sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Outonos


É Outono. O calor passou. Começa o tempo da chuva, do vento e do frio, o tempo em que me é tirado o prazer do poder estar ao ar livre, em contacto com o sol e na perfeição da natureza. Da mesma maneira que a alegria dos dias de sol vai, aos poucos, desaparecendo-me do rosto, também a beleza das árvores e das plantas se vai perdendo. Ficam despidas, tristes, secam, como se, para elas, esta estação não passasse de uma fase de sofrimento e de vergonha por deixarem para trás a exuberância que ainda há poucos meses tinham.
Se me dá que pensar? Sim, dá. Ver os dias de Outono passar, um após o outro, lembra-me que a vida é um ciclo; que tudo chega e parte, que tudo nasce e morre, que tudo floresce e cai. Lembra-me que a vida é curta. Que nunca podemos pensar demasiado.
Ver, através de uma janela, a chuva que cai, ou ouvir o som do seu bater desenfreado num telhado ou no chão, entristece-me. Porque é isso mesmo que, na maior parte das vezes, a chuva me faz lembrar – tristeza, a minha tristeza. A tristeza e o medo que, no Verão, o calor, o brilho e o entusiasmo que me envolvem ofuscam.
Nesses momentos, só me resta esperar; ver os dias passar, cinzentos, frios e apagados. Adormecer e voltar, no dia seguinte, a acordar, encontrar a motivação necessária para percorrer aquele novo dia, mais ou menos triste que o anterior, ansiando voltar a sentir, na pele, o calor; ver cor em vez de tons de cinzento.
É por uma nova Primavera que espero e que anseio, depois de ter aprendido algo de novo, bom ou mau, com o Outono que passou.
O desejo de sentir-me mais forte, renovada, permanece, bem como a vontade de nunca perder a minha natureza, a minha essência.

Ana Lúcia Sobral; 11º C
O Outono é uma das estações mais belas do ano. O Outono tem muitos significados para mim. É uma estação do ano de tranquilidade, de descanso e de imaginação.

É no Outono que começa a vir o frio, apesar de que este ano o nosso Outono não está a chegar. Anda atrasado! Não está a ser um Outono de frio, de pouco sol, de descanso e de tranquilidade. Não está a ser aquele Outono que todos nós conhecemos e que tanto ansiamos, aquele Outono de pouco frio, de folhas a cair e de castanhas…

Para mim, o Outono tem que ser aquela estação intermédia, não pode ser uma estação do ano como as outras! Não pode ser uma estação com tanto calor que só nos apeteça ir para a praia, sair de casa, encontrar um sítio bom com ar fresco onde possamos estar bem…
É no Outono que temos que começar a vestir roupa que seja um pouco mais quente! È necessário que não haja aquele calor como no Verão, mas que também não faça não muito frio como no Inverno. O Outono é para ficar em casa, ao Domingo, à tarde, a ver um bom filme, com uma mantinha nas pernas e a comer castanhas quentinhas.

É por isso, que o Outono é uma estação que me tranquiliza e me eleva o espírito.

Ana Silva; 11ºC
Para mim, o Outono é uma estação de meditação, de calma, de serenidade e de paz.
O Outono é fonte de inspiração, é estação de mudança, é a primeira etapa para o renascer. Dura três meses, mas o espírito permanece durante todo o ano. Certo é, que a Primavera traz o amor e a cor; o Verão traz o sol e as férias; o Inverno traz o Natal e o Novo Ano... Mas o Outono é o Outono, traz a folhinha no chão, o casaco na mochila, a castanha no bucho, a lágrima no olho e a saudade no coração.
Ninguém gosta do tempo frio e chuvoso, mas a força e o calor interiores revelam-se precisamente nessas alturas; é quando se vê a verdadeira chama do amor, da amizade, de atracção.
O Outono é uma época mágica, quem não gosta de passear no jardim sob as árvores que perdem as suas folhas a pouco e pouco? De barrete na cabeça e coração nas mãos?
É pena que esta estação seja cada vez menos o que outrora foi… O sol teima em desaparecer mais tarde e as árvores levam mais tempo a secar. Mesmo assim o carinho perdura sempre independentemente das condições exteriores e o que conta realmente é a nossa emoção e a forma como sabemos vivemos o nosso espírito de Outono.

