domingo, 8 de março de 2009

"A Escrítica do Tempo Português"




A necessidade de nos situarmos no tempo é, hoje em dia, tão evidente, que para qualquer compromisso a marcação da hora tornou-se fundamental. Não se compreende, portanto, porque é que os atrasos acontecem, cada vez com mais frequência, e a falta de pontualidade se apodera do mundo louco dos hábitos do homem, em especial do tradicional português.
As costuras das salas de espera dos hospitais rebentam com a quantidade absurda de utentes e doentes que esperam, ansiosamente, pela chegada do médico. Grande parte destes utentes tinha, previamente, agendada a sua consulta, mas, porque o médico se atrasou justamente naquele dia, resta-lhe permanecer sentada, rastejando os olhos, languidamente, pelas revistas interessantes do ano passado que permanecem nas mesas hospitalares.
Obviamente que, nem sempre, a culpa se deve à falta de pontualidade dos médicos, mas está mais que sabido que, em Portugal, a percentagem de pessoas que chega, diariamente, atrasada ao emprego (ou à escola) é relativamente alta. Isso só demonstra o quão interessados estão os portugueses pelo cumprimento das suas obrigações e deveres. Na verdade, é um desleixo de tal ordem, uma tamanha displicência, que se traduz numa falta de respeito para com todos. Não é apenas um pormenor, na medida em que a falta de pontualidade contínua leva a uma diminuição significativa do número de horas de trabalho, resultando na perda de produtividade.
O nosso cinema não vende por aí além, os nossos grandes descobrimentos científico-tecnológicos contam-se pelos dedos, a nossa economia não evolui... Já todos sabemos que estamos atrasados em relação aos outros países da Europa. Sugiro, antes de mais, que comecemos por respeitar os nossos relógios.

Frederico Bonito (11ºA)

1 comentário:

Guarda-Letras disse...

Que textos! Que bons escriticadores! Belíssimas críticas! Algumas bem pertinentes! Gostei muito de dar de "caras" com os textos agora publicados. Parabéns a todos os alunos que tão bem expressam os seus pontos de vista!
F: Beja