sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Anjo e Demónio

Todos nós somos duas pessoas. Não falo da doença bipolaridade, falo sim no facto de todos nós, por mais que neguemos, mostramos à sociedade uma das pessoas que somos: A outra fica escondida na nossa intimidade. Quando falo em sociedade, falo nos amigos e na família; para eles, não somos a mesma pessoa que ficou no quarto enquanto estávamos sozinhos.
No meu caso, mudo quando estou em sociedade, mas não muito pois, como tenho um feitio muito vincado, (quase) nada me consegue deitar a baixo, por mais grave que seja. Não gosto de ser assim, mas é a minha maneira de ser. Várias vezes digo que não tenho sentimentos e, na verdade, concordo comigo próprio.
A minha outra pessoa é mais simples, mais calma, pensa nos actos que, futuramente podem ser favoráveis ou negativos.
É como se tivesse dentro de mim um anjo e um diabo: o anjo, é a minha segunda pessoa que é racional e que, por vezes, infelizmente, só aparece quando estou sozinho; o diabo, está comigo quase 24 horas por dia, não pensa no que faz, não sente nem quer sentir nada e é o menos racional possível. Tudo isto é confuso, mas eu sou assim!
Há pessoas que ficam deprimidas quando chegam a casa por vários motivos: por não querer estar sozinhas, por estarem cansadas ou, simplesmente, porque ficam. Cada um de nós tem uma maneira de ser, um feitio, um lado que é de nós próprios. No meu caso, sou positivo para manter o equilíbrio de que necessito no dia-a-dia.
Agora, a ‘segunda pessoa’ da vizinha do lado pode-a tornar uma pessoa má que nem de ela própria gosta, ninguém sabe, nem vai saber pois tal como ela, ninguém a vai mostrar.

Manuel Mascarenhas; 12ºD

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