sábado, 26 de dezembro de 2009

Estações...

Gosto do Inverno. Faz-me sentir viva.
Esta manhã acordei, olhei pela janela e vi neve nos telhados das casas em volta. Pensei ‘Neve na Cruz de João Mendes? É certamente impossível!’ e tinha razão. Quando acordei por completo, lembrei-me que não estava em casa.
Estou em França, nos arredores de Paris e está um frio de rachar. Faz frio na rua, quero eu dizer. Em casa, faz bastante calor, bastante mais calor do que na minha casa em Portugal.
O frio é uma presença forte nesta época do ano e, neste país, é inevitável, mas não me importo. Gosto de sair à rua quando faz frio e mesmo quando a minha mãe me pergunta ‘Ana Laura, tens frio?’ respondo sempre que não, mesmo que tenha as pernas geladas. Não quero que ela tenha uma desculpa para me enfiar em casa enquanto podemos passear pela rua e gosto de sentir ligeiramente o frio, mas… também não troco os meus serões à lareira por nada.
O frio aqui parece diferente do frio de Portugal. Durante o tempo de aulas, quando começa a fazer mais frio, fico logo com o nariz gelado e ando sempre a queixar-me que estou gelada, mas aqui ainda não deixei de sentir o meu nariz e, que me lembre, ainda não me queixei do frio. Gosto do frio daqui.
Gosto de observar as pessoas que passam na rua, nestes dias de frio. Acho piada reparar nas artimanhas que preparam para se protegerem das temperaturas baixas. Há gente com gorros, cachecóis, casacos enormes, luvas ou até mantinhas polares! O que importa é não sentir frio.
Acho que o frio nos faz sentir a realidade. Quando temos frio ao ponto de não sentir as mãos ou os pés apercebemo-nos que não temos controlo sobre tudo o que se passa connosco. Pode parecer uma ideia tola, mas é a minha.
Mas há dias em que também não gosto do frio. São os dias em que estou farta de andar com duas e três camisolas e aqueles dias em que sinto umas saudades imensas do Verão.
Todas as estações têm a sua magia. Posso dizer, com certeza, que o Outono é a estação de que menos gosto, mas não consigo eleger uma favorita de entre as outras três. As restantes têm tanta coisa positiva. Temos o Inverno, que traz consigo serões à lareira, gorros, cachecóis e luvas e também traz a neve, por vezes; temos a Primavera, com os passarinhos a cantar, as folhas das árvores que crescem e as flores que dão vida aos jardins; e, por fim, temos o belo do Verão, onde tomam lugar alguns dos momentos mais marcantes das nossas vidas, há idas à praia, há as férias grandes e muita diversão.
O Inverno faz-me sentir viva, a Primavera faz-me sentir alegre e o Verão faz-me sentir livre.

Ana Laura Miranda; 11º C

Livros...


O Livro é um amigo, pois é ele que nos acalma e nos compreende quando nos afligimos. Recebe as nossas lágrimas quando nele sentimos, uma vez mais, uma experiência passada. Além de amigo, é um companheiro que podemos levar connosco se, ao caminharmos sozinhos, for demasiado penoso. Uma casa repleta de livros pode ser acolhedora. Uma estante gigante a transbordar que nos convida a descobrir os segredos e mistérios que os seus livros escondem é fascinante.
É realmente emocionante podermos perceber aquelas palavras, viajarmos para mundos desconhecidos sem mesmo sairmos da nossa cama quente. Ao lermos um livro, podemos fingir que somos o protagonista, o herói ou o vilão sedutor. Nestas ocasiões, fingir é capaz de ser bastante divertido, não concorda?

Sara Batista; 11º D

Livros!


Para mim, um livro é uma alma. A alma de quem o escreveu reside no livro, nas palavras ditas com rancor ou amor, com significados ou banalidades. Mas não é só uma alma. Um livro é um porto de abrigo, um refúgio, num mundo à parte, no qual penetramos através da imaginação de quem escreve.
Quando leio esqueço tudo à minha volta, é como se nada existisse para além de mim e das personagens que acabei de conhecer. Muitas vezes, me identifico com uma das personagens, seja ela a protagonista ou apenas alguém com funções secundárias em toda a história.
Por vezes, chego a pensar que apenas os livros me compreendem e me conhecem verdadeiramente. São eles os meus melhores amigos e entendemo-nos bastante bem.


Patrícia Chainho; 11ºD

Ler!


Todos nós sabemos a importância da leitura para o desenvolvimento racional do humano.
É importante ler, procurar saber mais, ter uma vontade de desenvolver o nosso cérebro e não nos privarmos de conhecimento.
Cícero disse que uma casa sem livros é como um corpo sem alma. O que queria ele dizer com isto? Se eu não tiver livros em casa não tenho alma? Sou um corpo morto? Não! O facto de não ter livros em casa proíbe-me de vaguear por mares de conhecimento, conhecer terras, personagens até mesmo os escritores; através de um livro, consigo abrir a mente e viajar por terras que nunca teria oportunidade de visitar. O livro preenche a nossa vida, aumenta o nosso conhecimento e faz de nós alguém mais vivo, mais sabedor, mais humano.
Ter livros em casa facilita-nos esse trabalho, serve como prova de que lemos, logo existimos.
Quem melhor para nos acompanhar numa viagem longa e aborrecida? Numa tarde de praia, quando estamos sozinhos ou mesmo quando não temos nada para fazer?
Quem melhor para guardar todos os nossos segredos? Um livro, o livro é aquele amigo que não nos deixa pensar em assuntos mais tristes, que nos ajuda a passar mais um dia da nossa vida.
É através dele que voamos, que nadamos em oceanos por entre peixes, sem necessidade de pensarmos nos perigos do mar, é ele que nos mostra amor perfeito ou a morte trágica, a realidade ou a ficção ele, como disse Julien Green, não nos impões barreiras, pessoalmente acho que é mesmo assim, ele não nos impões barreiras, pelo contrário, ajuda-nos a ultrapassá-las, por vezes, de formas que nos dão o maior prazer no mundo.
Agora deixo a minha frase para quem a quiser comentar:
- Enquanto leio sou gente, respiro, suspiro, sou feliz.


João Pedro Rocha; 11ºD

Leitura


“Uma casa sem livros é como um corpo sem alma”. Uma casa precisa de um pouco de cultura e de beleza. Um livro não serve só para a decoração de um móvel, mas sim para ser manuseado por amigos e familiares. É uma questão de partilha que todos deviam de fazer e, principalmente, de sentir. Quando estamos sós, sem nada para fazer, por que não ler um livro? É uma óptima companhia para a solidão e ainda nos enriquece com a cultura que nos traz.
Quando lemos, a imaginação começa a voar e quando damos por isso já estamos dentro da história a viver uma aventura ou a ser confidente da personagem principal, dependendo do tipo de livro. Os livros mostram-nos sítios que nunca vimos ou que nem iremos ver, mas pela descrição quase que conseguimos sentir o cheiro ou o barulho de um determinado lugar.
Ler é ser saudável, é conseguir imaginar e principalmente é saber partilhar.


Manuel Mascarenhas; 11ºD

Vida!

Vida há só uma, é necessário vivê-la ao máximo, é necessário não esquecer que há oportunidades únicas, que só se têm uma vez, por mais anos que se viva. Saborear a vida não é fácil, pois esta, à medida que avança, corrompe-nos e torna-nos, cada vez mais, impuros.
“Escolha o seu dia”, Magritte
Saborear a vida é o que faz uma criança quando pede para ficar mais um pouco na festa de um amigo ou no parque da cidade; é o que um adolescente faz quando pede para chegar mais tarde a casa naquela noite.
Este dom perde-se no tempo, porque, com a idade, vem a responsabilidade e os longos turnos; começa a escassear a paciência e o tempo, não há um sorriso puro pela manhã… Não há tempo para as crianças, para as educar e ver crescer! Muitas delas são atiradas para os braços de uma babysitter por meia dúzia de euros à hora… outras nem essa “sorte” têm!
Depois da idade adulta, da idade activa, é que as criaturas de Deus se lembram do que se esqueceram, mas aí já há pouco tempo para saborear, algum já se encontram mesmo em sofrimento profundo, e o melhor remédio é o “descanso perpétuo”.
A vida não é só dinheiro, trabalho e sofrimento, é também o “reverso da moeda”, é todo o convívio com os que nos são próximos; é rir no trabalho, no café e em casa, é abraçar quem gostamos e fazer companhia a quem precisa! Há tempo para tudo nesta vida, são as escolhas que as pessoas fazem que nem sempre são as mais correctas e que comprometem toda uma vida. E o pior é que nem sempre se comprometem só a si mesmos e arrastam “inocentes” consigo para o “buraco” do aborrecido, do vazio e do monótono.
Uma vida cheia de amor, de luz e de alegria, e o que eu peço para este Natal!
Vive a tua vida e não os teus problemas, aquilo que te preocupa. Olha que quem saboreia a vida, vive com mais intensidade!

