domingo, 26 de setembro de 2010

Pôr-do-sol

Sinto-me triste e decido ir ver o pôr-do-sol à beira-mar. Pego no carro e arranco rumo à praia mais próxima. Pelo caminho, mil e uma ideias atravessam a minha mente e eu não suporto mais. Finalmente, cheguei à praia. Saio do carro e páro. Todo o meu corpo fica hipnotizado, não consigo fazer o simples movimento de fechar a porta. Não consigo desviar o olhar daquele maravilhoso espectáculo, daquele fenómeno tão único, tão verdadeiro e simples. Fico longos minutos a contemplar aquele acontecimento tão esplêndido. De repente, “acordo” para a realidade e decido ir caminhar à beira-mar. Reparo num barco lá bem ao fundo, dá a sensação que está precisamente em cima da linha do horizonte que divide o céu do mar. Há quem diga que esta linha é apenas fruto da imaginação, mas também há quem diga que ela existe mesmo. O facto é que os meus olhos, à vista desarmada, conseguem vê-la. Toda esta mistura de cores atravessa o azul claro do céu. O cor-de-rosa, o violeta, o amarelo, o cor-de-laranja, e até o vermelho, são cores que me fazem pensar. Olho para elas e interrogo-me porque é que elas estão ali, o que fazem ali. De repente, olho para o relógio e desato a correr. Não acredito que já são 9horas da noite. Tenho que ir para casa. Entro no carro e fico meia dúzia de minutos a olhar para o último centímetro de sol que ainda avisto. Como é que o sol se “esconde” por detrás daquela linha tão imaginária? No fundo, acredito que ela existe mesmo. Todas as ideias desaparecem da minha cabeça, como se aquele maravilhoso pôr-do-sol tivesse sido uma lavagem cerebral. Sinto-me muito melhor, confesso!

Patrícia Pereira; 12º C

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