segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Transformações

Depois de dezassete anos de vida e de experiências vividas a mesma dúvida permanece. Quem sou eu afinal? Não sei quem sou, nem quem finjo ser, sinto-me completamente perdida neste mundo cruel cheio de florestas densas e repletas de escuridão, escuridão essa que me faz perder a minha alma e me faz duvidar da minha verdadeira identidade.
Já não sei o que sinto, mudei completamente nos últimos meses motivada por pessoas que nem me são nada neste momento, pessoas por quem me apaixonei e a quem passei a odiar. Um ódio que nunca pensei sentir por alguém. Na verdade, isto não significa que, mais tarde, não me venha a reencontrar no meio do negro que se tornou a minha vida, mas, por enquanto, vivo com a esperança de perder o tempo perdido, tal como Fernando Pessoa com a sua infância. No meio do desabafo que se tornam as minhas palavras, uma grande amiga me disse um dia que o aconchego e o amor verdadeiro, a amizade, o respeito são sem dúvida o mais importante e não se devem guardar ressentimentos pois esses só trazem insegurança, mal-estar, desconforto e melancolia. Não perdi a minha infância, mas acabei por perder uma fase das mais especiais da vida – a adolescência - por alguém que ma roubou, alguém que me fez perdê-la e, agora, não sei como a recupera, mas sei que hei-de encontrar o caminho para a felicidade. A felicidade tarda, mas não me faltará.

Catarina Sabino; 12º D

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