domingo, 24 de outubro de 2010

Ser eu...

Muitas vezes perguntamo-nos quem somos nós, afinal. Quem sou eu para além daquilo que mostro perante os outros e a sociedade, quando estou sozinha, apenas comigo própria e com os meus pensamentos? Nesses momentos sou apenas eu, nada mais.
Sou eu própria, como um bebé sem nada a esconder, nem nada a provar.
Não é que eu seja uma pessoa completamente diferente quando em convivência com os outros, mas não sou totalmente eu. Sou igual por fora, uma rapariga comum, com sonhos, objectivos e medos, como toda a gente. Nestas circunstâncias, é como se não me mostrasse por completo, como que se usasse uma máscara para me proteger, talvez.
Gosto daqueles bocadinhos só meus, onde posso estar com o meu verdadeiro eu. Desses instantes em que posso reflectir sobre quem sou, sobre as coisas boas e as coisas más, rir, chorar e gritar, sonhar o meu futuro… onde irei, o que farei e com quem estarei? Quando posso fazer apenas o que eu quero, sem ninguém lá estar para me julgar. Esses bocadinhos só meus, apesar de pequenos momentos, confortam-me por dentro. E às vezes, só me apetece ficar assim, “a ser eu”, interna e eternamente!
Quem sou eu? Na realidade, ninguém sabe, nem nunca saberá responder a tal questão. Somos apenas uma junção de qualidades, defeitos, sonhos, medos e objectivos. Cada um com o seu feitio, a sua personalidade e os seus sonhos. “Não sei quantas almas tenho”, e acho que nem eu nem ninguém algum dia vai saber.
É, pois, um enigma o meu ser!

Patrícia Marque; 12º C

Sem comentários: