segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Momento Perfeito

São 20h30 e estou a passear na praia. Vejo a praia quase deserta: amigos a arrumarem a “tralha” para ir para casa e alguns casais a namorar e, quem sabe, ainda pernoitem por lá? O mar está agitado, mas não muito, o suficiente para, quando uma onda rebenta, ser visível o tom doirado do sol nas várias partículas de água.
Há nuvens, mas nuvens boas, aquelas nuvens que circundam o sol, dando-lhe a sensação de que ele é o ser mais importante. O sol cada vez fica mais fraco, as nuvens começam a perder a cor branca e juntam-se á cor alaranjada com uns reflexos de doirado e roxo, ficando iguais ao céu.
A areia está húmida e brilhante, como se o mar fosse feito de diamantes e de vez em quando deixasse alguns em Terra para a areia ter direito a brilhar tanto como o mar quando o sol, lhe reflecte directamente. Esta areia também tem um tom claro, mas muito forte, uma cor difícil de explicar, mas muito parecida com com o doirado em que o céu se transformou. Em algumas poças de água, conseguimos ver as outras cores do céu, o roxo principalmente, e as nuvens a desfazerem-se suavemente, rendendo-se à cor avermelhada e roxa, uma junção estranha de cores, mas possível e bela.
Este é um final de tarde perfeito, onde rodeados por todas as cores, conseguimos um momento para pensar, apenas para pensar e observar o grande fenómeno da natureza, o pôr-do-sol!

Manuel Mascarenhas; 12ºD

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