sábado, 20 de dezembro de 2008

Publicidade - Esplendor e Consumo

A publicidade existe essencialmente para servir o capitalismo económico, à excepção da publicidade institucional sobre a qual não me vou debruçar neste texto. Foi inventada para um determinado fim e é esse fim que continua e continuará a cumprir, foi intentada para vender certo produto em particular ou até para divulgar e dar a conhecer uma marca.

A publicidade tem capacidades talvez até maiores do que própria compreensão da raça humana, e poder suficiente para influenciar as nossas escolhas e acções, mesmo sem nos darmos conta disso, e até nos consegue persuadir a comprar a adquirir aquilo de que não necessitamos para absolutamente nada. Faz o difícil parecer fácil, torna esplendoroso o mais feio, quase que torna possível o impossível por instantes, com a maestria de um ilusionista em quem parece podermos confiar. Impulsiona o consumismo desenfreado que leva ao endividamento de milhões de famílias, ao mesmo tempo que fornece milhões a empresários que arrecadam lucros extraordinários.

Apesar de tudo, não posso culpar a publicidade de todo o mal. Afinal, quem compra o produto são as pessoas - não a publicidade! Com mais ou com menos consciência do que estão a fazer, as pessoas sim, devem pensar melhor no que estão a fazer antes de comprarem seja o que for, necessário ou não.

Não sei se adoro a publicidade ou se a odeio; o seu poder é imenso, e consegue levar-nos a fazer quase que inconscientemente aquilo que não queremos, e eu acho isso algo de extraordinário. Por outro lado, é uma das criações humanas mais sujas: mente-nos, engana-nos, manipula-nos, deixa-nos a todos à sua mercê.

Há que ter cuidado e manter os olhos bem abertos, pois afinal a publicidade pode-nos quase que controlar, mas também nos informa acerca de produtos que podem facilitar em muito a nossa vida e o nosso quotidiano.

André Calado (11ºB)

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