terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Natal é Consumismo!

O Natal está prestes a chegar e com este vem o consumismo desenfreado!. Este ano, muitos europeus estão mentalizados de que se está em tempos de crise e , por isso, decidiu-se que há que fazer cortes nas despesas, no consumismo Comprar menos para os adultos e prioridade às crianças.
As crianças são, sem dúvida, os que mais se emocionam e fascinam com o Natal, pois ainda acreditam no Pai Natal e não nos cartões de crédito dos pais. Por isso, há que deixá-las acreditar em tudo isso por mais anos e continuar a proporcionar-lhes um Natal igual ou melhor em relação ao ano anterior, sem deixar que estas se apercebam da grave crise económica. Portanto, amigos e colegas de trabalho, não recebem presente este ano e os familiares mais próximos apenas receberão uma lembrança. Devemos guardar mais dinheiro para as crianças, mas não os podemos deixar ter tudo. Tem que haver um controlo por parte dos pais para que as crianças não fiquem mal habituadas e queiram tudo o que aparece à venda.
Cerca de 63% dos portugueses vão reduzir o orçamento em presentes de Natal. O resto continua no auge do consumismo, fazendo com que telemóveis, leitores de música e máquinas fotográficas esgotem. Mesmo que tal implique ficar sem vestígios do subsídio de Natal. Todos estes consumistas, compram os filhos para se calarem um bocado que seja, e, assim terem um Natal descansado.
As famílias com menos rendimentos têm mais amor, pois como não há muito dinheiro, resta-lhes apenas dar uma lembrança muito pequena, um abraço cheio de amor. Este, não há dinheiro que o compre. É bom e é gratuito.
Por isso, este Natal, há que reduzir o consumismo e pensar mais no amor e, principalmente, nos que nada têm que, podem não ter nada para comer.
O Natal é todo o ano. Há muito amor para dar e, deste modo, seremos todos bem mais felizes!


Manuel Mascarenhas ; 12ºD

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Campo avesso de Cidade

Viver na cidade é bom... Lá, temos tudo quanto precisamos: hospitais, ministérios e todos os tipos de serviços públicos.Temos uns maiores escolham a nível de escolas, Universidades e até melhores oportunidades de emprego. De igual modo, existe a parte cultural e de lazer: museus, exposições, teatros, bibliotecas, cinemas e os famosos centros comerciais, as "mini-cidades" dentro das próprias cidades. No entanto, isso não é tudo, pois falta algo muito importante: a natureza! Embora as cidades tenham espaços verdes, lindos e cuidados, não é a mesma coisa: falta-lhes o ar puro e leve, o chilrear dos pássaros, que, como quem respira liberdade, voam livremente sem se assustarem com os ruídos dos automóveis.
A vida no campo é mais pacata, mais calma... a vida é mais vida! Apesar de não existirem todas as facilidades que podemos encontrar numa cidade, certamente as pessoas, que vivem no campo, são mais felizes: conhecem quem vive perto e levam a vida num sorriso, respiram ar puro, têm o privilégio de estar em contacto com a Natureza. Contudo, muitas pessoas preferem a agitação das grandes cidades. Preferem não conhecerem ninguém. Preferem poderem ir a todo o lado e terem tudo por perto.
Porém, com o passar dos anos, a maioria das pessoas tende a isolar-se como é o caso das pessoas idosas. Vivem em apartamentos minúsculos, sem quaisquer condições e, não obstante o facto de terem filhos, vivem numa solidão profunda, sem ter quem se preocupe com eles, porque, nas cidades, ninguém tem tempo... Ou faz para não ter!
As pessoas que vivem no campo, embora estejam sós, têm sempre alguém conhecido que tenta saber como estão só pelo simples facto de não terem visto este vizinho ou o outro, num determinado local e que era habitual na sua rotina diária.
Chegada a idade da reforma e depois de muitos anos longe das suas vilas e aldeias, com a sensação de missão cumprida, muitas pessoas regressam ao campo para aí viver calmamente os anos que lhes restam. Outros porém, decidem ficar pelas cidades porque nada os liga aos lugares de onde vieram: já não têm as suas raízes, nem a casa de família, outros nem sequer recordações.
As cidades são como mundos com coisas novas para serem descobertas, a cada dia que passa, com oportunidades que surgem, e com modernices.
Há quem prefira acordar com o burburinho incessante de uma cidade cheia de novidades, do que passar uma noite calma e tranquila, ouvindo o silêncio e acordando sob o calmo cântico dos pássaros, na sua azáfama incessante, eles também agarrados ao progresso e à modificação dos seus ninhos, tentando adaptar-se às novidades que, aos poucos, chegam ao campo. Viver no campo é algo sempre renovador! Vale a pena acreditar ainda e só na Natureza!
Maria Granado; 12º D

Adeus

Um beijinho, muitas recomendações e aquele abraço do amor maior que existe entre pais e filhos.
Aquele dia, deixou-lhe uma sensação de estar a perder algo e pensou: " Ele volta brevemente ".
Tentou convencer-se sem nunca esperar verdadeiramente que a ausência durasse... Até hoje!
Mas a falta daquele abraço e daquele carinho, da cumplicidade que sempre existira, provocara-lhe uma dor no peito, a sensação de que estava " incompleta ".
E ele não se preocupou! Era, vítima, coitado, da verdade pouco sincera em que transformara a sua vida! AHHH! Lá tinha tempo para ela!
Sendo bastante jovem e apercebendo-se da triste realidade, conseguiu ser serena e crescida o suficiente (porque ele a obrigara) para ser capaz de entender uma vida que desconhecia, um pai que julgava ser outro tipo de pessoa. Assim sendo, a revolta vive com ela... pela falta de sinceridade, pela falta de verdade mas, principalmente, pela falta de amor...
Assim, com toda esta mágoa, ela será forte o suficiente para lhe mostrar que, apesar dos erros, das mentiras e da ausência, continuará a amá-lo... Embora não da mesma forma... Só da mesma maneira!
Maria Granado; 12º D

Tranquilidades


A vida no campo proporciona-nos inúmeros benefícios, tal como a total liberdade, a pureza e a serenidade, sensações das quais não podemos usufruir na cidade.
O silêncio, o canto dos passarinhos e o cheiro intenso das plantas, confere, ao campo, um bem-estar pleno, o qual podemos viver com toda a tranquilidade e liberdade que absorvemos ao sentirmos a natureza.
Contrariamente a cidade apenas nos proporciona níveis altíssimos de poluição, fumo, barulho e lixo, que certamente não são favoráveis ao nosso bem-estar. Também a intensa e excessiva população não é propícia ao nosso descanso e total relaxamento.
Por tudo isto, prefiro sem a mínima dúvida, a vida no campo, onde em cada manhã me sinto renovada e numa completa felicidade e harmonia com a natureza.
Deste modo, a natureza dá-nos mais anos de vida, devido a toda a sua pureza. O que pudemos querer mais?

Beatriz Lourenço; 12º C

Preferências


Diga-se o que se disser, hei-de preferir sempre a pureza do ar à altura dos prédios. A riqueza da paisagem está nos olhos de cada um, e a meu ver o campo é muito mais belo do que a cidade.
Na verdade, à medida que o tempo passa, a concentração de população nas cidades, sobretudo nas grandes cidades, tende a aumentar. Ou porque a oferta de emprego é maior nas cidades, ou porque a diversidade na oferta cultural é mais rica nestas, parece que já ninguém valoriza os aspectos positivos da vida no campo.
O meio rural oferece-nos um ar mais puro, mais rico em oxigénio, mais saudável do que qualquer outro meio; a sinfonia de sons que a Natureza nos proporciona é relaxante, ao contrário do que se passa nas cidades, onde o som é apenas ruído e o stress descontrola a vida dos cosmopolitas.
Por tudo isto, há que aprender a desfrutar da pureza da Natureza, em detrimento da riqueza que a vida citadina nos pode oferecer, pois a saúde é um dos valores que mais se deve preservar.