Francisco Almeida; 11º C

Contentamentos

Aproveitar cada momento, cada minuto e cada segundo, cada manhã e cada tarde, cada dia.
Aproveitar cada carinho e cada afecto.
Aproveitar todas as sensações de cada dia, aprender a recebê-las e a transmiti-las.
Aprender a aceitar, a conviver, a compartilhar, a amar e a sentir devia ser o ponto de partida para cada dia.
Quero apenas falar da amizade, o maior e o melhor sentimento que podemos proporcionar e que também a nós nos podem proporcionar.
Quem semear a semente da amizade, a regar, a apanhar no tempo certo, pode ter a certeza de que tudo vai dar certo. Não vai ser uma estúpida briga ou uma estúpida mentira a deitar tudo a perder.
Esta espécie de plantinha é construída a partir da alegria, dos sorrisos, do carinho, da confiança e dos momentos partilhados num sentimento de verdade e de honestidade
Se essa amizade nascer, vai unir alguém, e, então, sentimos a tão falada alegria e o contentamento de nos sentirmos amigos de alguém!
Os amigos dividem as alegrias e partilham as tristezas; estamos sempre uns para os outros nos bons e nos maus momentos. Somos, então, AMIGOS!
Quem planta e cuida essa semente com alegria, vai viver uma das mais perfeitas amizades, pois quem vive de contentamentos, nada em bons momentos.

Beatriz Lourenço; 11ºC

Amo, existo!


O que é o amor? Será que o que estou a sentir é amor? Todo o ser racional já se interrogou, pelo menos uma vez na vida, acerca deste grande mistério que é o amor.
Para mim, o amor é algo inexplicável, algo que não conseguimos explicar por palavras, mas sim pelo sentimento! O amor vive-se, sente-se, não se explica. Nós não podemos tocar o amor com as nossas mãos, como se fosse um objecto, porque este não é algo materialmente visível.
Não há ninguém, nem uma única pessoa neste mundo que possa dizer que nunca amou ninguém, porque se o disser está a mentir redondamente.
Existem vários tipos de amor, amor de amizade, amor entre família e amor entre duas pessoas que estão apaixonadas. Por mais fria e insensível que uma pessoa seja, e por mais que diga que nunca amou ninguém está a iludir-se, está a enganar-se a si próprio, uma vez que não aceita a ideia de que todo o ser humano precisa de amar algo ou alguém para viver.
Quando falamos em amor, pensamos só em coisas boas, em momentos maravilhosos que passamos com a pessoa que julgamos amar verdadeiramente e até mesmo cair no grande erro comum, de dizer “amo-te para sempre”. O amor não é feito apenas de momentos agradáveis, muito pelo contrário, o amor traz muitos aspectos negativos: muitas discussões, muitos desentendimentos, muito sofrimento e dor, muita dor. Mas aquele que ama verdadeiramente é capaz de passar por cima de todas estas barreiras que a vida nos apresenta.
Será que vale a pena dizer/escrever mais alguma coisa sobre o amor? Acho que não. Só quando quem amar verdadeiramente alguém é que irá compreender tudo o que é o amor. Contudo, todo o ser humano precisa de amar para poder superar e vencer com sucesso esta grande batalha que é a vida. Está dito.


Patrícia Pereira; 11ºC

Sonhar


Sonhar. Uma pequena palavra com um significado intenso e vasto. Afinal, o que é o sonho? O que é realmente sonhar? Será imaginar, pensar, desejar ou prever?
O que seria das crianças sem a capacidade de sonhar e de imaginar? Ou mesmo de todos os seres humanos? Seríamos apenas criaturas que simplesmente vivem, não pensam, nem sentem… Apenas vivem. Ficaríamos bastante parecidos às máquinas, não acham? Sonhar é tão essencial que, se não existisse tal capacidade, nem teria sido capaz de elaborar esta composição.
No entanto, nem todos os sonhos são bons… Muitas vezes temos os chamados pesadelos e são eles que nos levam a reflectir sobre certas coisas ou a interrogarmo-nos sobre o verdadeiro significado dos acontecimentos. Frequentemente, acordamos sobressaltados pelas terríveis imagens que esses pesadelos nos deixam na mente.
Também é certo que nem todos os sonhos se realizam, ou, para ser mais precisa… são praticamente nenhuns os que se realizam, mas independentemente disso todos nós sonhamos. Sonhamos todos os dias. Por vezes acordados, outras vezes a dormir… Vulgarmente, utilizamos a capacidade de abstracção e o pensamento para sonharmos momentos, conversas e gestos. Sonhamos a perfeição, sonhamos o desejo, sonhamos a vida… Enfim, uma infinidade de opções. Sonhar está obrigatoriamente ligado à imaginação.
É na nossa infância, enquanto somos apenas crianças, que se começa a formar a nossa personalidade e, neste processo, a capacidade de sonhar está sempre presente. As meninas sonham ter uma grande família, um marido bonito e que goste delas e os meninos sonham ter um bom emprego e serem bem sucedidos. Todos sonham!
Quem disser que nunca sonhou está a mentir. Está a mentir com todas as suas forças porque o nosso ser é feito do sonho.
Quem não sabe sonhar, não sabe o que é ser criança!


Ana Laura Miranda; 11º C

Mostra-te!


Nunca dei o melhor de mim, até hoje. Durante anos, limitei-me a fazer o que era necessário. Por vezes, sentia-me aprisionada a uma imagem que não era real, mas faltava-me coragem para me libertar daquela prisão, prisão essa que fui eu própria quem a construiu. Prisioneira de medos, era eu no passado. Sabia que tinha que mudar, que tinha que me livrar dos receios que me atormentavam, que tinha que deixar cair a máscara.
Num dia, em que os meus cabelos ondulavam a cada suave suspiro do vento, estava decidida a ultrapassar os obstáculos que se atravessassem no meu caminho sem nunca dar parte fraca. Ainda não abandonei a máscara de todo, mas estou a lutar por isso. Infelizmente, não estou a fazê-lo totalmente por mim, estou a fazê-lo por alguém que se importa comigo, alguém que me ouve e alguém que me apoia.
Faz como eu, sê tu próprio, sê sempre verdadeiro, luta pelo que ambicionas, desliga-te das más críticas de quem se acha superior.
Sorri, diverte-te a toda a hora. Não te ocultes, dá um salto e mostra-te.


Patrícia Chainho, 11ºD

Jogo


Quem muito de si der jogará sozinho no fim”
A lua já se encontrava, majestosa, no seu altar de “noir” e exibia o seu brilho para a minha pobre existência. Tenho a certeza que segredou ao vento para que viesse dançar ao meu redor, mas é um ousado esse vento, sempre insiste em cheirar o meu cabelo. Enfim, faziam-me sorrir.
Corre ao pensamento a lembrança, pois nunca é demais tocar a fatídica cicatriz que ainda decora as minhas costas. Posso sentir de novo o tremor da falsa mão amiga. A lâmina que a inveja arrefeceu, um rio salgado na face. Foge-me das mãos a memória, ela foge do meu controlo e invadida apenas me resta reflectir.
Discussão após discussão, gritos aqui, gritos ali, os seus corpos sempre foram abraçados pelas minhas águas, eu afogava-os nas maresias dos meus braços, e quando perdidos, levava-os à superfície. O gesto sem valor.
Ah, a noite agitou o meu coração… Uma folha que cai diz-me que chegou o momento. Abandono-me neste lugar, lanço lágrimas aos céus. Tanto que fiz e tão pouco que recebi. Hoje, sei que quem de si muito der, jogará sozinho no fim.


Sara Batista; 11º D

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Outonos


É Outono. O calor passou. Começa o tempo da chuva, do vento e do frio, o tempo em que me é tirado o prazer do poder estar ao ar livre, em contacto com o sol e na perfeição da natureza. Da mesma maneira que a alegria dos dias de sol vai, aos poucos, desaparecendo-me do rosto, também a beleza das árvores e das plantas se vai perdendo. Ficam despidas, tristes, secam, como se, para elas, esta estação não passasse de uma fase de sofrimento e de vergonha por deixarem para trás a exuberância que ainda há poucos meses tinham.
Se me dá que pensar? Sim, dá. Ver os dias de Outono passar, um após o outro, lembra-me que a vida é um ciclo; que tudo chega e parte, que tudo nasce e morre, que tudo floresce e cai. Lembra-me que a vida é curta. Que nunca podemos pensar demasiado.
Ver, através de uma janela, a chuva que cai, ou ouvir o som do seu bater desenfreado num telhado ou no chão, entristece-me. Porque é isso mesmo que, na maior parte das vezes, a chuva me faz lembrar – tristeza, a minha tristeza. A tristeza e o medo que, no Verão, o calor, o brilho e o entusiasmo que me envolvem ofuscam.
Nesses momentos, só me resta esperar; ver os dias passar, cinzentos, frios e apagados. Adormecer e voltar, no dia seguinte, a acordar, encontrar a motivação necessária para percorrer aquele novo dia, mais ou menos triste que o anterior, ansiando voltar a sentir, na pele, o calor; ver cor em vez de tons de cinzento.
É por uma nova Primavera que espero e que anseio, depois de ter aprendido algo de novo, bom ou mau, com o Outono que passou.
O desejo de sentir-me mais forte, renovada, permanece, bem como a vontade de nunca perder a minha natureza, a minha essência.