Toda a época do ano tem a sua magia e o Outono não é excepção!
Francisco Almeida; 11º C
A melodia que se cria com a queda da chuva é fantástica; inspira confiança e sugere-nos uma reflexão. As folhas que caem das árvores, deixando-as nuas à espera de uma Primavera que as vista, voam sem destino, sem um lugar pré-escolhido, sem um chão para pousar. A brisa, a leve e suave brisa, anuncia a chegada do Inverno. É fresca, mas doce, arrepiante e inesquecível, é impossível não gostar desta sensação...Quem não gosta de um belo dia de Outono, escuro e fresco? O Outono transporta-nos para um ambiente perfeito para quem gosta de solidão.
Sento-me o dia todo em frente a uma lareira, olhando as chamas, sinto o calor transmitido pela lenha que arde e se transforma lentamente em brasa e que, mais tarde, só será cinza. Espero-o todo o Verão. Sinto prazer em ficar em casa, sentar-me ao canto da lareira e deixar passar horas a escrever, a ouvir musica e a compor.
Troco todo o calor do verão, todos os dias de praia, todas as tardes insuportáveis de insolação por um segundo em frente à minha lareira, dentro de casa, sem ninguém para me perturbar, desatinar, provocar...
É esta a minha música, é este o meu ambiente… A chuva e a melancolia de um Outono de pingos harmoniosos.
Quem não prefere um dia outonal em casa, de pijama, a ver televisão sem mais nada para fazer? Ouvir o Outono lá fora.
No silêncio da noite de Outono, ouve-se apenas o vento, a chuva que aumenta de força de momento para momento e nos arrasta num torvelinho errante de emoções. Vem e escuto aquele som que me faz adormecer lentamente no sofá - a madeira a estalar por entre as chamas…
João Pedro Rocha; 11º D
Estremece ao ouvir outro trovão que se aproxima. Relembra a razão que a faz odiar cada vez mais estes trovões, estas forças aterradoras da natureza, mas preferia não o fazer. Ainda magoa pensar nessa tal razão. Repete algumas vezes para si sempre o mesmo tipo de discurso, numa tentativa falhada de se acalmar: ‘Eventualmente vai passar, a pouco e pouco vão se afastando e daqui a nada, já estão longe…’.
De facto, o Outono é uma estação que a convida à reflexão, à introspecção e ao devaneio pelos pensamentos. Mas, como se sabe, pensar demasiado nem sempre tem boas conclusões. Por vezes, cai em suposições erradas, deixa-se levar pela angústia profundamente escondida nos cantos da sua alma e entristece. Entristece um dia, após outro e outro. Vai entristecendo devagar, juntamente com o clima, que vai sendo cada vez mais frio, mais ventoso, mais triste. As árvores ficam tristes, nuas, como se fossem solidárias com ela. As nuvens juntam-se em grupos e tornam-se escuras, cinzentas, até que choram. Choram o que muita gente não tem coragem para chorar. Choram a vida. É este o significado que as lágrimas das nuvens têm: a vida.
Sente a sua energia a morrer, juntamente com o dia que já passou. Luta para não deixar que isso transpareça. Para não mostrar que está farta da mesma rotina. Faz por manter a mesma personalidade todos os dias, a personalidade que a caracteriza. Torna-se mais fácil saturar-se da rotina nestes dias. Não são alegres. Não transmitem energia positiva e inspiradora. É como se a pessoa que ela foi apenas há uns meses atrás estivesse a ser destruída. Como se estivesse a desaparecer. A morrer.
Ana Laura; 11º C
O Outono é aquela estação do ano que me perturba, destrói, dói…
Os dias mais curtos a anoitecerem mais cedo e as neblinas que isolam e desconstroem. É sem duvida, um ambiente de desolação, de tristeza que traz inquietação, mais escuro, mais ansiedade. Um prenúncio de Inverno…
A seiva das árvores começa a descer dos ramos, dos troncos e as folhas começam a morrer.
Surgem os primeiros ventos, as primeiras chuvas e a humidade que deixam os nossos jardins cobertos de folhas mortas, um problema para as pessoas de certa idade, com reumatismo e com poucas forças para as apanhar.
Os animais e são muitos, começam a hibernação, tais como por exemplo, e entre tantos, o urso, os ouriços, os lagartos e cobras, os morcegos.
Todos estes animais durante a hibernação, estão em estado de hipotermia para conservar as energias durante o Inverno.
Depois temos a raça humana. Estes, dependendo da região em que habitam e também, segundo as possibilidades financeiras, aquecem-se conforme podem.
O Outono “queima” a vida. As paisagens morrem! Os animais andam tristes e inquietados!
E o sorriso dos humanos, vai atrás dos ventos e das chuvas!
Patrícia Silva; 11º C

