segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Natal - Que Conforto?

O Natal, 25 de Dezembro, data de união entre as pessoas, traduz-se principalmente em amor, paz e alegria, e em todas as coisas que quisermos.

Será que as pessoas aguardam mesmo o ano inteiro por esta data para receber o conforto da união, ou para receber o conforto material, que fica debaixo da árvore de Natal?

A verdade é que ninguém passa pelo Natal sem comprar qualquer espécie de material para poder executar as trocas de Natal, tão bonitas e com tanto sentimento; sim, trocas, porque ninguém dá nada a ninguém. E ninguém passa sem isso, exactamente porque espera que o próximo também o faça.
Trocam-se prendas porque está marcada a data de dia 25 de Dezembro para o fazer, e já é regra. Se não, então porque não oferecer em qualquer outro dia do ano? Porque não há essa vontade. Apenas fica a vontade de dia 25, em que, naquele certo mês, todos trocam os embrulhos e todos sorriem de alegria pelo presentinho desejado. Aqui a imbecilidade é tudo, aqui fica marcado o dia 25 de Dezembro como o dia de todas as faces, de todos os imbecis se unirem, neste Carnaval de embrulhos reluzentes, neste samba de esquemas e interesses. E esta imbecilidade é tão falsa, tão propositada como um baile de máscaras, máscaras essas ainda mais produzidas e pintadas que os efeitos de Natal das ruas de Lisboa.

O Natal é tudo isto? Então se é assim, para mim, este tudo não é nada.
Natal é aquele momento em que abdicamos de qualquer coisa para estar junto do próximo, aquele em que nos unimos, independentemente da possibilidade ou impossibilidade da oferta de prendas.
Entre o tudo e o nada do Natal, decididamente, enquadramo-nos no nada. O nada pode ser muita coisa, pois a falsidade permanece entre os seres humanos, ele é o pior até no seu melhor, em qualquer época do ano.

E agora? Que vos desejo eu este ano? Feliz Natal? Talvez Bom Carnaval , que seja eleita a melhor máscara do ano.

Marisa Gonçalves (11ºB)

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