Ana Lúcia Sobral; 11º C
O Outono é uma das estações mais belas do ano. O Outono tem muitos significados para mim. É uma estação do ano de tranquilidade, de descanso e de imaginação.

É no Outono que começa a vir o frio, apesar de que este ano o nosso Outono não está a chegar. Anda atrasado! Não está a ser um Outono de frio, de pouco sol, de descanso e de tranquilidade. Não está a ser aquele Outono que todos nós conhecemos e que tanto ansiamos, aquele Outono de pouco frio, de folhas a cair e de castanhas…

Para mim, o Outono tem que ser aquela estação intermédia, não pode ser uma estação do ano como as outras! Não pode ser uma estação com tanto calor que só nos apeteça ir para a praia, sair de casa, encontrar um sítio bom com ar fresco onde possamos estar bem…
É no Outono que temos que começar a vestir roupa que seja um pouco mais quente! È necessário que não haja aquele calor como no Verão, mas que também não faça não muito frio como no Inverno. O Outono é para ficar em casa, ao Domingo, à tarde, a ver um bom filme, com uma mantinha nas pernas e a comer castanhas quentinhas.

É por isso, que o Outono é uma estação que me tranquiliza e me eleva o espírito.

Ana Silva; 11ºC
Para mim, o Outono é uma estação de meditação, de calma, de serenidade e de paz.
O Outono é fonte de inspiração, é estação de mudança, é a primeira etapa para o renascer. Dura três meses, mas o espírito permanece durante todo o ano. Certo é, que a Primavera traz o amor e a cor; o Verão traz o sol e as férias; o Inverno traz o Natal e o Novo Ano... Mas o Outono é o Outono, traz a folhinha no chão, o casaco na mochila, a castanha no bucho, a lágrima no olho e a saudade no coração.
Ninguém gosta do tempo frio e chuvoso, mas a força e o calor interiores revelam-se precisamente nessas alturas; é quando se vê a verdadeira chama do amor, da amizade, de atracção.
O Outono é uma época mágica, quem não gosta de passear no jardim sob as árvores que perdem as suas folhas a pouco e pouco? De barrete na cabeça e coração nas mãos?
É pena que esta estação seja cada vez menos o que outrora foi… O sol teima em desaparecer mais tarde e as árvores levam mais tempo a secar. Mesmo assim o carinho perdura sempre independentemente das condições exteriores e o que conta realmente é a nossa emoção e a forma como sabemos vivemos o nosso espírito de Outono.

Toda a época do ano tem a sua magia e o Outono não é excepção!
Francisco Almeida; 11º C
A melodia que se cria com a queda da chuva é fantástica; inspira confiança e sugere-nos uma reflexão. As folhas que caem das árvores, deixando-as nuas à espera de uma Primavera que as vista, voam sem destino, sem um lugar pré-escolhido, sem um chão para pousar. A brisa, a leve e suave brisa, anuncia a chegada do Inverno. É fresca, mas doce, arrepiante e inesquecível, é impossível não gostar desta sensação...Quem não gosta de um belo dia de Outono, escuro e fresco? O Outono transporta-nos para um ambiente perfeito para quem gosta de solidão.
Sento-me o dia todo em frente a uma lareira, olhando as chamas, sinto o calor transmitido pela lenha que arde e se transforma lentamente em brasa e que, mais tarde, só será cinza. Espero-o todo o Verão. Sinto prazer em ficar em casa, sentar-me ao canto da lareira e deixar passar horas a escrever, a ouvir musica e a compor.
Troco todo o calor do verão, todos os dias de praia, todas as tardes insuportáveis de insolação por um segundo em frente à minha lareira, dentro de casa, sem ninguém para me perturbar, desatinar, provocar...
É esta a minha música, é este o meu ambiente… A chuva e a melancolia de um Outono de pingos harmoniosos.
Quem não prefere um dia outonal em casa, de pijama, a ver televisão sem mais nada para fazer? Ouvir o Outono lá fora.
No silêncio da noite de Outono, ouve-se apenas o vento, a chuva que aumenta de força de momento para momento e nos arrasta num torvelinho errante de emoções. Vem e escuto aquele som que me faz adormecer lentamente no sofá - a madeira a estalar por entre as chamas…
João Pedro Rocha; 11º D
Estremece ao ouvir outro trovão que se aproxima. Relembra a razão que a faz odiar cada vez mais estes trovões, estas forças aterradoras da natureza, mas preferia não o fazer. Ainda magoa pensar nessa tal razão. Repete algumas vezes para si sempre o mesmo tipo de discurso, numa tentativa falhada de se acalmar: ‘Eventualmente vai passar, a pouco e pouco vão se afastando e daqui a nada, já estão longe…’.
De facto, o Outono é uma estação que a convida à reflexão, à introspecção e ao devaneio pelos pensamentos. Mas, como se sabe, pensar demasiado nem sempre tem boas conclusões. Por vezes, cai em suposições erradas, deixa-se levar pela angústia profundamente escondida nos cantos da sua alma e entristece. Entristece um dia, após outro e outro. Vai entristecendo devagar, juntamente com o clima, que vai sendo cada vez mais frio, mais ventoso, mais triste. As árvores ficam tristes, nuas, como se fossem solidárias com ela. As nuvens juntam-se em grupos e tornam-se escuras, cinzentas, até que choram. Choram o que muita gente não tem coragem para chorar. Choram a vida. É este o significado que as lágrimas das nuvens têm: a vida.
Sente a sua energia a morrer, juntamente com o dia que já passou. Luta para não deixar que isso transpareça. Para não mostrar que está farta da mesma rotina. Faz por manter a mesma personalidade todos os dias, a personalidade que a caracteriza. Torna-se mais fácil saturar-se da rotina nestes dias. Não são alegres. Não transmitem energia positiva e inspiradora. É como se a pessoa que ela foi apenas há uns meses atrás estivesse a ser destruída. Como se estivesse a desaparecer. A morrer.
Ana Laura; 11º C
O Outono é aquela estação do ano que me perturba, destrói, dói…
Os dias mais curtos a anoitecerem mais cedo e as neblinas que isolam e desconstroem. É sem duvida, um ambiente de desolação, de tristeza que traz inquietação, mais escuro, mais ansiedade. Um prenúncio de Inverno…
A seiva das árvores começa a descer dos ramos, dos troncos e as folhas começam a morrer.
Surgem os primeiros ventos, as primeiras chuvas e a humidade que deixam os nossos jardins cobertos de folhas mortas, um problema para as pessoas de certa idade, com reumatismo e com poucas forças para as apanhar.
Os animais e são muitos, começam a hibernação, tais como por exemplo, e entre tantos, o urso, os ouriços, os lagartos e cobras, os morcegos.
Todos estes animais durante a hibernação, estão em estado de hipotermia para conservar as energias durante o Inverno.
Depois temos a raça humana. Estes, dependendo da região em que habitam e também, segundo as possibilidades financeiras, aquecem-se conforme podem.
O Outono “queima” a vida. As paisagens morrem! Os animais andam tristes e inquietados!
E o sorriso dos humanos, vai atrás dos ventos e das chuvas!
Patrícia Silva; 11º C

Livros

Cícero argumenta que ‘uma casa sem livros é como um corpo sem alma’, algo vazio, Jaques-Henri de Saint-Pierre diz que ‘um bom livro é um bom amigo’ e, por fim, Julien Green diz-nos que ‘um livro é uma janela pela qual nos evadimos’.
Resumindo, um bom livro é algo que nos completa, que não nos deixa sentir só e que nos proporciona um refúgio.

Ana Laura; 11ºC
Para mim, um livro é uma alma. A alma de quem o escreveu reside no livro, nas palavras ditas com rancor ou amor, com significados ou banalidades. Mas não é só uma alma. Um livro é um porto de abrigo, um refúgio, num mundo à parte, no qual penetramos através da imaginação de quem escreve.
Quando leio esqueço tudo à minha volta, é como se nada existisse para além de mim e das personagens que acabei de conhecer. Muitas vezes, me identifico com uma das personagens, seja ela a protagonista ou apenas alguém com funções secundárias em toda a história.
Por vezes, chego a pensar que apenas os livros me compreendem e me conhecem verdadeiramente. São eles os meus melhores amigos e entendemo-nos bastante bem.

Patrícia Chainho; 11ºD
Na minha casa, não faltam livros, pois, uma casa sem eles, os livros, é como um corpo sem alma onde não existe cultura, saber, experiência, sabedoria, imaginação.
O Um livro é como um amigo que nos conta histórias de vários tipos e até desabafos.
Ao ler um livro com uma boa história, a nossa imaginação voa e metemo-nos na pele de quem o escreve, como se as coisas fossem vividas também nós, e não só pelo escritor.
Por tudo isto, um simples livro é tão importante que é como numa janela pela qual nos evadimos.

