segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Fragmentos de Mim

Quem sou eu? Neste momento, sei que sou alguém que clica nas teclas do teclado para que as letras surjam no ecrã do computador. Este alguém tem um nome, tem um corpo e tem um cérebro que a faz recordar o que já viveu e a faz pensar em quem foi nessas circunstâncias passadas.
Desde o dia dez de Setembro do ano mil novecentos e noventa e três que sou um ser humano, com pernas, tronco e membros. Ao longo destes dezassete anos, as vivências e as várias maneira como agi perante elas foram algumas. E por que não reagi de maneira igual perante todas as circunstâncias? Porque ninguém consegue ser o mesmo quando confrontado com diferentes obstáculos. Há sempre um novo fragmento do nosso ser que transborda e que se mostra ao mundo quando as perguntas, os caminhos e as pegadas seguem diferentes caminhos.
O meu ser também se fragmenta em desiguais facetas quando convivo com diferentes grupos de pessoas. Não é possível depositar a mesma quantia de confiança em todos os outros seres que me cercam, que me transmitem ideias ou que, simplesmente, me balbuciam palavras sem sentido. Nem todos são merecedores de ouvir os meus pensamentos, de me conhecerem e de me descobrirem.
No final de contas, eu não sou apenas alguém que escreve, não sou apenas um conjunto de células, que juntas, enformam o corpo humano. Eu sou constituída por vários fragmentos, que cuidadosamente ligados, fazem de mim um ser pensante, que reage e que se transforma.
Beatriz Madeira, 12ºC

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