
Ao final da tarde, depois de um longo dia naquele escritório que mais parece uma prisão, pego no meu carro e decido olhar o mar e ouvir aquele doce e suave som das ondas a rebentar que tanto me acalma a alma e me adoça a mente. Aquela mistura de cor azul e verde, o branco da espuma e o cheiro a maresia fazem-me ganhar consciência da beleza da vida, fazem-me sonhar. Consigo imaginar-me numa ilha rodeada de mar, longe dos problemas, longe da solidão, longe deste desgaste físico e psicológico que me destrói. Então, lembro-me de quando era miúda e da minha enorme paixão pelo cheiro do mar, pela areia. Os castelos de areia transformavam-se na minha mente de criança, em grandes castelos de pedra, com grandes muralhas onde eu era a princesa e ele o príncipe, onde todos eram felizes e eu nem sabia o que significava a palavra solidão.
Quando me deitava, desenhava um anjo que acabava por desaparecer com as ondas. Costumava pensar que o anjo ia, mas voltava quando eu precisa-se e esse anjo voltou, voltou para me ajudar e as ondas do mar varreram os meus problemas, as minhas assombrações. Hoje, sou feliz!
Catarina Sabino 12ºD
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