sábado, 21 de fevereiro de 2009

Menina de Chupeta


Início de uma vida, com apenas 2 anos, uma pequena menina a quem chamaram Ana.
A chupeta prova que é ainda um bebé, que precisa de cuidados e de atenção a todo o instante. Tudo nela é pequeno, o nariz, o seu cabelo encaracolado... Tudo, menos a aguçada curiosidade e o enorme desejo de conhecer e descobrir.
Os seus olhos estão repletos de esperança e pureza. As pequenas mãos estão quase entrelaçadas; é uma criança tímida e introvertida, mas, ao mesmo tempo, cheia de alegria e com um grande desejo de ar livre.
Acima de tudo, é uma criança alegre e energica, talvez pela sua inocência e desconhecimento dos lados maus das situações. Nesta idade, não existe maldade, apenas coisas boas e felicidade. Até as situações de dor e sofrimento, como a morte, são explicadas de modo a pensar que até são uma coisa boa pois, como se costuma dizer, a pessoa foi para um lugar melhor do que este.
Dormir não é a actividade predilecta desta menina, nem por sombras. Prefere brincar na rua, ver o Sol a brilhar lá fora em vez de o ver através da janela do seu pequeno quarto. Busca desvendar o desconhecido, alcançar o horizonte e ver o que existe depois dele. O céu nunca foi o seu limite, para ela há muito mais além do azul que dizem ser infinito.
Não é um anjo, apenas um projecto de rapariga e de mulher que deseja atenção, carinho e alguém que a ajude a crescer e a tornar-se forte. Isto basta para fazer dela a criança mais feliz do universo.
São tantos os momentos que me fazem desejar voltar a ter esta idade, esta inocência, este desconhecimento do lado negro do Mundo. Regressar aos dias em que tudo era tão belo e perfeito, em que a felicidade e a alegria eram os sentimentos guias da minha existência.
Talvez sejam estes os anos mais felizes das nossas vidas, apenas não nos damos conta disso.

Ana Sobral;10ºC

1 comentário:

Guarda-Letras disse...

São sem dúvida os melhores dias da vida, estes de descoberta contínua e incansável!
Parabéns, pela boneca que eras e pela rapariga que já sabes ser!
Bom retrato!
F. Beja