Livros

Cícero argumenta que ‘uma casa sem livros é como um corpo sem alma’, algo vazio, Jaques-Henri de Saint-Pierre diz que ‘um bom livro é um bom amigo’ e, por fim, Julien Green diz-nos que ‘um livro é uma janela pela qual nos evadimos’.
Resumindo, um bom livro é algo que nos completa, que não nos deixa sentir só e que nos proporciona um refúgio.

Ana Laura; 11ºC
Para mim, um livro é uma alma. A alma de quem o escreveu reside no livro, nas palavras ditas com rancor ou amor, com significados ou banalidades. Mas não é só uma alma. Um livro é um porto de abrigo, um refúgio, num mundo à parte, no qual penetramos através da imaginação de quem escreve.
Quando leio esqueço tudo à minha volta, é como se nada existisse para além de mim e das personagens que acabei de conhecer. Muitas vezes, me identifico com uma das personagens, seja ela a protagonista ou apenas alguém com funções secundárias em toda a história.
Por vezes, chego a pensar que apenas os livros me compreendem e me conhecem verdadeiramente. São eles os meus melhores amigos e entendemo-nos bastante bem.

Patrícia Chainho; 11ºD
Na minha casa, não faltam livros, pois, uma casa sem eles, os livros, é como um corpo sem alma onde não existe cultura, saber, experiência, sabedoria, imaginação.
O Um livro é como um amigo que nos conta histórias de vários tipos e até desabafos.
Ao ler um livro com uma boa história, a nossa imaginação voa e metemo-nos na pele de quem o escreve, como se as coisas fossem vividas também nós, e não só pelo escritor.
Por tudo isto, um simples livro é tão importante que é como numa janela pela qual nos evadimos.