Francisco Almeida; 12º C

Somos Arte!

Com o passar dos anos, vamo-nos formando e crescendo como pessoas e seres humanos. O resultado “nós” é influenciado pelos mais diversos aspectos: pelos amigos, pela família, pelo que vemos e ouvimos, pelo que vivemos…
Uma das influências que podemos referir é a arte. Quer seja a literatura, quer seja o cinema ou a música, a verdade é que, de toda a arte com que estamos em contacto, retiramos algo. Na minha opinião, de tudo o que consta dessa área é possível retirar alguma aprendizagem, uma lição ou apenas uma maneira de exprimir uma emoção ou sentimento. Foram várias as vezes que um filme me pôr a pensar sobre coisas que nunca me tinham ocorrido ou que me alertou para determinada situação.
Acho que uma parte importante de nós é aquilo que tiramos de quem e do que nos rodeia. Acho engraçado como até há pouco tempo atrás nunca tinha realmente percebido a forma subtil como as histórias infantis e os contos de fadas incutem, nas crianças, os valores mais essenciais. A amizade, a solidariedade, a generosidade, o amor… Tudo isto é retratado nas histórias que, tantas vezes, pedimos à mãe ou ao pai para ler uma e outra vez.
A nossa construção começa logo que nascemos e vamos observando tudo. A arte é uma das vertentes, talvez das mais importantes. Somos constantemente confrontados com novas ideias e novas realidades. Em todos nós, uma parte é arte.


Ana Lúcia Sobral; 12º C

domingo, 14 de novembro de 2010

Socialização em risco?

Com o desenvolvimento da tecnologia, o Homem passou a “ter o mundo nas mãos”. Pouco é aquilo que não se pode fazer sem sair de casa. Desde micro-ondas a televisores com alta-definição de imagem, imensas foram as invenções com finalidade de trazer mais conforto aos nossos lares. Daí, a vontade de querer continuar a investir no seu enriquecimento.
Mas com todo o investimento na propriedade privada, muitas vezes passa-nos ao lado o mau estado em que se encontram imensos espaços públicos, também merecedores de atenção.
Em Vila Nova de Santo André, existe um parque enorme e, na minha opinião, lindo, o Parque Central. Este espaço, se bem explorado, poder-se-ia tornar num dos locais mais agradáveis da cidade, propício à socializacão, algo que, até agora não aconteceu.
Na mesma cidade, existia há una anos uma piscina pública, frequentada por jovens, crianças e adultos. Acontece que, esta piscina encerrou, por motivos que desconheço, e ainda hoje assim permanece, apesar de continuar a existir. Resultado, nos dias quantes de Verão a população não tem outro remédio senão deslocar-se à praia, que fica a alguns quilómetros de distância da localidade.
Na minha opinião, não se aposta, hoje em dia, no melhoramento dos espaços públicos pois, com os luxos que possuem nas suas habitações, as pessoas já não se juntam num determinado local a conviver como há alguns anos atrás, o que, penso eu, é errado, pois seria uma forma de promover a socialização.

Margarida Andrade; 12º C

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O que é o Jazz?

O que é o jazz? Trata-se de uma pergunta provocante. Na minha opinião, o jazz não tem apenas um caráter musical. Além disso, ele representa uma conceção musical / artística. Podemos afirmar que o jazz não é apenas o que se manufatura, mas principalmente como se manufatura. Um aspeto que conta muito é a atitude do jazzista à frente do risco e do incerto. Não existe um limite, não existe um formato imposto com regras, talvez apenas sugerido. E o artista tem o direito (e até o dever) de propor novas soluções, novas direções. Mas o jazz também requer do artista uma ação criativa. O que destaca o grande jazzman dos demais não é sua técnica, não é a sua forma, mas sim a continência das suas ideias. É a maneira com que ele imprime a sua identidade nos ritmos. Muitas vezes com elegância, com subtileza, com vigor, impacto, enfim: o conceito jazzístico permite que o artista crie, exponha a sua personalidade na música que está a conceber. É a expressão do estado de espírito do artista.

Sara Silva; 12ºD

Que segredos?

No nosso quotidiano, existem situações merecedoras da nossa especial atenção, como é o caso dos media. Na televisão, estes, fazem todo o tipo de programas de acordo com o público e o número de audiências, mas existe um novo que me chama particularmente à atenção: “A casa dos segredos”.
Em primeiro lugar, é tudo uma grande palhaçada. Para além disso, terem criado um canal 24 horas do programa, deixa-me espantada.
Em segundo lugar, é transmitido várias vezes ao longo do dia e como já assisti, na casa, tudo acontece desde tabaco, a palavrões, a assuntos falados pelos participantes sem qualquer tipo de interesse ou benefício para a população em geral. Pelo contrário, o programa é deplorável e escandaloso e qualquer criança pode sem querer ver algo impróprio para a sua idade.
Por último, qual é a necessidade de espalhar supostos segredos?!
De tal modo que, a imaginação, ou falta desta dos media, deixa-me sem palavras para mais.

Mariana Charrua ; 12ºD

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Quero Viver!

Eu? Eu sou uma pessoa calma, talvez de mais, sou compreensiva, quanto basta, e tento sempre ajudar quem precisa. É claro que às vezes não consigo, mas eu, como ser humano, erro, e todos nós erramos, sem excepções. Porquê? Porque nós, seres humanos, não somos perfeitos.
Quem sou eu? Eu? Eu sou uma pessoa normal, com defeitos e qualidades, uma pessoa que tenta portar-se bem, mas que, às vezes, não consegue. Como disse, não sou perfeita, gostaria de ser, mas não o sou. O que é a perfeição?
Queria chegar ao céu e ver o quão infinito é! Queria chegar ao sol e ver o seu brilho! Querer? Querer mesmo? Quero-te a ti. Quero-te a ti sem condições, sem chantagens, sem rancores nem desgostos, apenas quero ser feliz contigo, sem sofrer mais. Mas porquê? Porque é que temos de sofrer? Porque é que temos de amar? Porque temos de viver? Porque o ser humano é assim…
Quem sou eu? Eu sou uma pessoa que chora, perante o fim do mundo, perante o fim de tudo, perante o fim da vida. Mas também perante o nascer de uma nova vida, de uma canção, do sol em cada manhã!
Não poderia ser tudo melhor, mais simples? Naturalmente bom? Não, não peço facilidade, não quero tudo de mão beijada. Só queria não ter de sofrer, de gostar, de amar, de viver. Mas se não passar por várias experiências, nunca mais aprenderei a ser feliz!

Débora Paulino; 12º D

E Tu?

Todos os seres humanos vivem no planeta terra.
Todos vivemos, respiramos, sentimos e amamos…
Cada um de nós com a sua cultura, o seu espaço o seu lar. Assim, todos, de uma forma ou de outra crescemos, convivemos e aprendemos. Com que finalidade? Para interagirmos, para viver em convívio, sem magoar, sem brigar. Nascemos, antes para amar.
As crianças brincam no largo, os pintores fazem as suas telas, as actrizes trabalham no palco e as freiras acendem as velas. E tu? Que fazes tu? Não sei se faz sentido ou não, se sou coerente no que digo, mas tu não fazes nada! Nada para ti é importante. Olha para ti. Não passas de uma pessoa inútil que despreza e maltrata a mulher. Quem pensas que és? Que te julgas tu? Algo superior?
O teu nome é sociedade.


Débora Paulino; 12ºD

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Eu sou livre!


