segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Deslumbramentos

Já passava das cinco horas da tarde, e o mar estava turbulento, parecia revoltar-se com tudo e todos. Eu perguntava “ Porquê tanta agressividade?”.
Nem as gaivotas poisavam na areia, perto da rebentação das ondas. O sol estava entristecido. A paisagem morria pouco a pouco, com a exaltação do mar. As pessoas em menos de nada saíram da praia, como se o mar lhes transmitisse um sinal de perigo.
Não conseguia entender nada do que se estava a passar!
Pouco depois, após ter percorrido a praia de uma ponta à outra, sentei-me mesmo a meio, com os pés enterrados na areia. Fixei somente os meus olhos no mar! Somente nele.
De repente, tudo mudou… o sol apareceu, já era o pôr-do-sol. O mar acalmou, sem ondas, sem turbulências. Transformou-se numa autêntica piscina. As gaivotas poisaram nos barcos, outras na areia a “brincar” com a água. Quase diria que estava num paraíso. O azul esverdeado do mar, enchia-me os olhos, a areia doirada e bege, estava ainda quente e suave. Os molhos de pedra, ao fundo do mar, reflectiam o pôr-do-sol.
Começou a anoitecer… Despedi-me com saudade de todo aquele deslumbramento!


Ana Trindade; 12º D

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