Catarina Sabino; 11ºD
O Livro é um amigo, pois é ele que nos acalma e nos compreende quando nos afligimos. Recebe as nossas lágrimas quando nele sentimos, uma vez mais, uma experiência passada. Além de amigo, é um companheiro que podemos levar connosco se, ao caminharmos sozinhos, for demasiado penoso. Uma casa repleta de livros pode ser acolhedora. Uma estante gigante a transbordar que nos convida a descobrir os segredos e mistérios que os seus livros escondem é fascinante.
É realmente emocionante podermos perceber aquelas palavras, viajarmos para mundos desconhecidos sem mesmo sairmos da nossa cama quente. Ao lermos um livro, podemos fingir que somos o protagonista, o herói ou o vilão sedutor. Nestas ocasiões, fingir é capaz de ser bastante divertido, não concorda?
Sara Batista; 11º C
Todos nós sabemos a importância da leitura para o desenvolvimento racional do humano.
É importante ler, procurar saber mais, ter uma vontade de desenvolver o nosso cérebro e não nos privarmos de conhecimento.
Cícero disse que uma casa sem livros é como um corpo sem alma. O que queria ele dizer com isto? Se eu não tiver livros em casa não tenho alma? Sou um corpo morto? Não! O facto de não ter livros em casa proíbe-me de vaguear por mares de conhecimento, conhecer terras, personagens até mesmo os escritores; através de um livro, consigo abrir a mente e viajar por terras que nunca teria oportunidade de visitar. O livro preenche a nossa vida, aumenta o nosso conhecimento e faz de nós alguém mais vivo, mais sabedor, mais humano.
Ter livros em casa facilita-nos esse trabalho, serve como prova de que lemos, logo existimos.
Quem melhor para nos acompanhar numa viagem longa e aborrecida? Numa tarde de praia, quando estamos sozinhos ou mesmo quando não temos nada para fazer?
Quem melhor para guardar todos os nossos segredos? Um livro, o livro é aquele amigo que não nos deixa pensar em assuntos mais tristes, que nos ajuda a passar mais um dia da nossa vida.
É através dele que voamos, que nadamos em oceanos por entre peixes, sem necessidade de pensarmos nos perigos do mar, é ele que nos mostra amor perfeito ou a morte trágica, a realidade ou a ficção ele, como disse Julien Green, não nos impões barreiras, pessoalmente acho que é mesmo assim, ele não nos impões barreiras, pelo contrário, ajuda-nos a ultrapassá-las, por vezes, de formas que nos dão o maior prazer no mundo.
Agora deixo a minha frase para quem a quiser comentar:
- Enquanto leio sou gente, respiro, suspiro, sou feliz.
João Pedro Rocha; 11º D
“Uma casa sem livros é como um corpo sem alma” porque uma casa precisa de um pouco de cultura e de beleza. Um livro não serve só para a decoração de um móvel, mas sim para ser manuseado por amigos e familiares. É uma questão de partilha que todos deviam de fazer e, principalmente, de sentir. Quando estamos sós, sem nada para fazer, por que não ler um livro? É uma óptima companhia para a solidão e ainda nos enriquece com a cultura que nos traz. Quando lemos, a imaginação começa a voar e quando damos por isso já estamos dentro da história a viver uma aventura ou a ser confidente da personagem principal, dependendo do tipo de livro. Os livros mostram-nos sítios que nunca vimos ou que nem iremos ver, mas pela descrição quase que conseguimos sentir o cheiro ou o barulho de um determinado lugar.
Ler é ser saudável, é conseguir imaginar e principalmente é saber partilhar.

Manuel Mascarenhas; 11ºD
O ser humano é constituído por uma parte física e uma parte intelectual. Da mesma forma que alimentamos a nossa parte física, temos também de saciar a nossa parte intelectual. Uma das maneiras de saciar essa nossa parte intelectual é através da leitura; enquanto lemos um livro, usamos várias partes da nossa mente, pois adquirimos novo vocabulário, novos conhecimentos e damos liberdade a nós próprios para imaginarmos as coisas que são descritas e narradas. A leitura enriquece a nossa mente. Ao dizer que “Um bom livro é um bom amigo”, podemos estar a referir-nos às lições e moralidades que estes contêm. Por vezes, mostram-nos através de uma história o que é ou não correcto.
Pessoalmente, acho a leitura importante, não só de livros mas de tudo o que nos possa vir a enriquecer mentalmente e como pessoas. Um livro pode ser uma companhia e um conselheiro, algo com que nos podemos identificar. Basta-nos ter vontade de saber mais e escolhermos aquele que tem mais a ver connosco ou que nos poderá transmitir um certo tipo de conhecimento.
Ana Sobral, 11ºC

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Saibamos fazer a Paz!

“ Vamos decretar a paz”e ser felizes como ninguém foi.
De que vale um Mundo em Guerra? Um Mundo onde mais nada importa a não ser os atentados e os interesses económicos. A Guerra é um acto desumano que não nos leva a lado nenhum. A vida é para ser vivida de forma feliz, sem conflitos de espécie alguma.
O conceito de paz existe? Não, nunca existiu nem irá existir! Todos nós somos seres vivos com o seu lado mau e o seu lado bom, uns mais à vista que outros, mas normalmente o mau! E, como tal, a paz é algo que jamais se alcançará!
Não é terrível, quando no noticiário, vemos mortas pessoas inocentes? Crianças acabadas de chegar ao mundo, pais e mães desesperadas porque morreu o último filho que lhes restava... Tanta dor, tanto luto... Estamos a destruir o nosso mundo, será que ninguém vê isso?
Onde irá chegar o nosso Mundo? Para quê tanta guerra, quando a saúde e a união são as coisas mais bonitas deste Universo? Terá a pomba da paz, nos dias de hoje, o significado que tinha há décadas atrás? São perguntas como estas que todos nós deveríamos fazer, para, assim, reflectirmos e reacendermos a paz!
Vamos então unir-nos, pessoas de cor ou de países diferentes e vamos arranjar maneira do Mundo ser mais perfeito porque mais pacífico!
É urgente construirmos um mundo melhor, é urgente construirmos a paz!

Maria Granado; 11ºD

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Agarremos a paz!

A paz é algo que não se vende nem se compra, é algo que se constrói com a união, com o respeito, com a amizade e com a colaboração.
No mundo em que vivemos, não há essa paz, não há união, nem colaboração, todos lutam contra todos, todos competem contra todos, existe uma guerra constante entre as pessoas, entre os países, entre as “raças”.
Não existe paz e esta é algo que dificilmente irá existir. Muitas pessoas tentam aplicá-la e tentam que ela exista de variadíssimas formas como através de campanhas, conferências, na publicidade... Mas de que forma isso mudou o Mundo? Fala-se nisto, fala-se naquilo, mas o que se faz? Nada. Muitas pessoas famosas ajudam em actos de caridade e solidariedade, mas apenas uma pequena parte da quantidade de pessoas com posses faz algo para mudar alguns aspectos. Então por que não fazerem mais para instaurar a paz de que tanto se fala perante as câmaras de televisão?
É certo que existem muitos voluntários como enfermeiros em tempo de guerra e fome, mas para se poder mudar alguma coisa era preciso muito mais que duas dezenas de voluntários.
O assunto “Paz” é algo que é bastante falado pois que toda a gente pede “Paz no Mundo”, paz ali, paz aqui. Existe a necessidade de se fazer algo, de agir, para que ela aconteça. Ora isso não sucede, não há iniciativa, não há acção, não há “luta” para que exista mesmo a “Paz” desejada.
A liberdade é uma das muitas palavras que definem “Paz”. Uma pessoa que não seja livre, que não possa fazer o que gosta o que lhe dá prazer, não tem paz interior, não se sente bem consigo própria. Por isso, há vários tipos de paz, como a paz interior, a paz em relação à guerra, a paz entre as diversas “raças”, a paz entre as pessoas do mesmo país, da mesma cidade, dos mesmos amigos… Para haver paz, é preciso não só falarmos, mas também é preciso agir!
É necessário que a Paz se concretize e se instale, antes de mais, dentro de cada um de nós!

Mariana Carvalho

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Paz...

Paz...
Para nós o que é a Paz? Será alguma crença? Ou alguma luta contra guerras? Muitos acreditam que, o ter fé e o orar perante milhares de pessoas, é fazer a Paz. Outros pensam que entrar em guerra, para combater o mal, é fazer Paz.Paz, não é assim. Paz é para manter o bem entre todos. Abrir outras lutas para acabar com a guerra não é a melhor solução para a Paz governar, pois lutar contra as guerras, é criar mais guerras...
Nos dias de hoje, muitos países estão em guerra. Uns porque têm razões de revolta, outros porque acreditam que a guerra é a melhor solução para resolver problemas. Depois, há aqueles que são levados a travar guerras devido às suas crenças. Assim, não há Paz.
Paz, só se faz com a união e o bem estar de todos nós. A Paz é a nossa liberdade, sem ela, nunca estaremos bem connosco próprios. Não nos podemos preocupar só connosco, mas também, com o resto do mundo. Pensemos nas crianças que sofrem com estas guerras, com as perdas de familiares e que ficam marcadas para a vida. Hoje são as crianças de outros, mas amanhã podem ser as nossas, por isso, arrumemos as armas e façamos a Paz, para construir um mundo melhor para todos nós.