Quem sou eu? É uma pergunta sem resposta certa… Eu sou eu. A resposta a essa pergunta vai se construindo ao longo da nossa vida e eu, cada vez, sei mais acerca de mim. Assim, descobri que não sou uma pessoa forte, sei que sou amigo, simples e verdadeiro. E tudo o que eu sou hoje, é fruto das tristezas e das alegrias que a vida me ofereceu. Pode ser difícil aguentar essas tristezas, os meus erros, mas tenho de aprender a viver com eles, uma vez que a vida é uma incógnita.
Uma coisa que eu preciso e muito é da minha liberdade, não gosto e não consigo estar preso a uma algo durante muito tempo e talvez seja por isso, que eu tenha que viajar, pois preciso de sair deste “mundo” e conhecer outro totalmente diferente. É verdade que eu tenho cá toda a gente que amo, mas o facto é que eu nem sempre gosto de viver em sociedade, prefiro estar só, num mundo à parte. Apesar de tudo, custar-me-á deixar certas pessoas para trás. Logo, a vida é feita de escolhas, o importante é que façamos o que achamos que é o mais certo e é necessário ter coragem para enfrentarmos todas as escolhas que fizermos ao longo da nossa vida, mesmo que nem sempre façamos as melhores! Com essas escolhas, cresço e amadureço e sou um eu diferente daquele que fui ontem, há um mês, há um ano, há tempos…
Como já tinha dito, responder à pergunta “Quem sou eu?” não é facil e já que me fizeram esta pergunta, aproveito para perguntar, e tu quem és?

Diogo Dias; 12ºC

Deixei-te!

Quando a vida muda de um dia para o outro o corpo demora a habituar-se. Só depois é que a cabeça se adapta à nova realidade. E por fim, muito tempo depois, o coração aceita.
Não faço ideia do que sinto por ti, nem porque é que me afastei. Quero respirar, e tu sufocas-me de amor, de ciúmes e de saudade. Sim, só tenho saudades quando amo, e se não te tenho é porque não quero!
Posto isto, eu preciso de espaço, e sei que tu mais cedo ou mais tarde vais aceitar. Acredita, custa muito mais deixar alguém quando ainda se ama.

Carla Gregório; 12º C

Super-mulher!

Quem sou eu ? É uma das perguntas que fazemos quando atingimos esta faixa etária, pois parece que o mundo que nos rodeia gira no sentido oposto ao nosso. Mas julgo que ninguém tem uma resposta concreta, porque aquilo que pensamos ser, para os outros pode ser alguém bem diferente.
Foi ao longo destas duas décadas que me formei como pessoa. Fui observando as atitudes, as falas e até mesmo os gestos das outras pessoas, para criar o meu próprio estilo “politicamente correcto”. Percorri caminhos diferentes até encontrar o certo; cheguei até a sair derrotada de alguns deles, mas nunca baixei os braços, porque me identifico com célebre frase “mais vale as lágrimas da derrota do que a vergonha de não ter lutado”. Sou lutadora, mas desisto quando sinto que não vale mesmo a pena; teimosa, por não descansar enquanto não alcançar os meus objectivos; atenciosa e boa ouvinte. Contudo, com as desilusões que tive, aprendi a dar pouco crédito a histórias que me soam a mentira. Tento sempre dar de mim uma imagem de super-mulher. Por vezes, não me reconheço quando os meus níveis de simpatia atingem o limite, nem quando a “capa” que envergo cai. Nesse instante, serei verdadeiramente eu? É o sentimento de pena misturado com fraqueza que me domina nesse preciso momento.
Porém, eu sou quem sou, sou como sou, sou um ser humano comum nesta sociedade, mas com uma personalidade diferente, claro! Sou eu!

Carla Gregório; 12°C

Fragmentos de Mim

Quem sou eu? Neste momento, sei que sou alguém que clica nas teclas do teclado para que as letras surjam no ecrã do computador. Este alguém tem um nome, tem um corpo e tem um cérebro que a faz recordar o que já viveu e a faz pensar em quem foi nessas circunstâncias passadas.
Desde o dia dez de Setembro do ano mil novecentos e noventa e três que sou um ser humano, com pernas, tronco e membros. Ao longo destes dezassete anos, as vivências e as várias maneira como agi perante elas foram algumas. E por que não reagi de maneira igual perante todas as circunstâncias? Porque ninguém consegue ser o mesmo quando confrontado com diferentes obstáculos. Há sempre um novo fragmento do nosso ser que transborda e que se mostra ao mundo quando as perguntas, os caminhos e as pegadas seguem diferentes caminhos.
O meu ser também se fragmenta em desiguais facetas quando convivo com diferentes grupos de pessoas. Não é possível depositar a mesma quantia de confiança em todos os outros seres que me cercam, que me transmitem ideias ou que, simplesmente, me balbuciam palavras sem sentido. Nem todos são merecedores de ouvir os meus pensamentos, de me conhecerem e de me descobrirem.
No final de contas, eu não sou apenas alguém que escreve, não sou apenas um conjunto de células, que juntas, enformam o corpo humano. Eu sou constituída por vários fragmentos, que cuidadosamente ligados, fazem de mim um ser pensante, que reage e que se transforma.
Beatriz Madeira, 12ºC

Luzes

As luzes coloridas do palco iluminavam a plateia. As inúmeras cabeças erguidas ansiavam o momento da chegada de apenas quatro indivíduos. Quatro indivíduos que, em conjunto e harmonia, compuseram melodias que contavam histórias. Quando entrassem em palco, iriam tocar a música que eles criaram e iriam encantar todos aqueles corpos em manifesto que ali se juntaram, não só para os ouvir, mas também para saborear a melodia, o acompanhamento e o silêncio das pausas. Os seus instrumentos esperavam-nos em conjunto com a plateia nervosa, impaciente e excitada. O momento de pisarem aquele chão elevado nunca mais chegava…

Beatriz Madeira; 12º C

Transformações

Depois de dezassete anos de vida e de experiências vividas a mesma dúvida permanece. Quem sou eu afinal? Não sei quem sou, nem quem finjo ser, sinto-me completamente perdida neste mundo cruel cheio de florestas densas e repletas de escuridão, escuridão essa que me faz perder a minha alma e me faz duvidar da minha verdadeira identidade.
Já não sei o que sinto, mudei completamente nos últimos meses motivada por pessoas que nem me são nada neste momento, pessoas por quem me apaixonei e a quem passei a odiar. Um ódio que nunca pensei sentir por alguém. Na verdade, isto não significa que, mais tarde, não me venha a reencontrar no meio do negro que se tornou a minha vida, mas, por enquanto, vivo com a esperança de perder o tempo perdido, tal como Fernando Pessoa com a sua infância. No meio do desabafo que se tornam as minhas palavras, uma grande amiga me disse um dia que o aconchego e o amor verdadeiro, a amizade, o respeito são sem dúvida o mais importante e não se devem guardar ressentimentos pois esses só trazem insegurança, mal-estar, desconforto e melancolia. Não perdi a minha infância, mas acabei por perder uma fase das mais especiais da vida – a adolescência - por alguém que ma roubou, alguém que me fez perdê-la e, agora, não sei como a recupera, mas sei que hei-de encontrar o caminho para a felicidade. A felicidade tarda, mas não me faltará.

Catarina Sabino; 12º D

Animal

O meu lado animalesco, que ao possuir uma quantidade imensa de instintos, permanece adormecido frente à barreira de censura do enorme grupo humano, ascende a algo mais enquanto me alimento, choro, toco, cheiro, observo e durmo. São os sonhos as réplicas da vontade de se libertar deste animal que me habita.
Vontade tem ele de se expandir em vastas planícies naturais e verdes, onde se verifica a amamentação da mãe natureza sobre os seres vivos. Vontade tem ele de se libertar desta civilização medíocre e hipócrita, e de se juntar à civilização irracional, onde os instintos, explícitos nas tintas de variadas cores fincadas sobre o corpo nu, se apoderam das regras, das normas e dos preconceitos. Aí, onde todos são iguais, onde todos apreciam a beleza e o comportamento natural, entre cheiros e toques incontroláveis pela atracção. As insónias, que desfrutam nas noites, onde a lua se enche de estrelas brilhantes, são a certeza de que esses instintos ainda permanecem dentro de nós. Assim, são esses instintos que nos fazem agir sobre os outros como mãe, companheiro ou inimigo.
O meu “eu” escondido e animal deseja vadiar por aí, até que a carne das curvas dormentes do meu corpo estejam impregnadas de flores ardentes, e, ao apanhar o sol com a minha boca, saltar no maduro ar, com os olhos fechados, para colidir contra a escuridão da realidade.

