sábado, 10 de abril de 2010

Acalmem as Criancinhas!


Depois de ter um ataque de tédio por estar há dois dias fechada em casa, sozinha, lá ia a Marta a caminho do café, para espairecer um bocado. Nunca lhe tinha sabido tão bem ouvir aquela musiquinha ambiente, no café da esquina, a um sábado à tarde. Para ela, se aquilo não era o Paraíso, estava lá próximo!
Mas como tudo o que é bom (bem bom, neste caso!) acaba depressa, eis que entra um jovem casal, com uma linda menina pela mão. Era bonito de se ver, uma imagem digna de um quadro. Assim que se sentaram, a pequena começou aos guinchos a dizer que queria um gelado de morango. A mãe, aflita, vendo que toda a gente estava a olhar, foi a correr buscar o gelado. Depois de duas ou três colheradas, a bela criança achou que o gelado não devia ser para comer, mas sim para brincar! Então, colocou as suas pequenas mãozinhas no gelado que tinha à sua frente e começou a correr e a gritar algo incompreensível, como se fizesse parte de uma tribo. Enquanto corria e gritava, ia sujando-se a si própria e a tudo o que apanhava pela frente. Os pais, envergonhadíssimos, pareciam dois gatos atrás de um rato, correndo à volta das mesas do café, pedindo mil desculpas a todas as pessoas presentes.
Assim que conseguiram agarrar o seu rebento, pagaram a conta, deixando uma gorjeta de quase cinco euros ao empregado, que os estava a olhar com cara de pouca satisfação, e saíram do café de cabeça baixa.
E que tal se se certificassem de que os miúdos são bem comportados antes de os trazerem a um sítio com tanta gente? Depois queixam-se que eles, quando já são crescidos, andem por aí aos gritos a toda a gente e a atirar cadeiras aos professores! Acalmem-me essas crianças!!!

Ana Lúcia Sobral; 11º C

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