Jorge Alexandre Cascalheira Gonçalves 11ºD

Paz, tão longe e tão perto

“Paz” é um conceito que o Mundo nunca experimentará verdadeiramente.
Apesar de tudo o que nos é dito sobre as guerras não durarem para sempre, que um dia viveremos tranquilamente em harmonia, penso que as hipóteses de paz são mínimas; esta é, pois, a forma que o Homem utiliza para omitir a dura realidade, iludindo-se.
Na maioria das vezes, “Paz” é associada apenas à ausência de guerra, mas o seu significado está longe de ser apenas esse.
“Paz” seria passar na rua e não ver vestígios de pobreza, seria ligar a televisão e não ver notícias negativas, seria sentirmo-nos bem connosco próprios, toda a vida.
“Paz” seria viver num sonho, onde tudo fosse perfeito, pois enquanto o Mundo não pensar em uníssono, nunca haverá realmente “Paz”.

Margarida Andrade; 11º D

domingo, 20 de setembro de 2009

Peace and Love


Paz é sinónimo
do pleno bem-estar
é dar as mãos
e criar laços difíceis de quebrar.

Rima também com liberdade
não no papel
mas sim na intimidade
onde realmente ela é precisa.

Tê-la é um dom
pois é difícil de manter
mas o que devolve é tão bom
que mantê-la devia ser um dever.

A alma não tem sentidos
em este abrigo caloroso
Indispensável para que o amor seja vivido
Neste mundo duvidoso.

Todos têm direito a sorrir
não devem ser oprimidos
porque a felicidade devia vir
numa caixa de comprimidos.

A paz é uma semente
que cresce sem se ver
é a flor que está sempre presente
é uma forma de viver.

Francisco Almeida;11ºC

A Paz está na tua mâo!

PAZ no Mundo é o que a humanidade deseja
Mas para isso temos que fazer algo que se veja.

Não é a fazer a guerra e o mal
Que vamos ser alguém na vida,
Mas para isso é preciso que haja uma mudança radical
Para que a PAZ seja bem sucedida!

Se todas as pessoas desejam PAZ,
Então, por que razão é que nem toda a gente a faz?!

Patrícia Pereira; 11ºC

Venha a paz!



A paz deve ser sempre um motivo pelo qual devemos lutar, para conseguirmos ser felizes e fazer felizes todos os que estão à nossa volta.Não se pode dizer que há paz só porque alguém o diz! A paz tem de se sentir, deve-se viver!A paz é um direito de todos, que devia ser sempre e para sempre respeitado. Assim, haveria muito mais união entre os países e a vida dos seres humanos seria muito mais harmoniosa e válida. Ah, quem nos dera, a paz!

Patrícia Santos; 11º C

Reflexão


"Enquanto a riqueza for mais importante do que o sorriso de uma criança não haverá paz".

Diogo, 11º C

Diversidade

A Paz pode ser vista de várias maneiras porque nem todas as culturas acreditam no mesmo e a isso chama-se diversidade entre culturas. Há países em que a paz tal como nós a concebemos, não é a mesma para eles porque há aspectos, modos de pensar e de agir que, por exemplo, são eticamente correctas em Portugal e noutros países não o são. Para algumas pessoas, a liberdade não existe porque não acreditam que o ser humano é livre. Esta dúvida surge porque existe a ciência, o destino e um Deus.
Por isso, a paz não é objectiva, mas universal porque todos nós a queremos!

Ana Martins; 11ºC

Definições para uma paz possível

A Paz é definida como ausência de guerra, dor ou sofrimento. Mas ao mesmo tempo, para a manter são travadas guerras que duram anos e das quais advêm enormes angústias. Num ideal de paz e justiça, não há sofrimento, nem morte, nem fome, nem dor.
Todos podemos ver, a cada dia que passa, que não é isso que acontece. De dia para dia, morrem mais a tentar parar quem prejudica o mundo. Paz não é feita por um só, nem por dois; é, antes, acção de todos. É entendimento, compreensão, cooperação, justiça, união, liberdade e partilha. É mais que um objectivo universal, é uma necessidade e um modo de vida. É sempre preciso fazer um esforço para receber uma recompensa; neste caso, a recompensa é a paz. Temos de trabalhar para ela, dar pequenos e persistentes passos para a alcançar. Ela é base de um futuro mais agradável, num sítio melhor.

Ana Sobral, 11ºC, nº3.

Paz e Alegria




A palavra Paz ilumina-nos a alma, enquanto, que a própria Paz nos enlouquece a alma, de tanta alegria interior/exterior.
O Mundo com Paz, seria uma catástrofe de alegria. Mesmo que fosse uma paz injusta, o que importaria isso? Era Paz.
Não custa nada tentar, mesmo com pouco que seja... Bora lá, andarmos loucos neste Mundo.
HAJA PAZ!

Patrícia Silva, nº14, 11ºC

Paz luz do mundo


Infelizmente todos os dias, nos deparamos com notícias de países em guerra nos mais diversos noticiários e nos jornais. Ataques terroristas, bombas, número de mortes, fome em África...
E a paz? Ninguém fala na paz?
Talvez por Portugal ser considerado um país civilizado, calmo, por não viver em ambiente de guerra, talvez por isso não lhe damos tanto “valor”. Se calhar, nem temos bem a noção do significado da palavra “paz”, porque, é como tudo na vida, só damos valor às coisas quando as perdemos ou não as temos mesmo.
Aqui, o nosso dia-a-dia é pacífico. Contudo, em muitos outros países, vive-se o medo. Medo de sair à rua e de nunca mais regressar a casa; vive-se com uma enorme ansiedade em relação àquele “pesadelo” da guerra e deseja-se, mais do que tudo, alcançar a paz e a liberdade, sua forte aliada.
Venha a paz e que alastre pelo mundo inteiro quanto antes!


Rita Mendonça; 11º C

Os muros da Paz

Os muros onde podemos ler as mensagens de Paz e do que é a Liberdade dos Homens, são, muitas vezes, muros estruturados de política e de poder supremo, que nos limitam e condicionam quanto aos conceitos de Paz e de Liberdade.
No meu entender, não há regras, nem limites para a liberdade, há o respeito pelos outros e por nós mesmos.
Porque a nossa liberdade “acaba onde começa a do próximo” – filosofo Emanuel Kant.
E só desta forma sem definição, apenas com base no respeito e na compreensão pelos outros e por nós próprios, sem passar por cima de ninguém, que se alcança a nossa Paz interior, podendo, assim, propagar a Paz e propiciar a Liberdade aos outros.

Marlene Silva; 11.ºC

Para quando a Paz?


Paz. Uma pequena palavra, mas com um significado enorme. Será que a paz que eu desejo é a mesma que qualquer outra pessoa ambiciona?
Vemos a paz associada ao desejo dar fim às guerras, às invasões ou às carnificinas tão nossas conhecidas nos dias de hoje. Aparecem notícias sobre guerras nos mais diversos países, pelos mais diversos motivos, mas, a meu ver, essas guerras escondem apenas desejos de engrandecer por parte de certas identidades.
Não compreendo o motivo de existirem crianças completamente inocentes a serem torturadas, violadas ou mortas apenas por não terem tido a sorte de nascer num outro país, ou apenas uns anos mais tarde. O maior sonho dessas pessoas menos abençoadas pela sorte é, possivelmente, poder acordar um dia numa casa digna, sem gritos, sem explosões, ou barulhos de tiros. Em segurança. Em paz!
Enquanto existir desejo de poder, não existirá a paz!

Ana Laura; 11º C

Paz é equilíbrio!


Amigo da paz é aquele que encontra o seu equilíbrio psicológico, a sua calma, consegue transmiti-los e contagiar quem o rodeia.
Sê tu mesmo, ganha forças para lutar, pois um vencedor é, e sempre será um amigo da paz.


Ana Silva, nº1; 11ºC

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Não há amor como o primeiro



Nem que Deus me permitisse sobreviver mais mil anos e mais mil amores viver, eu poderia esquecer o primeiro, pois não há amor como o primeiro... pode ter sido um amor com pouca maturidade, de duas crianças que desenhavam o futuro; pode ter sido um amor platónico, aquilo que hoje chamaria de loucura! Mas foi assim o primeiro, um amor de loucura, em que em cada movimento, palavra, gesto era depositado um enorme sentimento. As palavras escritas ao companheiro não eram narradas, eram desenhadas, pensadas, para que a perfeição fosse plena, porque, numa amor assim, o que importava, não era viver os momentos com a pessoa amada, mas sim viver os pensamentos do outro, sonhar acordado com os sentimentos, criando, assim, para além de um amor material, um amor idealizado, irreal, impossível de se concretizar.
Um amor sem um único olhar real, só um toque em sentimento; um amor que se prolongou durante uns longos oito messes. Cada dia, era vivido intensamente a pensar no que o outro poderia estar a pensar, e sempre que possível a questionar por escrito ou por chamada, o que se estava a passar, se estava tudo bem, se tudo corria bem.
Mas um amor, assim, acaba por se esgotar e ser desconfortante e a insegurança, a confusão, o desvario, aparecem, põem fim ao amor que, da mesma forma com que se iniciou, terminou. Ficou apenas o sonho de alcançar o PERFEITO.
Este foi o primeiro Amor... Aquele que não desaparece do coração. Mesmo que a ilusão tenha sido a principal razão para a sua concretização.