Sara Silva; 12º D

Encantos

Pés descalços sobre o manto fragmentado das montanhas. Os delicados dedos penetram por entre os inúmeros grãos. O mar, suave e terno, com os seus movimentos, dança e encanta o adormecido sol. Recebe-o nas suas majestosas maresias. Tudo parece encontrar-se na harmonia da perfeição, excepto o céu, vasto e senhor.
Hoje, não há lua, far-lhe-ei companhia.

Sara Batista; 12ºD

Sou tudo e nada!

O ser é um saber perdido na vastidão dos tempos. Um reconhecimento impossível de se reconhecer. Um mero vocábulo abrigado à margem do corpo. Mas o que sou eu? O que sou além de partículas de espírito presas na matéria? O que sou… Um todo pertencente a um todo maior? O nada de todos nós? Ah, a fragrância da não existência arroga-se de mim!
Todavia, o meu ser existe e não morre pela falta de clareza; rasgado em pedaços, escrevo-me em toda a parte. Eu sou a loucura vadia que dorme nos seus braços. O gosto rude da palavra. Eu sou o riso que arde e o suspiro que finda. O corpo hirto demorado. Eu sou o amor de transparência líquida e aquele ruído que acalma. Eu sou tudo e sou nada.

Sara Batista; 12º D

domingo, 24 de outubro de 2010

Eu sou ímpar, única, sou EU!!!

Quem sou eu? Não sei ao certo quem sou e como sou, pois nunca sei como vou reagir a uma determinada situação. Às vezes, podemos tentar prever como vamos reagir, mas só estando perante o problema é que vamos saber e sentir a sua realidade. Por isso, acho que para saber quem eu sou, preciso de saber como sou e penso que seja mais fácil saberem quem eu sou do que eu quem sou eu!
No entanto, do que me conheço até hoje acho que sou aquilo que as pessoas querem que eu seja. A nossa maneira de ser é o resultado da nossa experiência de vida.
Nós somos o que a sociedade quer que sejamos. Deste modo, dependemos muito de ideias feitas e valores. Por conseguinte, existem diversas perspectivas de vida e formas de pensar nas várias sociedades. Normalmente, as pessoas que não seguem o que a sociedade nos dita, são tratadas de outra maneira, o que as tornará pessoas boas ou más dependendo, assim da reacção de cada uma delas. Dependendo também da firmeza ou da indolência do seu carácter, da sua força de trabalho ou da sua inércia!
Não acho que eu seja uma pessoa que siga as ideias feitas que estão estipuladas na nossa sociedade. Prefiro seguir os valores que acho que são mais correctos e pensar por mim mesma. Por isso, uma certeza eu tenho: ninguém é igual e eu sou eu, uma rapariga ímpar, de ideias próprias e cheia de sonhos fantásticos, onde viver pode e deve ser uma constante aventura!
Ana Martins; 12º C

Momentos

Aqueles momentos fazem-me tanta falta, mas não sei se algum dia irão voltar. Gostava de acreditar que vais voltar a ser meu, que vou voltar a sentir o teu abraço e o teu cheiro. Quem me dera voltar atrás e parar o tempo exactamente naqueles tempos em que tudo era tão perfeito.
Deste modo, não sei se deva continuar com a esperança de que algum dia tudo irá ser como antes, ou se deva acreditar que todo este amor não passou de um sonho bom quem em nada tem a ver com o real, e que jamais irá voltar.


Patrícia Marques; 12º C

José Matias, um castiço!


Parecia impossível como o senhor José Matias parecia nunca ter nada para fazer!
Para começar, o presidente da Junta de Bugalhos de Cima andava constantemente a pavonear-se pelas ruas da pequena vila. Para além disso, ainda entrava depois e saía antes de toda a gente! Nenhum habitante acreditava que ele trabalhasse 2 horas por dia, quanto mais 8. No entanto, andava sempre impecavelmente vestido com um fato, mais precisamente, um fato preto.
Mais tarde, quando todos estavam no café, ainda lá ia ele “tomar conhecimento dos interesses da população”. De facto, era extremamente interessante observar aquele ser.

Ana Lúcia Sobral; 12ºC

Verdadeiramente Eu!

Eu? Mas afinal quem sou? Quem sou eu para além do que demonstro? Como será o meu lado interior? Será igual ao exterior, igual ao lado que demonstro aos outros? Acho uma boa pergunta, à qual é muito difícil responder.
A meu ver quase ninguém consegue ser a mesma pessoa dentro e fora de si. Por vezes, tentamos ser sempre um pouco melhor do que realmente somos, demonstrar sempre uma das nossas melhores faces às outras pessoas.
É quase como se fossemos duas pessoas… dois seres, o ser interior e o exterior! O interior é, muitas vezes, o mais sentimental, o mais consciente; enquanto o exterior é sempre o lado de grandeza, de importância, pois é esse lado que todos nós tentamos transmitir da melhor forma e da melhor maneira, porque, infelizmente, é também este o lado, o lado da aparência, com que, muitas vezes, somos julgados e quase “classificados” pelos outros.
Nem todos somos iguais! Mas para certas pessoas estes dois lados são quase como ter duas personalidades distintas. Ora tal facto, pode ser bom ou mau, pois tenta-se sempre demonstrar um lado melhor do que aquilo que realmente somos. È que muito convencidos e vaidosos.
Por isso, afinal, quem sou, para além de ser a Ana Cristina Lopes da Silva, estudante do Ensino Secundário, adolescente de dezassete anos? Pois então… o meu lado interior é muito parecido ao que dou a mostrar. Tento sempre ser o mais simples possível, a mais correcta possível. Assim, demonstro tudo o que tenho e tudo o que sou, não sou de intrigas, sou amiga do meu amigo e, como tal, espero continuar a sê-lo e a melhor à medida que vou crescendo e evoluindo. Deste modo, sinto-me verdadeiramente Eu!

Ana Silva; 12º C

Descubro-me...

Sinceramente, não sei por completo quem realmente sou. Mas sinto que estou a viver a fase da minha vida na qual me vou descobrir.
Neste momento, a minha cabeça baralha-se a tentar arranjar uma descrição para mim mesma. Depois de tanto pensar, chego mesmo à conclusão de que é praticamente impossível descrever-me.
Consigo dizer como o sou fisicamente, pois isso posso ver e sentir, agora descrever o meu carácter, a minha personalidade e o que me vai na alma é algo bem mais complicado.
Sinto que sou um misto de emoções e sensações, que dificilmente consigo controlar e expressar.
Por vezes, sinto-me a pessoa mais feliz do mundo, realizada e completa e sou sorrisos e sorrisos!
Mas noutras ocasiões, sinto-me completamente isolada, completamente à parte, triste e solitária; a minha cabeça esvazia-se e os meus pensamentos voam, sou a perfeita mágoa!
A cada minuto, a cada dia que passa sinto que o meu próprio “eu” se altera, provavelmente devido às situações que vou vivendo e ao que, diariamente, vou aprendendo. Todos esses momentos me fazem crescer e tornam-me mais forte, para, mais tarde, não voltar a cair em erros já cometidos.
Sou uma adolescente e, por isso, mesmo a todo o momento me modifico à descoberta do mundo e do meu próprio “eu”!

Beatriz Lourenço; 12ºC

Não sei...

