terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Friiio!

Chove tanto lá fora. Oiço a chuva a bater na minha janela, e por mais que sinta obrigação, não quero, e até chego mesmo a pensar que não consigo levantar-me da cama. Mas como todos temos um dever a cumprir, acabo por ganhar forças para enfrentar o mau tempo que se encontra lá fora. As árvores balançam de um lado para o outro, como se estivessem a dançar; as nuvens do céu ficam cada vez mais escuras, até que, de repente, a chuva surge brutalmente e cai, cai do céu, como se não houvesse manhã. Parece que as casas perdem a sua cor… à medida que o mês de Dezembro se vai aproximando, o casario vai-se tornando cada vez mais sombrio, como se morresse ali, no meio daquela escuridão imensa.
Não são só as casas e o tempo que mudam, as pessoas sentem-se tristes, sozinhas e bastante pensativas. Isso nota-se nas suas expressões. Dias após dia vão ficando cada vez mais com cara de “poucos amigos”, com cara de quem não quer ser incomodado por ninguém.
Faz tanto frio que eu não resisto em vestir uma boa camisola de lã, com gola até tapar por completo o meu pescoço, um casaco da cabeça aos pés e uma botas; tudo isto para sentir o mínimo de frio possível. É nesta época do ano que as pessoas se devem proteger da chuva e do vento que se sente na rua, pois é, no Inverno, que estamos mais expostos a constipações e a pneumonias. Uma coisa que eu não suporto é andar com o guarda-chuva de um lado para o outro; prefiro vestir dois ou três casacos e apanhar uma grande chuvada do que andar a passear o meu guarda-chuva.
As festas mais desejadas por todos ocorrem nesta estação do ano – o Natal e a passagem de ano. O mau tempo convida-me a passar um tradicional Natal com a família, em casa, junto à lareira a ouvir histórias contadas pelas minhas duas avós. Já a passagem de ano é passada com aquelas pessoas que nós achamos que são os nossos verdadeiros amigos.
Este tempo faz-me sentir presa, angustiada, sem vontade para fazer nada e muito menos com disposição para andar a passear na rua. Logo que o sol aparece por entre as nuvens, o meu estado de espírito altera-se, transforma-se por completo.
Um terrível Inverno pode ser passageiro, mas uma eterna Primavera permanece para sempre no meu coração!


Patrícia Pereira; 11ºC

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