segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Eu? Eu?

Quem sou eu… é uma boa pergunta. É uma pergunta que todos nós tememos responder quando esse “eu” se trata do “eu” interior. Ninguém se conhece totalmente, nem se conhece assim tão bem a ponto de responder clara e objectivamente. Uma resposta destas merece tempo de reflexão e mesmo assim é impossível responder a cem por cento.
Todos podemos dizer o que somos no exterior, pois qualquer um o pode ver; o complicado é responder relativamente a quem somos interiormente.
A minha resposta é simples e contraditória: sei e não sei quem sou. Sei que sou mediana de altura e largura, que tenho cabelo castanho, olhos castanhos e pele clara. Sei porque eu posso ver, posso olhar-me ao espelho e ver que esse é o meu “eu” físico, o meu “eu” exterior, aquele que todos podem ver.
Mas e interiormente? Quem sou eu por dentro? Não sei. Sei que tenho qualidades e defeitos, como qualquer ser humano, mas quais são? Como sei que essas qualidades e esses defeitos são verdadeiros? Que fazem mesmo parte de mim, que não foram criados, inventados ou fingidos? As respostas a essas perguntas já são mais de difícil resposta.
Na verdade, todos nós usamos máscaras, nem que seja apenas num certo e determinado momento, com esta ou aquela pessoa, mas será que o fazemos propositadamente? Será que o fazemos para nos protegermos, para não nos expormos? Não sei. Podia inventar respostas, podia dizer que acho que sou assim e assado e que tenho este e aquele defeito, mas não, não o vou fazer porque, na verdade, não sei quem sou. Tal como Fernando Pessoa, também eu não “sei quantas almas tenho”. Como eu o compreendo!

Mariana Carvalho; 12º D

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