Eu não sei dizer quem sou, tal como acho que nunca saberei. Acho que é uma pergunta tão relativa como ‘O que é a felicidade?’. Penso que somos um conjunto: aquilo que realmente somos, aquilo que queremos mostrar e o que os outros vêem.
Hoje posso assegurar que ontem estava feliz e me sentia bem. Posso fazê-lo porque esse dia já passou. Amanhã, não faço a mínima ideia de como estarei. Ou se estarei. Como me disseram várias vezes, “Hoje está sol, amanhã pode estar chuva e vento”. Assim sou eu. Posso estar hoje muito bem e amanhã muito mal. Por isso, acho que nunca nenhum de nós consegue dizer, pelo menos com convicção, quem é. Nós mudamos. Nós crescemos.
Claro que tenho algumas ideias… Sou preguiçosa, gulosa e nem sempre tenho paciência. Sou perfeccionista, preocupada e muito sonhadora. Tudo o que sinto, sinto muito intensamente. Na maioria das vezes, nem sou capaz de dizer o quanto sinto. Eu sou capaz de transformar a mais pequena coisa num mundo. Do contrário não sei se sou capaz. Sei o que gostava de ser feliz, realizada e… o mundo de alguém.
Mas à pergunta em si, a “Quem sou eu?”, não sei responder. Tenho a esperança de um dia poder conseguir responder, de preferência com um sorriso nos lábios. Por enquanto, acho que prefiro ouvir os outros.

Ana Lúcia Sobral; 12º C

Resposta

Quem sou eu? A pergunta é, a meu ver, retórica e, por isso mesmo, cada resposta é pessoal. Na minha opinião, não há dois seres humanos iguais, cada um tem uma marca sua, uma característica que o distingue, uma pigmentação ocular distinta, um timbre vocal diferente, etc.
Eu não sou excepção já que, apesar de uns olhos comuns e de uma estrutura física habitual, tenho um feitio especial. Há dias de “sol” em que animaria um morto mas há, também, dias de “chuva” em que mataria um desenho animado. Posso ser o teu melhor amigo ou o teu pior pesadelo; podes achar que tenho um brilho especial ou podes achar esse mesmo brilho irritante. Mas eu sou eu, e não podes negar que brilho, porque eu sou o que tu não és e sei ser quando não o sabes.
Ainda assim, e apesar da minha aparente objectividade, responder a esta pergunta não é tarefa fácil; o que se é, é uma resposta que apenas se descobre com o tempo, é uma resposta que só a vida e a experiência de vida nos podem dar.
Por fim, somos o que fazemos e agimos de acordo com aquilo que somos, o que nos vai, ao longo do tempo, garantindo acesso à resposta, ainda que de forma indirecta. Reflectir é a melhor forma de a irmos “destapando” ao longo da vida.

Francisco Almeida; 12º C

À Sombra da Solidariedade

A sociedade, dos nossos dias, é individualista, ambiciosa, gananciosa. Assim sendo, só pensa no dinheiro como sinónimo de bem-estar e qualidade de vida. Olha apenas para o seu espelho e esquece o que a rodeia-a.
Quantos de nós são realmente solidários? Lembramo-nos da solidariedade como nos lembramos que temos frio porque saímos à rua sem casaco, ou seja, só nós lembramos que há pessoas desfavorecidas quando somos confrontados com um exemplo dessa vasta realidade. Depois, genericamente, agimos de dois modos diferentes, doamos porque nos “fica bem” ou não doamos argumentando de variadas formas: “não tenho tempo, ando muito ocupado (a)”; “…e a mim, alguém me ajuda!?”; “a vida é difícil para todos…”. Logo, a solidariedade é um acto adiado!
A prática da solidariedade não passa só pelas doações monetárias, consiste também em simples acções: ouvir os outros sem os julgar; saber perdoar; dar apoio. É, no fundo, dar sem esperar nada em troca.
Portanto, Ser Solidário é sermos nós próprios, respeitando o que nos rodeia e contribuindo com um pouco de cada um de nós na construção de um mundo melhor.
Marlene Silva; 12º C

Aprender de novo!

Se antes escrevia os dias da semana e os meses do ano com letra maiúscula; agora, vou ter que escrever com minúscula. A partir de agora também vou ter que deixar de escrever as consoantes que não se pronunciam, como na palavra “ótimo”, por exemplo. E não usar mais acentos graves em palavras homógrafas: “para” em vez de “pára”. Por fim, palavras como “mini-saia”, “semi-recta” e “contra-relógio” passam a escrever-se sem o hífen. Há onze anos atrás, aprendi a escrever, e agora, onze anos depois vou ter que aprender novamente. Ora a minha vida! Que deceção!

Patrícia Marques; 12º C

Ser eu...

Muitas vezes perguntamo-nos quem somos nós, afinal. Quem sou eu para além daquilo que mostro perante os outros e a sociedade, quando estou sozinha, apenas comigo própria e com os meus pensamentos? Nesses momentos sou apenas eu, nada mais.
Sou eu própria, como um bebé sem nada a esconder, nem nada a provar.
Não é que eu seja uma pessoa completamente diferente quando em convivência com os outros, mas não sou totalmente eu. Sou igual por fora, uma rapariga comum, com sonhos, objectivos e medos, como toda a gente. Nestas circunstâncias, é como se não me mostrasse por completo, como que se usasse uma máscara para me proteger, talvez.
Gosto daqueles bocadinhos só meus, onde posso estar com o meu verdadeiro eu. Desses instantes em que posso reflectir sobre quem sou, sobre as coisas boas e as coisas más, rir, chorar e gritar, sonhar o meu futuro… onde irei, o que farei e com quem estarei? Quando posso fazer apenas o que eu quero, sem ninguém lá estar para me julgar. Esses bocadinhos só meus, apesar de pequenos momentos, confortam-me por dentro. E às vezes, só me apetece ficar assim, “a ser eu”, interna e eternamente!
Quem sou eu? Na realidade, ninguém sabe, nem nunca saberá responder a tal questão. Somos apenas uma junção de qualidades, defeitos, sonhos, medos e objectivos. Cada um com o seu feitio, a sua personalidade e os seus sonhos. “Não sei quantas almas tenho”, e acho que nem eu nem ninguém algum dia vai saber.
É, pois, um enigma o meu ser!

Patrícia Marque; 12º C

A Pobreza

A pobreza no mundo sempre foi um tema bastante debatido. Vivemos em pleno século XXI e não sei como é que é possível que ainda existam pessoas que conseguem sobreviver/viver com menos de um euro por dia. Cada vez existem mais pobres… Em contrapartida, aqueles que já eram ricos, mais ricos ficam. Por isso, as classes médias tendem a chegar ao fim. Assim sendo, a pobreza será maior, mais tenebrosa e sofrida!
No entanto, a pobreza financeira não é o mais importante, mas sim a pobreza de espírito. Muitas das vezes, não podemos melhorar financeiramente, mas com força de vontade e um pouco de vontade, tenacidade e energia conseguimos chegar longe.
Para afastar a pobreza, então, precisamos de pão e de respeito, vontade e bom carácter.

Patrícia Pereira; 12ºC

E eu... quem sou?

Quem sou eu? Esta deve ter sido a pergunta que mais vezes me fez questionar a minha adolescência. Eu não sei quem sou, nunca ninguém me explicou quem eu era, mas muitas pessoas me ensinaram quem poderia vir a ser.
Ao longo da vida, fui-me formando como pessoa, fui crescendo, não apenas fisicamente mas, sobretudo, psicologicamente. Os meus pais, os meus amigos mais próximos, foram quem construiu a minha infância. Acredito que grande parte do que sou hoje é graças àquilo que foi a minha infância! No entanto, não sei definir-me por palavras, não sei dizer, concretamente, quem sou. Todavia, tenho consciência que hoje, com 17 anos, não sou a mesma pessoa que era quando tinha 10 anos, ou até mesmo 15 anos. Com o decorrer do tempo, fui mudando. Passei por muitas situações que me fizeram olhar para a vida de outro modo, conheci muitas pessoas que me ensinaram a lutar por aquilo que realmente quero, mas também me ensinaram que tenho de saber desistir no momento certo, quando é realmente preciso. Da mesma maneira que é preciso lutar quando é a hora!
Não gosto quando me pedem para me caracterizar a mim própria. Não sei dizer quem sou, apenas aqueles que me conhecem bem, sabem dizer o que sou. Eles são quem melhor me conhecem, alguns deles chego a pensar que me conhecem melhor do que eu me conheço a mim própria, o que chega a tornar-se rídiculo. No entanto, não ponho essa hipótese de parte. Será que os meus amigos mais próximos me conhecem melhor do que eu penso ser? É uma questão intrigante, mas deveras curiosa. Uma questão em aberto. Tal como eu. Quem sou eu?

