domingo, 26 de setembro de 2010

Contemplar o Mar!

Sinto-me só. Sou constantemente invadida pela tristeza que, ultimamente, insiste em não me dizer um adeus.
Ao final da tarde, depois de um longo dia naquele escritório que mais parece uma prisão, pego no meu carro e decido olhar o mar e ouvir aquele doce e suave som das ondas a rebentar que tanto me acalma a alma e me adoça a mente. Aquela mistura de cor azul e verde, o branco da espuma e o cheiro a maresia fazem-me ganhar consciência da beleza da vida, fazem-me sonhar. Consigo imaginar-me numa ilha rodeada de mar, longe dos problemas, longe da solidão, longe deste desgaste físico e psicológico que me destrói. Então, lembro-me de quando era miúda e da minha enorme paixão pelo cheiro do mar, pela areia. Os castelos de areia transformavam-se na minha mente de criança, em grandes castelos de pedra, com grandes muralhas onde eu era a princesa e ele o príncipe, onde todos eram felizes e eu nem sabia o que significava a palavra solidão.
Quando me deitava, desenhava um anjo que acabava por desaparecer com as ondas. Costumava pensar que o anjo ia, mas voltava quando eu precisa-se e esse anjo voltou, voltou para me ajudar e as ondas do mar varreram os meus problemas, as minhas assombrações. Hoje, sou feliz!

Catarina Sabino 12ºD

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