domingo, 3 de janeiro de 2010

À Lareira

Percorro os meus dedos pelos DVD’s que se encontram no armário. Escolho um. Ponho-o no leitor. Ligo o aquecedor. Coloco a manta por cima. Sento-me no sofá e, com a companhia de um pacote de amendoins e da minha gata Nina, saboreio uma tarde de Inverno.
Essa é uma das vantagens desta estação fria. Podemos desfrutar de tudo o que a nossa casa nos pode dar. Nada melhor do que ver um filme ou ouvir um CD de música, quando a chuva bate à janela, pedindo para entrar, ou mesmo sentir o calor do aquecedor ou da lareira enquanto lemos um livro e ouvimos o vento soprar, lá fora, com força.
As melhores festas do ano vêem no Inverno: o Natal e a passagem de ano. O Natal é a festa da família, onde se recheia a mesa com todos os doces de Natal, o bacalhau e o peru. A passagem de ano é a festa dos amigos, festejamos mais um ano passado neste mundo que cada vez mais é dominado pela corrupção e pela injustiça a que alguns conseguem sobreviver e, infelizmente, outros não.
É por tudo isto que também pensamos mais em ajudar os outros no Inverno do que no resto do ano, pois é na altura destas festas, em que estamos alegres junto de quem mais gostamos, que pensamos como será que as pessoas que vivem em bairros pobres ou que não têm casa se sentem ao ver o resto do mundo a festejar a felicidade de estarem vivos e de boa saúde.
O que o Inverno nos traz de inconveniente é o facto de termos de usar casacos ou “kispos”, luvas, cachecóis, gorros. Todos os dias, sem excepção, antes de sair de casa, a minha mãe me diz “Beatriz, vai já vestir uma coisa mais quente que faz muito frio lá fora!”. É verdade que tenho que me proteger do frio, ele traz constipações, gripes, pneumonias, mas não gosto de me sentir presa, gosto de me sentir livre, sem o peso da roupa.
O Inverno não é a minha estação preferida, mas não me posso queixar. Até digo que sei ser feliz no Inverno.

Beatriz Madeira, 11º C

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