adoro a chuva, mas só quando estou em casa dias inteiros de pijama a ver televisão e numa atitude de não fazer mesmo nada. Adoro adormecer a ouvir a chuva e o vento. Contudo, irrita-me acordar com o barulho da chuva a bater nas portadas do meu quarto. É então, que o Inverno me irrita! No Inverno fico mole e apetece-me passar o tempo todo em casa: faz-me lembrar o Natal, que é a melhor altura para estarmos em casa, com a família a conviver. O Natal da minha família sempre foi igual, imensa gente numa mesa enorme a falar e a falar a noite inteira, até chegar a meia-noite quando podemos abrir os presentes… O Ano Novo é sinónimo de festa! Se o Natal o passa com a família o Ano Novo é exclusivamente dedicado aos amigos! Adoro especialmente os preparativos e o convívio, escolhemos aquelas pessoas para entrarem connosco no novo ano, e isso deve ter algum significado, tenho a certeza! No Inverno, o que mais quero é aproveitá-lo bem. Para mim, o Inverno é uma multiplicidade de emoções, tanto boas como menos boas, mas acima de tudo, é mais um período de tempo que deve ser vivido um dia de cada vez e saber aproveitá-los a todos ao máximo.
No entanto, apesar de gostar deste tempo de Inverno, estou sempre ansiosa para que chegue o Verão, o calor, a praia e as festas com os amigos.

Beatriz Lourenço; 11ºC

Inverno

Quando penso no Inverno, são três as coisas que me vêm à cabeça: festas, mau tempo e férias. O frio, a chuva e, por vezes, a neve, trazem consigo os regressos às terras e países de origem, a comunhão das famílias e dos amigos, os sorrisos e as lágrimas de quem volta a estar junto das pessoas de quem sentia saudade.
É uma época festiva, é tempo de esquecer os problemas e os sofrimentos do resto do ano, é tempo de dar e nos darmos aos outros, “fazer o bem sem olhar a quem”, é tempo de Natal. Na minha opinião, é a festa mais importante porque comemora o que temos de melhor: a família. As famílias não são todas iguais, não têm todas um certo número de elementos, não são todas da mesma raça, não têm todas as mesmas possibilidades ou oportunidades, mas não é por isso que umas são melhores que outras. E “família” não são só os pais, os tios e os avós; são também os amigos e todas as pessoas importantes na nossa vida, que nos ajudam a crescer, que nos apoiam e, de certo modo, nos guiam.
Neste tempo, lembro-me de quando era pequenina e das tardes passadas em casa dos meus avós, junto à lareira que eu olhava com admiração, a ouvir histórias que, muitas vezes, começavam por “No meu tempo” ou “Antigamente”. Ainda hoje gosto de ouvir essas histórias e de me sentar junto dessa lareira. Só tenho pena que já não possa ter ambos, a minha avó e o meu avô, a contarem-me uma história ou a completarem a história um do outro.
O mau tempo que se faz sentir é, para muitos, um aborrecimento e um impedimento à saída de casa. Para mim, até tem um certo encanto. Depende dos dias, mas normalmente o som da chuva é, para mim, relaxante. Por vezes, penso nela como se fosse um sinal de que é tempo de nos lavarmos a nós próprios, de deixarmos para trás as complicações, de encarar a vida com um novo ânimo, de dispersar as nossas nuvens.
Mais que tudo, é um tempo de mudança, de regressos e partidas, de alegrias e tristezas, tempo de levantar a cabeça e pensar que o que vier a seguir vai ser melhor.

Ana Lúcia Sobral; 11ºC