Catarina Sabino; 11ºD
O Livro é um amigo, pois é ele que nos acalma e nos compreende quando nos afligimos. Recebe as nossas lágrimas quando nele sentimos, uma vez mais, uma experiência passada. Além de amigo, é um companheiro que podemos levar connosco se, ao caminharmos sozinhos, for demasiado penoso. Uma casa repleta de livros pode ser acolhedora. Uma estante gigante a transbordar que nos convida a descobrir os segredos e mistérios que os seus livros escondem é fascinante.
É realmente emocionante podermos perceber aquelas palavras, viajarmos para mundos desconhecidos sem mesmo sairmos da nossa cama quente. Ao lermos um livro, podemos fingir que somos o protagonista, o herói ou o vilão sedutor. Nestas ocasiões, fingir é capaz de ser bastante divertido, não concorda?
Sara Batista; 11º C
Todos nós sabemos a importância da leitura para o desenvolvimento racional do humano.
É importante ler, procurar saber mais, ter uma vontade de desenvolver o nosso cérebro e não nos privarmos de conhecimento.
Cícero disse que uma casa sem livros é como um corpo sem alma. O que queria ele dizer com isto? Se eu não tiver livros em casa não tenho alma? Sou um corpo morto? Não! O facto de não ter livros em casa proíbe-me de vaguear por mares de conhecimento, conhecer terras, personagens até mesmo os escritores; através de um livro, consigo abrir a mente e viajar por terras que nunca teria oportunidade de visitar. O livro preenche a nossa vida, aumenta o nosso conhecimento e faz de nós alguém mais vivo, mais sabedor, mais humano.
Ter livros em casa facilita-nos esse trabalho, serve como prova de que lemos, logo existimos.
Quem melhor para nos acompanhar numa viagem longa e aborrecida? Numa tarde de praia, quando estamos sozinhos ou mesmo quando não temos nada para fazer?
Quem melhor para guardar todos os nossos segredos? Um livro, o livro é aquele amigo que não nos deixa pensar em assuntos mais tristes, que nos ajuda a passar mais um dia da nossa vida.
É através dele que voamos, que nadamos em oceanos por entre peixes, sem necessidade de pensarmos nos perigos do mar, é ele que nos mostra amor perfeito ou a morte trágica, a realidade ou a ficção ele, como disse Julien Green, não nos impões barreiras, pessoalmente acho que é mesmo assim, ele não nos impões barreiras, pelo contrário, ajuda-nos a ultrapassá-las, por vezes, de formas que nos dão o maior prazer no mundo.
Agora deixo a minha frase para quem a quiser comentar:
- Enquanto leio sou gente, respiro, suspiro, sou feliz.
João Pedro Rocha; 11º D
“Uma casa sem livros é como um corpo sem alma” porque uma casa precisa de um pouco de cultura e de beleza. Um livro não serve só para a decoração de um móvel, mas sim para ser manuseado por amigos e familiares. É uma questão de partilha que todos deviam de fazer e, principalmente, de sentir. Quando estamos sós, sem nada para fazer, por que não ler um livro? É uma óptima companhia para a solidão e ainda nos enriquece com a cultura que nos traz. Quando lemos, a imaginação começa a voar e quando damos por isso já estamos dentro da história a viver uma aventura ou a ser confidente da personagem principal, dependendo do tipo de livro. Os livros mostram-nos sítios que nunca vimos ou que nem iremos ver, mas pela descrição quase que conseguimos sentir o cheiro ou o barulho de um determinado lugar.
Ler é ser saudável, é conseguir imaginar e principalmente é saber partilhar.

Manuel Mascarenhas; 11ºD
O ser humano é constituído por uma parte física e uma parte intelectual. Da mesma forma que alimentamos a nossa parte física, temos também de saciar a nossa parte intelectual. Uma das maneiras de saciar essa nossa parte intelectual é através da leitura; enquanto lemos um livro, usamos várias partes da nossa mente, pois adquirimos novo vocabulário, novos conhecimentos e damos liberdade a nós próprios para imaginarmos as coisas que são descritas e narradas. A leitura enriquece a nossa mente. Ao dizer que “Um bom livro é um bom amigo”, podemos estar a referir-nos às lições e moralidades que estes contêm. Por vezes, mostram-nos através de uma história o que é ou não correcto.
Pessoalmente, acho a leitura importante, não só de livros mas de tudo o que nos possa vir a enriquecer mentalmente e como pessoas. Um livro pode ser uma companhia e um conselheiro, algo com que nos podemos identificar. Basta-nos ter vontade de saber mais e escolhermos aquele que tem mais a ver connosco ou que nos poderá transmitir um certo tipo de conhecimento.
Ana Sobral, 11ºC