Marlene Silva ;10.ºC

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A Importância do Amor

O amor é um sentimento universal que todos acabamos por experimentar a determinada altura da vida. O primeiro amor é uma fase da vida que alarga os nossos horizontes, que nos faz, por vezes, descobrir uma nova faceta de nós mesmos. É com ele que aprendemos, cada um à sua maneira, o significado da palavra “amor”. Podem existir também os primeiros desgostos, mas estes ajudam-nos a crescer como pessoas, ensinam-nos a levantarmo-nos após a queda e a seguir em frente de cabeça erguida.
Cada amor, cada paixão é um desafio, talvez até uma questão de sorte ou infortúnio. Mas não deixa de ser importante e construtivo. Talvez não seja uma espécie de “regra” que não haja amor como o primeiro ou que este seja para sempre, mas este deverá ser encarado como um passo maior na direcção da maturidade. Para uns mais intenso e profundo, para outros apenas mais um dos inúmeros sentimentos; o amor é um sentimento essencial a todo o ser humano.

Ana Sobral 10ºC

Quando se Ama

“Quando se ama alguém tem-se sempre tempo para essa pessoa. E se ela não vem ter connosco, nós esperamos. O verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar. A vida transforma-se numa estação de comboios e o vento anuncia-nos a chegada antes o alcance do olhar. O amor na espera ensina-nos a ver o futuro, a desejá-lo, a organizar tudo para que ele seja possível. É mais fácil esperar do que desistir. É mais fácil desejar do que esquecer. É mais fácil sonhar do que perder. E para quem vive a sonhar, é muito mais fácil viver.”

Margarida Rebelo Pinto in Diário da Tua Ausência

Recolha de Rita Mendonça; 10º C

Contigo




Foi contigo. Sim, foi contigo que vivi a história mais bonita da minha vida, até hoje.
Começámos pelo “gosto de ti”, passando para o “adoro-te” e depois para o “amo-te”. Sim, foste o primeiro a quem disse a palavra “amo-te”, mas a certa altura já procurava uma palavra para além desta.
A minha vida, agora, era contigo, e não suportava a ideia de te vir a perder. Partilhámos sorrisos, emoções, gelado de morango, idas à praia, sentimentos, segredos, guardanapos, olhares, sensações... Tudo isto que não foi em vão, e que guardo aqui, na memória, no meu coração.
Onze meses, e tu preferiste mudar de rota. Dizias gostar de mim, mas que ainda eras muito novo e que não tinhas “maturidade” para ir para a frente com um compromisso... Sinceramente, acho que foi mais uma precipitação do que qualquer outra coisa.
Mas agora, estou aqui, na esperança de que tu voltes, e que juntos voltaremos a ser felizes.

Rita Mendonça; 10º C

Liberdade


Ser-se livre não é fazermos aquilo que queremos, não é desrespeitar regras ou limites. Ser-se livre é querer-se aquilo que se pode; viver a liberdade é saber encontrar felicidade e prazer nas pequenas coisas de cada dia, respeitando a liberdade dos outros. É querer voar, sim, mas não desejar sempre o mais alto dos céus. Quem não a tem, deseja-a, quem pode desfrutar dela, desvaloriza-a. Só quando alguma vez a perdemos sabemos atribuir-lhe o devido valor e entender que a liberdade não é nem nunca há-de ser algo que nos torna soberanos. Liberdade é sonho, ser-se livre é uma forma de vivê-lo. Não é buscar incessantemente algo inatingível, mas sim saber encontrar em cada amanhecer aquilo que nos deu a liberdade.

Ana Sobral, 10ºC

sexta-feira, 29 de maio de 2009

A Mulher Portuguesa no Séc. XIX

A situação da mulher portuguesa no século XIX era idêntica à da maioria das mulheres da Europa. Por imposição histórica, a mulher ocupava um papel secundário na família, dependendo do homem e sendo responsável pelos filhos. Isto implicava que o poder estivesse todo concentrado no marido, de tal forma que era permitido que o homem maltratasse a sua mulher, que lhe devia obediência.
Nas obras de Eça de Queirós, assim como em muitas obras deste século, a mulher, nomeadamente a sua condição e a sua função, foi um tema sobre o qual se debruçou muito boa gente. Particularmente, Eça defendia que a sociedade da época privava a mulher da seriedade e da razão. Mas, apesar disso, Eça critica mais a mulher do que a defende, nomeadamente ao nível das suas atitudes, apesar de ter em conta que a culpa não é dela na totalidade, mas sim da educação que lhe foi transmitida, isto é, da sociedade. Critica-a a figura feminina principalmente pela prática de adultério, que o autor encara como um acto repugnante. Fá-lo com um olhar satírico, com um tom irónico, deixando da mulher uma imagem de um ser demasiado falível, fútil e insaciável, portador do pecado e da tentação.
Com isto, podemos concluir que a mulher portuguesa no século XIX era subalterna, isto é, completamente dependente do homem, sendo assim uma “personagem secundária” na família. A sociedade não lhe votava o respeito e a seriedade da qual era merecedora, tendo já um “molde” predefinido como esta deveria ser: apenas a acompanhante do homem, dona de casa, sem capacidade de sobreviver por conta própria, sendo esta a razão pela qual a culpa de certos comportamentos por parte da mulher era mais da sociedade que a “moldava” assim, do que propriamente dela, segundo Eça, embora ele não isentasse, com isto, a mulher de toda a culpa, visto que também a achava responsável.

Tiago Gonçalves (11ºA)

A Condição Feminina: Casamento e Adultério

Desde sempre a sociedade tratou homens e mulheres de maneira diferente sem nunca conseguir justificar tais diferenças.
Algumas pessoas afirmam que a razão para esta discriminação é a diferença entre as capacidades físicas, por o homem ter mais força que a mulher, mas, para mim, esta não é uma justificação plausível.
Em algumas sociedades a mulher não tem liberdade de expressão e apenas se limita a tratar dos filhos e da casa, sendo até proibida de trabalhar. Estas tendências têm vindo a atenuar com a evolução e em algumas sociedades mais desenvolvidas as mulheres já são equiparadas aos homens.
Em “Os Maias” as personagens femininas não são vistas com bons olhos pelo autor, sendo bastante criticadas em determinados aspectos como o adultério que, no caso de ser cometido pelos homens é visto com naturalidade enquanto que se for cometido pelas mulheres é visto de forma intolerável.
Certas pessoas afirmam que Eça trata as figuras femininas de forma bastante crítica, dadas as suas más relações com a parte feminina da família, mas o que é certo é que a sociedade da época ainda discriminava bastante as mulheres.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A condição feminina

N’Os Maias “o amor é uma coisa exclusivamente física e bestial, sem idealidade, sem ternura, sem preparo – como entre animais de espécie imunda. Essa Gouvarinho, por exemplo, não passa em última instância, da Leopoldina do Primo Basílio, mais hautement placée. A Cohen, uma lesma lânguida, sem repudiar o marido, institui-se amante do primeiro Georges Hugon que lhe apareça, Dâmaso ou João da Ega, pouco lhe importa… e sobre o altar do amor, no fim de cada entrevista, exangue e nua, a desavergonhada não tem pudor de perpetrar a colação de perdiz fria e vinho de champagne, ao lado do amante em camisola. Maria Eduarda, sabe-se o que é, de onde vem, e da maneira cómoda e tranquila com que depois do incesto se resolve a casar com um monsieur à favoris blancs, lá de Paris.”

Fialho de Almeida, Pasquinadas – Jornal d’Um Vagabundo, pp. 269-286.

As mulheres n’Os Maias, são conhecidas pelo exterior através do narrador ou de outras personagens; pelo contrário, é possível conhecer o interior de Ega e de Carlos.
Raquel Cohen e a Condessa Gouvarinho são vistas como mulheres fúteis, adúlteras, provocantes e levianas; Maria Eduarda mostra ser uma mulher que escolhe a maneira mais fácil de subir na vida, casando-se com homens ricos, tal como Maria Monforte, sua mãe, também o fizera. As mulheres, como se pode verificar anteriormente, são criticadas negativamente.
As mulheres das classes ricas eram educadas “exclusivamente para o amor”, e desde novas aprendiam como se apresentar e comportar diante de outras pessoas.
Quando casadas eram muito dependentes dos maridos, “o marido trata de lhe tirar todo o trabalho, todo o movimento, toda a dificuldade, alarga-lhe a vida em redor, e deixa-a no meio, isolada, fraca e tenra, abandonada à fantasia, ao sonho e à chama interior”.
Os adultérios na pequena burguesia, “a não ser as excepções de temperamento” eram “quase todos oriundos na necessidade e na pobreza”.
Eça Queirós, Uma Campanha Alegre, Livros do Brasil

Sofia Santos, 11ºA

Os Maias - condição feminina

Como podemos observar n'Os Maias, Eça de Queirós nunca faz um "bom retrato" das suas personagens femininas. Estas são vistas como seres superficiais e adúlteros, pois foi essa a educação que tiveram.
Segundo o ponto de vista de Eça, as mulheres são educadas para o amor, seja esse dentro ou fora do casamento. Aqui entra a superficialidade e a mentira: as mulheres "amam" os seus maridos mas na verdade, têm vários amantes durante todo o seu casamento.
Embora os homens também sejam adúlteros, nunca são injuriados, pelo contrário, são considerados verdadeiros galãs, uns "Casanova's". Aqui pode-se observar a grande diferença, a nível social, entre as personagens femininas e masculinas de Eça: quando os homens são adúlteros, são louvados, quando as mulheres são adúlteras, sofrem todo o tipo de injúrias e são retratadas como seres que no fundo apenas procuram os prazeres carnais.
Aos olhos de Eça, as mulheres nascem e são educadas apenas para "tentaram" os homens com os seus gestos delicados, sorrisos tímidos, olhares penetrantes e vozes de criança.