Patrícia Pereira; 12º C

Saudades

Temos saudades? Mas o que é a saudade?
O que será o sentimento saudade? Sentir a falta de algo ou de alguém? A necessidade de fazer alguma coisa ou de estar com alguém? Será isso? Eis tantas questões e nenhuma resposta.
Por vezes, dou comigo a pensar no que é a saudade… Porque dizemos tanto “tenho saudades”? Mas o que é isso, de ter saudades? Será aquela sensação de frio, de arrepio ou aquela sensação de aperto no coração ou até ainda aquele bichinho na barriga?! Pode ser tudo isso, mas… fico sempre na incerteza.
Assim, a meu ver, SAUDADE é uma palavra difícil que muitos conseguem perceber, mas que poucos conseguem descrever! Também, saudade é para se sentir! Por isso, vou deixar-me de querer saber da saudade em termos concretos e apenas deixar que ela me amarrote a alma e molhe o meu olhar.


Ana Silva; 12º C

Solidariedade

Sempre quis fazer voluntariado. Desde pequena que tenho esta vontade. Quer dizer, não me importava minimamente de abdicar de uma noite de Natal para ajudar a distribuir comida às pessoas que nada têm.
Suponho que nos sentimos melhor com isso, ou seja, quando ajudamos alguém, sentimo-nos melhor connosco mesmos. Deste modo, temos a sensação de que estamos a fazer algo de bom para alguém que não nós. Então, esse sentimento aparece porque estamos a dar uma ajuda que é realmente preciosa para alguém. Indivíduos que podem ser pobres em termos de posses, são, quase sempre, extraordinariamente ricos no que toca ao espírito.
Concluo ser uma tarefa difícil de realizar porque nem sempre somos bem recebidos quando colaboramos mas, como o tempo, a confiança começa a aparecer e tudo fica melhor. Assim, fico à espera desse tempo de solidariedade mais concreta, mais plena!

Ana Laura Miranda; 12º C

Sente-o o meu coração!

Quem sou eu?
Não o sei ao certo… É daquele tipo de questões sobre as quais posso pensar e reflectir horas a fio, e mesmo assim não obter uma resposta concreta. É como se olhasse em volta, mas um denso nevoeiro não me deixasse ver nada num raio de dois metros. É como se, de cada vez que seguisse por um estreito corredor, uma porta trancada me impedisse de seguir caminho. É como se não encontrasse a nota certa para completar a melodia perfeita.
Mas o que não sabe a minha mente, sente-o o meu coração… a minha essência.
Sou alguém que vagueia pelo mundo, sem destino certo, sabendo perfeitamente para onde se encaminha. Sou uma recordação perdida no tempo, uma fortaleza de cristal, uma bolha de sabão levada para longe.
Sou a luz crepuscular que cai sobre a floresta, sou o gélido vento do Norte, o fogo que incendeia o céu numa explosão de cor.
Sou metamorfose, incerteza e força. Um sorriso, uma gargalhada, um suspiro…
Sou lágrimas de alegria, lágrimas de dor, amizade, amor e esperança, sou ira, desconcerto e paz.
Sou um copo meio cheio. Sou matéria. Sou Sonho. Sou a noite.
Quem sou eu? Sou tudo aquilo que quiser ser.

Margarida Andrade; 11ºD

Sou apenas "EU"!


Quem sou eu?
Ora, eu... sou alguém que gosta de sonhar, sentir, aprender, ajudar, VIVER. Mas também gosto de mudar. Hoje gosto de Rock, ontem gostava de Rosa-Choque, e amanhã, quem sabe não gostarei de Sushi.
Parece estranho? Pois é mesmo assim que eu sou, uma estranha, mas de uma maneira só minha. Por vezes, estou eufórica e, outras vezes, estou moribunda. Uns dias, gosto de toda a gente e outros dias não me apetece ver ninguém à frente. Defendo toda a gente e nunca tomo partidos. Mas na verdade, quem sou eu? Nao faço a mínima ideia.
Tenho em mim tantos “Eus” que, por vezes, não me consigo encontrar. Vasculho-me e apenas encontro peçinhas, distintas umas das outras. Peças que formam vários puzzles que nem ligações têm entre si.
Admito que por vezes cansa. Cansa ser quem sou. Alguém que não sabe quem é, mas que se conhece. Sou selvagem amansada por dentro, sou gatinho bravo por fora.
Sei que sou todos os meus amigos. Sou a desilusão e o sonho em pessoa. Amo toda a gente e sou mal interpretada por isso. Mas o que posso eu fazer, se sou o amor em carne e osso?
Bem, a verdade é que eu sou apenas EU. Sou diferente e igual a ti.

Patrícia Chainho; 12ºD

Ah, o Verão!

O Inverno deixa-me triste. Este tempo, faz-me sentir melancolia, nostalgia e muita monotonia.
Faz-me ter saudades da parte do ano que mais gosto, esta é, claro, o Verão!
Tenho quase a certeza de que todas as pessoas adoram o Verão, posso perguntar a todas elas se é realmente verdade o que digo e irei obter respostas como ‘sim adoro!’. Tal como eu previa.
Esta estação do ano alegra-me, desperta-me e faz-me sonhar! Então, sinto-me livre e realizada! Adoro correr para a praia com os chinelos na mão e a toalha debaixo do braço. Nestes instantes, gosto de sentir o cheiro do mar e o barulho das suas ondas. Delicia-me ficar, ali, à beira-mar, deitada ou sentada, de dia ou de noite, tanto me faz!
Sem dúvida, que me sinto uma melhor pessoa no tempo de muito calor, de muita praia e de muita festa!
Deste modo, sou mais feliz!
Beatriz Lourenço; 12º C

MEDO

Ela era uma rapariga como tantas outras da sua idade. Apesar de haver uma coisa que a distinguia. O medo! Pois, ela tinha medo de falhar, de desiludir os outros, de magoar alguém. Sempre o medo se apoderara dela e lhe roubara alguma da sua capacidade de sonhar. Por vezes, alguma felicidade.
Deste modo, a rapariga não queria ficar a sós com ele, tinha medo que ele a dominasse, que a consumisse totalmente. Na verdade, ele era o seu maior inimigo! Absurdamente, o medo!


Patrícia Santos; 12º C

Mudei...

Quem sou eu? Uma pergunta que passa pela minha cabeça vezes sem conta a cada dia que passa e à qual não tenho resposta. Até posso nunca vir a ter.
Questiono as minhas atitudes, os meus pensamentos. Questiono o que faço neste mundo e como seria se estivesse noutro. São estas questões que me assaltam o pensamento e me fazem pensar “Quem sou eu?”.
Tal como Fernando Pessoa afirma no seu poema “Cada momento mudei”, também eu tenho a consciência de que mudei e já não sou o que era. Antes, tinha a inocência da infância e pensava, para mim mesma, “tenho em mim todos os sonhos do mundo”. Agora, já com outra idade, já não tenho a tal inocência e a inconsciência que tinha antes e tenho a perfeita a noção de que todos os sonhos do mundo não estão em mim, mas também nos outros. Assim, tenho muitos sonhos e fantasias.
Sei quem não quero ser. Sei a qual nunca quero chegar. Mas não sei... Eu? Quem sou eu?


Patrícia Santos;12ºC

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Eu sou EU!!!

