segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Super-mulher!

Quem sou eu ? É uma das perguntas que fazemos quando atingimos esta faixa etária, pois parece que o mundo que nos rodeia gira no sentido oposto ao nosso. Mas julgo que ninguém tem uma resposta concreta, porque aquilo que pensamos ser, para os outros pode ser alguém bem diferente.
Foi ao longo destas duas décadas que me formei como pessoa. Fui observando as atitudes, as falas e até mesmo os gestos das outras pessoas, para criar o meu próprio estilo “politicamente correcto”. Percorri caminhos diferentes até encontrar o certo; cheguei até a sair derrotada de alguns deles, mas nunca baixei os braços, porque me identifico com célebre frase “mais vale as lágrimas da derrota do que a vergonha de não ter lutado”. Sou lutadora, mas desisto quando sinto que não vale mesmo a pena; teimosa, por não descansar enquanto não alcançar os meus objectivos; atenciosa e boa ouvinte. Contudo, com as desilusões que tive, aprendi a dar pouco crédito a histórias que me soam a mentira. Tento sempre dar de mim uma imagem de super-mulher. Por vezes, não me reconheço quando os meus níveis de simpatia atingem o limite, nem quando a “capa” que envergo cai. Nesse instante, serei verdadeiramente eu? É o sentimento de pena misturado com fraqueza que me domina nesse preciso momento.
Porém, eu sou quem sou, sou como sou, sou um ser humano comum nesta sociedade, mas com uma personalidade diferente, claro! Sou eu!

Carla Gregório; 12°C

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