Alícia Ventura, 11ºA

Adultério e Condição Feminina

O adultério e a condição feminina são temas recorrentes N'Os Maias e como tal é possível observar-se ao longo da obra que na época as mulheres eram desfavorecidas, não podendo trabalhar, ter os mesmos direitos do que os homens, nem o direito de discutir.
Segundo Ega, "a mulher só deve ter duas prendas, cozinhar bem e amar bem" tendo assim uma condição muito limitada na sociedade e revelando-se também que a sociedade da época era muito machista. Como tal, a mulher era apenas um objecto de prazer para os homens, que lhes fazia os favores, arrumava a casa, tratava dos filhos, os acompanhava em soirées e não devia fazer nada que lhes desagradasse, não sendo assim vista na maioria das vezes pelos homens como a mulher que estes amavam, mas sim apenas como uma acompanhante. Por isso, as mulheres que naquela época sempre foram educadas para o amor e para agradarem aos homens, quando não tinham a atenção do marido, procuravam-na noutros lugares, sendo assim o adultério muito comum na época.
Vários casos de adultério podem verificar-se N'Os Maias, como o caso de Carlos com Maria Eduarda e Ega com Raquel Cohen.

Alexandra Moreno, 11ºA

A Condição Feminina: Casamento e Adultério

O adultério é um tema recorrente n' Os Maias.
Eça de Queirós critica as mulheres portuguesas de classe alta pelas suas características românticas e apresenta-as no seu livro, normalmente, ou como adúlteras ou como prostitutas, dando-nos assim uma imagem muito negativa do género feminino da época.
Naquela época, as mulheres de classes ricas tinham desde pequenas uma educação romântica, o que as tornava pessoas fúteis e incultas que só ligavam ao aspecto e à ideia de “amor perfeito”, como liam nos seus livros sobre paixões avassaladoras e eternas. Posto isto, com certeza que desde pequeninas só sonhavam com o casamento e com esse tipo de paixão. Mas se, como diz Eça, casam e os maridos só vivem para o trabalho e é tudo menos um conto de fadas apaixonado como os livros descrevem, elas decepcionam-se e pendem para o que parece que lhes pode dar o que querem, pendem para o adultério que lhes providencia a excitação do perigo e o caso apaixonado e louco que elas tanto desejam.

Milene Raposo, 11ºB

A Mulher de Eça

Um dos tema fulcrais de crítica no romance Os Maias, de Eça de Queirós, é o sexo feminino em geral.
Ao longo da obra, Eça pinta um retrato algo depreciativoda posição feminina na sociedade . A mulher não é tratada como uma pessoa que possa contribuir para a sociedade, mas sim como alguém que tem como função principal ser uma boa dona de casa. Acaba assim por ser vista como um ser mais ignorante que o homem, não se metendo na conversa destes. Consequentemente, não há na obra nenhuma personagem principal do sexo feminino (excepto obviamente Maria Eduarda).
Um outro aspecto da sociedade do século XIX que o dedo de Eça não falha em apontar é o adultério. Este pode ser justificado com a educação daquela época: as únicas obrigações de uma mulher eram cozinhar bem e amar o seu marido. Devido a essa falta de motivação, as esposas acabavam por procurar uma forma de dar algum interesse e emoção às suas vidas, que não era encontrado no casamento. A mulher é assim retratada como não merecedora de confiança e inferior ao homem, pois os seus amantes não cometem um crime tão horrendo.
Apesar de ser publicado no século XIX, Os Maias ainda mantêm algumas das suas críticas actuais para os dias de hoje, uma vez que tanto o machismo como o adultério ainda persistem na nossa sociedade.

Bruno Balthazar, 11ºA

A mulher em Os Maias

Na obra “Os Maias” a educação e o comportamento da mulher são temas bastante criticados.
Na sociedade daquela época as mulheres não tinham poder de opinião, não era bem visto uma mulher falar dos assuntos intelectuais de que os homens falavam ou até mesmo discutir com estes sobre qualquer assunto da actualidade; a mulher era apenas educada para “ser prendada”, Ega diz mesmo : “a mulher só devia ter duas prendas: cozinhar bem e amar bem!”, uma visão muito machista.
A imagem que Eça de Queiroz dá das mulheres é que são adúlteras, e disso temos bastantes exemplos, como Maria Monforte, que abandonou Pedro da Maia e fugiu com Tancredo, Maria Eduarda que veio com Castro Gomes para Portugal mas não é casada com ele, Raquel Cohen e a condessa de Gouvarinho que têm um caso com Ega e Carlos, respectivamente, e bastante religiosas, como as Irmãs Silveirinha e Maria Eduarda Runa que deram uma educação muito religiosa e portuguesa a Eusebiozinho e a Pedro, contribuindo para que estes fossem sempre uns fracos.

Andreia Matos, 11ºA

As mulheres e o adultério em Os Maias

N'Os Maias as mulheres são um pouco inferiorizadas.
Eça diz que as mulheres não devem receber a mesma educação que os homens. Devem saber manter uma conversa mas não devem saber muito acerca de certos assuntos considerados "coisas de homens". Não devem ser instruídas.
Eça diz ainda que amar e cozinhar é o único dever das mulheres, ou seja, viver para servir os maridos e entender apenas de lides domésticas.
Nesta obra as mulheres são caracterizadas como demasiado emocionais e românticas, um pouco fúteis e adúlteras.
Existem vários casos de adultério n'Os Maias: Ega com Raquel Cohen, Carlos da Maia com a condessa de Gouvarinho e o episódio em que Maria Eduarda foge com o Italiano.
Apenas as mulheres são acusadas de adultério, pois as implicadas nestes casos são todas casadas, enquanto os homens envolvidos não. Indirectamente Eça descreve a mulher como uma "espécie" desonesta.
Naquela época, a mulher ainda não tinha reivindicado muitos dos seus direitos, e isso influenciou a sua caracterização nesta obra.

Soraia Pereira, 11ºA

A condição feminina: casamento e adultério

N’Os Maias, Eça de Queirós aborda o tema do adultério, mais especificamente o adultério feminino.
As mulheres adúlteras tratadas na obra pertencem à aristocracia e, tal como as mulheres da época, eram subalternas relativamente aos maridos.
O olhar satírico de Eça dá-nos uma péssima visão da mulher, nomeadamente na questão do adultério. N’Os Maias a condessa de Gouvarinho e Raquel Cohen são mulheres adúlteras, tal como Maria Monforte, que abandona o marido e foge juntamente com o amante.
Na época de Eça, as mulheres da aristocracia eram educadas somente para amar os maridos, pois todos os outros deveres que uma mulher de uma classe mais baixa pudesse ter não se aplicavam a elas, uma vez que eram feitos pelos criados. A mulher deveria obedecer e respeitar o marido, porém, como podemos ver n’Os Maias, esta última condição nem sempre se verificava e algumas mulheres eram infiéis.

Lénia Candeias, 11ºA

A condição feminina: casamento e adultério em Os Maias

Eça de Queirós utilizou a sua obra Os Maias para criticar a sociedade e a política portuguesa do século XIX. Ele critica os políticos, o deslumbramento que os portugueses têm pelo estrangeiro, e aborda temas como a corrupção e o adultério.
O adultério é um tema do qual não se poderia deixar de falar, já que está presente em toda a obra e por diversas vezes. Está presente no caso de Maria Monforte com Tancredo, no caso de João da Ega com Raquel Cohen e no caso de Carlos da Maia e a Condessa de Gouvarinho. Eça vai usar estes casos para mostrar o quão fúteis e interesseiras as mulheres podem ser quando se fala de estatuto social e interesse económico. Todas estas mulheres se sentem infelizes no casamento que têm e é esse o motivo para o adultério e a fuga, no caso de Maria Monforte.
Para as mulheres daquela época saber como ia a política, como estava a economia do país ou até quem eram os artistas mais falados na altura não era minimamente interessante. O mais importante era a sua beleza e as portas que esta lhes poderia abrir. O facto de serem bonitas fazia com que se casassem com homens ricos e influentes.
Apesar da sua beleza, grande parte dos casamentos daquela época resultaram de arranjos com interesse económico envolvido, como o caso dos Gouvarinho, em que o marido contribui com o estatuto e a mulher com a fortuna do pai comerciante.
Após o casamento, os maridos deixavam de dar às mulheres a atenção que elas quereriam. Assim, elas tinham de procurar alguém que lhes desse essa atenção, cometendo adultério.
Com isto podemos ver que os motivos para um casamento eram o prestígio que isso daria à mulher, que passaria a pertencer a uma classe mais alta da sociedade, e a possibilidade de se tornar uma pessoa mais rica. O casamento passa, assim, a ser como uma parceria em que o principal objectivo é melhorar o prestígio social.