Eu sou… eu, igual a tanta gente e diferente de outros tantos.Por vezes, sou como a Primavera: calma, alegre, sem grandes dias de chuva… Outras vezes, sou como o Inverno: escura, apagada, com dias de frio e muita chuva…
Afinal quem sou eu? Sou o reflexo do amor maternal, incondicional e sem fim. Sou filha do vento e sigo alegremente arrastada pelo carinho. Sou um regato que corre entre as montanhas à procura de um rio onde possa estar, ficar ou simplesmente continuar o seu percurso…
Sou fúria quando me magoam… Sou sorriso quando me abraçam… Eu sou eu! Uma adolescente igual a tantas outras, cheia de sonhos, desilusões, ilusões, na procura incessante de sonhos, realidades e verdades… À procura de mim mesma, na ânsia de concretizar aquilo que quero.
Sou sonhadora, procuro o impossível e sei que, assim, vou conseguir o possível. Não tenho limites para aquilo que sonho. Tento que tudo se concretize mesmo que tenha que lutar por isso. Sou a imagem do que não sou… Sou contradição do meu próprio eu… não tão frágil, nem tão forte… Sou uma resistente a algumas partidas que a vida me tem pregado… Sou, sem sombra de dúvidas, a maneira de ser da minha mãe e o rosto do meu pai… Sou o fruto do impossível porque… eu, Sou Eu !

Maria Granado; 12º D

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Eu? Eu?

Quem sou eu… é uma boa pergunta. É uma pergunta que todos nós tememos responder quando esse “eu” se trata do “eu” interior. Ninguém se conhece totalmente, nem se conhece assim tão bem a ponto de responder clara e objectivamente. Uma resposta destas merece tempo de reflexão e mesmo assim é impossível responder a cem por cento.
Todos podemos dizer o que somos no exterior, pois qualquer um o pode ver; o complicado é responder relativamente a quem somos interiormente.
A minha resposta é simples e contraditória: sei e não sei quem sou. Sei que sou mediana de altura e largura, que tenho cabelo castanho, olhos castanhos e pele clara. Sei porque eu posso ver, posso olhar-me ao espelho e ver que esse é o meu “eu” físico, o meu “eu” exterior, aquele que todos podem ver.
Mas e interiormente? Quem sou eu por dentro? Não sei. Sei que tenho qualidades e defeitos, como qualquer ser humano, mas quais são? Como sei que essas qualidades e esses defeitos são verdadeiros? Que fazem mesmo parte de mim, que não foram criados, inventados ou fingidos? As respostas a essas perguntas já são mais de difícil resposta.
Na verdade, todos nós usamos máscaras, nem que seja apenas num certo e determinado momento, com esta ou aquela pessoa, mas será que o fazemos propositadamente? Será que o fazemos para nos protegermos, para não nos expormos? Não sei. Podia inventar respostas, podia dizer que acho que sou assim e assado e que tenho este e aquele defeito, mas não, não o vou fazer porque, na verdade, não sei quem sou. Tal como Fernando Pessoa, também eu não “sei quantas almas tenho”. Como eu o compreendo!

Mariana Carvalho; 12º D

Procuro-me

Quem sou eu? Podia dizer que sou uma mulher rica, uma sem-abrigo com todos os sonhos do Mundo dentro da minha alma. Até poderia ser um homem de negócios bem sucedido… Mas não é o que sou.
Já me desviei da pergunta. Dei possíveis respostas à pergunta ‘O que sou eu?’ e não a ‘Quem sou eu?’, mas sou da opinião de que não podemos responder a uma sem mencionar a outra.
Certamente existem pequenas e certas coisas de que tenho a certeza, sobre mim. Não são muitas, mas sempre é qualquer coisa. Sei que sou uma rapariga em crescimento. Já não sou uma menina, mas ainda não sou uma mulher. Sou sonhadora. Sou empenhada. Sou responsável. Sou alegre. Sou tudo isso e muito mais. Sou tudo o que eu quiser ser.
Tal como Fernando Pessoa proferiu, “Eu sou do tamanho daquilo que vejo e não do da minha altura” (Alberto Caeiro). Sou também do tamanho dos meus sonhos e das minhas vontades.
Já fui uma menina envergonhada que se escondia quando alguém lhe dirigia a palavra. Já fui alguém que ansiava pelos treinos de patinagem. E, sobretudo, já fui a pessoa que mais admirava o seu pai.
Esses dias passaram. Passaram e já vão longe, assim como essa menina está longe da rapariga que sou hoje.
Sei quem fui, não sei quem sou e muito menos saberei quem vou ser amanhã. A cada dia que passa modifico-me à procura da melhor versão que poderei vir a ser de mim mesma.

Ana Laura Miranda – 12ºC

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Eu sou a dança que há em mim!

Não sei... Acho que ninguém sabe quem realmente é.
Por mais que pense e volte a pensar, acho que, cada dia que passa, sou outro eu. Talvez seja sempre a mesma pessoa, mas cada minuto de vida altera a pessoa que está em mim, altera a minha maneira de ser e faz-me pensar de outra forma e, ao mesmo tempo, ser quem não sou.
Todas as pessoas encarnam várias “personagens” no seu dia-a-dia, e isto faz parte da vida! Fingir, mentir, enganar, por mais difícil que seja, não há ninguém que não o faça.
Eu encarno uma personagem diariamente... Eu danço. Represento cada gesto e movimento, sorrio sem parar, e dentro de uma pista, rodeada de luzes e músicas, dou tudo por tudo para vencer e mostrar o quanto me esforço e até onde consigo chegar, e para que? É assim que venço? É por tentar ser outra pessoa, arranjada ao mínimo pormenor, com a pintura mais perfeita, com o penteado mais fantabulástico, com o vestido que mais chama à atenção e com os passos mais brilhantes que vou ser mais feliz? Não. É tudo irreal quando se sai da pista para fora. No dia-a-dia, volto a ser a mesma pessoa, que não sabe quem realmente é, e volto a pensar quem sou eu? O que estou aqui a fazer? Mais uma vez fingi ser alguem, tentei ser superior, enfrentei imensas pessoas, tentei superá-las, para que? Só para tentar ser quem não sou?!
Cada um de nós transmite o ser que quer que os outros pessem que nós somos. No entanto, ninguém sabe quem realmente é; simplesmente tenta dar a parecer aos outros que tem o mundo a seus pés e, por vezes, nada tem.
Joana Perfeito;12º D

Voôs

O fim da tarde pode ser o nosso amanhecer, tudo depende da nossa interpretação de início e de fim…

Naquele dia, acordei com uma aragem da manhã a bater-me na cara, sentia uns salpicos a percorrerem-me o rosto, ouvia alguma agitação mas sabia muito bem que não era agitação de pessoas. Era algo muito melhor, algo muito, mas muito melhor…
Não sabia se estava acordado ou simplesmente a sonhar. Porém, era incapaz de abrir os olhos e estragar todo aquele momento que, apesar de misterioso, eu estava a adorar.
Ouvia a água, sentia algo fresco a alcançar a minha face. Imaginei… Imaginei que estava na praia, a observar o nascer do sol, o mar a ganhar a cor que estamos acostumados a atribuir-lhe, talvez por só o visitarmos no Verão, ou ao final da tarde, no Verão… Este mar muda de cor, ora é azul, ora verde, ora branco, ora azul, ora branco… Não mantinha a mesma cor, talvez por para não perder a beleza e o mistério, ou então, apenas para chamar a minha atenção.
Voltei atrás no meu pensamento, podia naquele momento não estar na praia, e se eu estivesse no alto mar?! Rodeado de marinheiros e de piratas, num navio de madeira escura e gasta; num mar azul que, na verdade, era preto, negro, como o luto destes marinheiros, como a bandeira içada que os alertava dos perigos do mar…
Neste momento, percebi que tinha medo de estar naquele lugar. Ainda de olhos fechados, deitado não sei onde, pressionei, com força, estas janelas que me levam para outros mundos e tentei voltar à praia. Estava agora numa ilha deserta, só eu e o mar, e eu, e o mar…
Percebi, então, que o medo é imaginado e só não é superado quando a pessoa, que teme, sem saber realmente o que teme, não tem imaginação suficiente para se transportar para outro lugar e fugir desses medos…
Ainda hoje não sei onde acordei, só porque ainda não tive coragem para abrir os olhos e enfrentar o mundo tal e qual como ele é na realidade. E para quê? Se posso ser tão mais feliz, fechando os olhos ao mundo real e imaginando o meu, dando-lhe toda a perfeição que desejar…