Catarina Lopes, 11ºA

Os Maias-Teatro

Foi uma peça entusiasta, interessante e muito bem representada na generalidade, em que os actores estiveram à altura, na encarnação das personagens.
Levar Os Maias para o palco torna-se numa óptima ideia, pois há sempre quem sofra de uma imensa preguiça, de falta de prática na leitura ou de tempo, e acabe por não ler a obra Os Maias, de Eça de Queirós.
Em suma, esta peça bastante interessante é uma forma muitíssimo enriquecedora de promover a nossa cultura literária.

Leandra Fonseca, 11ºB

O Adultério em “Os Maias”

“Os Maias” é uma obra muito completa, pois para além de um romance, o autor pretendeu, sobretudo, escrever uma crónica de costumes, onde pudesse abordar todos os problemas da sociedade de então, retratando as suas virtudes, mas também os seus vícios.
O tema do adultério está presente em toda a obra e é atribuído às personagens femininas, servindo para caracterizar a condição feminina da época.
A primeira mulher adúltera que surge na narrativa é Maria Monforte, a negreira, mulher de Pedro da Maia. A sua descrição física condiz com a forma como ela se movia na sociedade de então. Bela e provocante, usou todo o seu charme para cativar todos os homens da Lisboa da época e para “apanhar” Pedro na teia da paixão. É esta mulher fútil que vai trair o marido com o italiano Tancredo e provocar uma dor tão grande a Pedro, que o leva ao suicídio. O adultério de Maria Monforte é o motivo maior da trágica morte de Pedro da Maia.
Mas a negreira não é a única adúltera de "Os Maias". A Condessa de Gouvarinho transforma-se na amante de Carlos da Maia. Apesar de ser casada com o Conde de Gouvarinho, ela não se importa com isso e atraiçoa-o mesmo “nas suas barbas”. Visita Carlos no consultório com o pretexto da doença do filho, convida-o para sua casa e mesmo na presença do marido não disfarça a verdadeira intenção do seu convite.
Quanto a Raquel Cohen, casada como o banqueiro Cohen, torna-se na amante de João da Ega. Quando o marido descobre o romance, ela decide ficar com ele, pois a sua condição social e financeira era melhor que a de Ega, o que o deixa muito triste.
A própria Maria Eduarda da Maia, ao viver com o brasileiro Castro Gomes por puro interesse económico e ao envolver-se com Carlos da Maia, mesmo antes de terminar a sua relação com o brasileiro, também ela se transforma numa mulher adúltera.
Para Eça de Queirós, as mulheres desta época, as da classe alta, eram levianas e fúteis, pois não tinham nenhuma ocupação útil, tinham muito dinheiro e só ocupavam o seu tempo a cuidar da sua imagem e em festas. A sua única preocupação era as roupas que vestiam, ou as festas que organizavam, pois viviam à custa dos maridos ricos, que as exibiam nos salões como troféus.
A maioria não casava por amor, mas por interesses económicos e por isso era fácil sentirem-se atraídas por outros homens. Os seus maridos também não lhes davam muita atenção, ocupados com a política e os seus negócios. É a falta de ocupação destas mulheres que as leva ao adultério, de acordo com a opinião de Eça.
As mulheres eram educadas, desde pequeninas, para, apenas, cuidarem da sua aparência e “pavonearem-se” em festas.
O adultério é, assim, um dos temas mais importantes abordados na obra “Os Maias”, de Eça de Queirós.

João Martins, 11º A

A condição feminina

Ao longo da obra “Os Maias”, ficamos com a sensação de que as mulheres que participam neste romance não são muito bem tratadas por Eça de Queirós. Tanto pela função social que desempenham, como por aquilo que representam para os homens, as mulheres são apresentadas como meros acessórios daquilo que é realmente importante na sociedade.
Quanto à sua função social, a impressão que nos fica é a de que a Mulher só tem um dever, e é esse tratar da sua famílias, dedicar-se exclusivamente ao amor. E é por isso que a Mulher surge como se fosse uma peça decorativa, essencial a qualquer homem de respeito, integrante da sociedade.
Parece-nos mesmo que a Mulher é tratada como se fosse outra espécie, uma espécie não dotada de inteligência suficiente para participar no mundo da cultura, da política, das letras; uma espécie que só evoluiu no sentido de criar apetências para amar, e para procriar.
Outra impressão que esta obra nos transmite é de que a Mulher, por vezes, exerce exageradamente a sua função de amar, porque não limita o seu amor apenas à sua família, mas também a outros pequenos romances, à margem da aparência de uma família perfeita. Estes casos de adultério não têm outra origem senão na própria educação que a Mulher recebe e na condição social a que é sujeita. Se pensarmos bem, a Mulher não tem nenhuma ocupação senão cuidar da sua família, e tudo o que a alimenta psicologicamente é o amor que recebe desta. Quando esse amor não a satisfaz, ela procura um refúgio naquilo que sabe fazer melhor, amar. Se não é a sua família, restam-lhe esses pequenos mas calorosos romances.
Privar as mulheres de participar na sociedade, acaba por privá-las de pequenos prazeres, que estas acabam por tentar alcançar à margem da sociedade, muitas vezes pelo adultério. E mesmo com todas estas privações a que são sujeitas, por não serem devidamente respeitadas, as mulheres são as mais discriminadas pelo mais pequeno comportamento considerado inadequado, como se lhes exigissem que fossem perfeitas, mesmo não as reconhecendo como tal.

Mariana Santos, 11ºA

O adultério em "Os Maias"

Como qualquer um pode observar, neste caso particular, na obra de Eça de Queirós, "Os Maias", a mulher daquela sociedade é bastante criticada, através das personagens da obra. A mulher é assim vista como sendo adúltera e aquela que pratica a prostituição.
Outro tema também abordado é o excesso de importância dada à religião ( como no caso de Maria Eduarda Runa e das manas Silveirinha). Esta é a visão e percepção que temos e que Eça nos dá. Como era sabido (e infelizmente "Os Maias" não são o retrato apenas de uma época passada), a mulher tinha o dever de tratar das tarefas domésticas e de ser prestável para o seu marido. Ora, todos os comportamentos que fossem diferentes destes eram, pois então, criticados pela sociedade.
O homem, pleo contrário, já nao era assim julgado de maneira igual se tivesse o mesmo tipo de comportamento. O adultério parecia ser assim uma prática "comum" na sociedade d' "Os Maias" (Raquel Cohen e a Condessa de Gouvarinho), onde a mulher deveria ser fiel e cumprir os seus deveres.
Conclui-se então que a sociedade feminina não condizia como o que devia ser e era mais conhecida pelos seus actos e práticas "impróprios".

Flávia Freire, 11ºA

O casamento e o adultério

A mulher no século XIX passava despercebida na sociedade porque praticamente não exercia nenhuma função social nessa altura, ou seja, nesses tempos as mulheres de fidalgos e burgueses e até de outros estratos sociais eram apenas acompanhantes dos maridos, não tinham qualquer profissão e dependiam deles para sobreviver.
Do ponto de vista de Eça, a maior parte das mulheres casam-se por interesse, ou seja, são umas fingidas, pelo menos a maior parte, porque a mentira que algum casais vivem é fruto de uma educação que os pais dão às suas próprias filhas.
A educação que os pais davam às suas filhas consistia em mostrar-lhes que se queriam ter uma vida bem sucedida, tinham que conhecer o homem certo, ideal.
Esse homem ideal eram homens de grande estatuto social,ou seja, eram ricos, e naquele tempo todas as mulheres queriam homens ricos porque estes lhes davam uma vida de luxo e não precisavam de trabalhar, em alguns casos pode-se dizer que algumas casaram por amor, mas o adultério apareceu pela falta de tempo que os maridos tinham para as suas esposas, pois eram homens de negócios, levando assim as mulheres a satisfazer as suas necessidades com outros homens com pouco tempo ocupado. Estes por vezes eram mais ricos levando-as a rescindir o seu casamento com o marido anterior ou até isso podia não acontecer, mas elas fugiam com amantes para outros países como Inglaterra e França.
Actualmente vê-se em alguns casos que este modelo educacional ainda é imposto e vê-se casamentos realizados por causa do dinheiro, apesar do modelo educacional actual já ser bastante diferente em muitos aspectos.

Daniel Ruben, 11ºA

Adultério n' Os Maias

Como pudemos ler e analisar, na obra de Eça de Queirós, Os Maias, é tratado o tema do adultério.
Eça descreve as suas personagens femininas com um olhar satírico, pois são muito mal tratadas na obra, deixando-as muito mal vistas. Em relação ao adultério podemos averiguar que as mulheres também são as que realizam esse desrespeito, pois como se pode reparar Carlos tem um romance com a Condessa de Gouvarinho, e quem era casado não era Carlos mas sim a Condessa. Outro exemplo de adultério presente na obra de Eça é o romance de Ega com Raquel Cohen, sendo esta casada.
Como podemos ver nestes exemplos, não são os homens que cometem o adultério, mas sim as mulheres.

Rafael Passos, 11ºA