João Pedro Rocha;12º D

Anjo e Demónio

Todos nós somos duas pessoas. Não falo da doença bipolaridade, falo sim no facto de todos nós, por mais que neguemos, mostramos à sociedade uma das pessoas que somos: A outra fica escondida na nossa intimidade. Quando falo em sociedade, falo nos amigos e na família; para eles, não somos a mesma pessoa que ficou no quarto enquanto estávamos sozinhos.
No meu caso, mudo quando estou em sociedade, mas não muito pois, como tenho um feitio muito vincado, (quase) nada me consegue deitar a baixo, por mais grave que seja. Não gosto de ser assim, mas é a minha maneira de ser. Várias vezes digo que não tenho sentimentos e, na verdade, concordo comigo próprio.
A minha outra pessoa é mais simples, mais calma, pensa nos actos que, futuramente podem ser favoráveis ou negativos.
É como se tivesse dentro de mim um anjo e um diabo: o anjo, é a minha segunda pessoa que é racional e que, por vezes, infelizmente, só aparece quando estou sozinho; o diabo, está comigo quase 24 horas por dia, não pensa no que faz, não sente nem quer sentir nada e é o menos racional possível. Tudo isto é confuso, mas eu sou assim!
Há pessoas que ficam deprimidas quando chegam a casa por vários motivos: por não querer estar sozinhas, por estarem cansadas ou, simplesmente, porque ficam. Cada um de nós tem uma maneira de ser, um feitio, um lado que é de nós próprios. No meu caso, sou positivo para manter o equilíbrio de que necessito no dia-a-dia.
Agora, a ‘segunda pessoa’ da vizinha do lado pode-a tornar uma pessoa má que nem de ela própria gosta, ninguém sabe, nem vai saber pois tal como ela, ninguém a vai mostrar.

Manuel Mascarenhas; 12ºD

domingo, 10 de outubro de 2010

Imaginem!

Imaginem.
Uma casa sem família. Gavetas abertas sem meias. O mercado do bulhão sem vendedoras. O mês de dezembro sem o Natal. Os teatros sem atores e encenadores. As ruas sem movimento. As estradas sem carros, motos e camiões. Um mundo sem cor, vazio!
Agora imaginem os nossos atos sem a letra “cê”. Aqueles que leem sem acento circunflexo. Andar em contrarrelógio sem o hífen. Passear pela quinta do chafariz sem as letras maiúsculas que a elevam. Olhar para o céu e ver um asteroide sem acento agudo.
Todos chegamos à mesma conclusão. A língua portuguesa ao abrigo do novo acordo ortográfico é como um mundo sem cor.

Beatriz Madeira; 12º C

Beleza e Perigo


É no final de tarde, que mais gosto de te ver. Mas sabes o quanto ainda me custa ver-te? Não deves ter a mais pálida ideia…
O caminho até ti é o caminho que tantas outras pessoas percorrem; é por isso que me perco nas pegadas que elas deixam. Umas grandes, outras pequenas, mas todas elas vão dar a ti. Tu, que tens tantas tonalidades de azul, tens a força que mais ninguém tem, tens esse cheiro a maresia que é tão teu! Todos te admiram; refrescas os corpos nas tardes escaldantes de Agosto e ainda és o ganha-pão de muitas famílias.
Verdade seja dita, respeito-te, mas odeio-te por levares tantas vidas. Já não olho para ti como olhava quando tinha quatro anos, mas continuas igual. Continuas calmo e matreiro, a fazer remoinhos quando as ondas, com espuma, rebentam na areia, repleto de peixes de todas as espécies…. Contudo, ainda te culpo por tudo.
Agora, com o cair da noite, deixo-te e parto mais calma, porque por momentos vou deixar de te ver e só te vou ouvir…
Carla Gregório; 12º C

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Momento Perfeito

São 20h30 e estou a passear na praia. Vejo a praia quase deserta: amigos a arrumarem a “tralha” para ir para casa e alguns casais a namorar e, quem sabe, ainda pernoitem por lá? O mar está agitado, mas não muito, o suficiente para, quando uma onda rebenta, ser visível o tom doirado do sol nas várias partículas de água.
Há nuvens, mas nuvens boas, aquelas nuvens que circundam o sol, dando-lhe a sensação de que ele é o ser mais importante. O sol cada vez fica mais fraco, as nuvens começam a perder a cor branca e juntam-se á cor alaranjada com uns reflexos de doirado e roxo, ficando iguais ao céu.
A areia está húmida e brilhante, como se o mar fosse feito de diamantes e de vez em quando deixasse alguns em Terra para a areia ter direito a brilhar tanto como o mar quando o sol, lhe reflecte directamente. Esta areia também tem um tom claro, mas muito forte, uma cor difícil de explicar, mas muito parecida com com o doirado em que o céu se transformou. Em algumas poças de água, conseguimos ver as outras cores do céu, o roxo principalmente, e as nuvens a desfazerem-se suavemente, rendendo-se à cor avermelhada e roxa, uma junção estranha de cores, mas possível e bela.
Este é um final de tarde perfeito, onde rodeados por todas as cores, conseguimos um momento para pensar, apenas para pensar e observar o grande fenómeno da natureza, o pôr-do-sol!

Manuel Mascarenhas; 12ºD

Deslumbramentos

Já passava das cinco horas da tarde, e o mar estava turbulento, parecia revoltar-se com tudo e todos. Eu perguntava “ Porquê tanta agressividade?”.
Nem as gaivotas poisavam na areia, perto da rebentação das ondas. O sol estava entristecido. A paisagem morria pouco a pouco, com a exaltação do mar. As pessoas em menos de nada saíram da praia, como se o mar lhes transmitisse um sinal de perigo.
Não conseguia entender nada do que se estava a passar!
Pouco depois, após ter percorrido a praia de uma ponta à outra, sentei-me mesmo a meio, com os pés enterrados na areia. Fixei somente os meus olhos no mar! Somente nele.
De repente, tudo mudou… o sol apareceu, já era o pôr-do-sol. O mar acalmou, sem ondas, sem turbulências. Transformou-se numa autêntica piscina. As gaivotas poisaram nos barcos, outras na areia a “brincar” com a água. Quase diria que estava num paraíso. O azul esverdeado do mar, enchia-me os olhos, a areia doirada e bege, estava ainda quente e suave. Os molhos de pedra, ao fundo do mar, reflectiam o pôr-do-sol.
Começou a anoitecer… Despedi-me com saudade de todo aquele deslumbramento!


Ana Trindade; 12º D

domingo, 26 de setembro de 2010

Final do Dia...

Já no final da tarde, num dia alegre de verão, vê-se os nadadores salvadores recolherem as bóias apressadamente e seguirem caminho de suas casas.
Ao fundo, avista-se o mar. Brilhante, a atravessar a areia com toda a delicadeza, espumando no rebentar das ondas, mas sempre a transmitir calma e paz.
Para quem diz que o mar é perigoso, não lhe vê os benefícios.
A praia quase deserta já. O silêncio reinava e toda aquela paz de um final do dia, na praia, era algo magnífico e inesquecível.
Restava, então, arrumar a minha toalha azul-do-mar, com aquele cheirinho de verão, doce, quente, fazendo lembrar areia e mar, agarrar no sombreiro, pegar na lancheira já vazia, e regressar a casa para outro dia-a-dia melancólico.

Joana Perfeito; 12º D