quinta-feira, 15 de abril de 2010

Roer... roer!

Eu? Neste preciso momento? Queres mesmo saber?
Estou na cama. Roo as unhas da mão direita e estou numa posição bem confortável de cabeça para baixo enquanto sinto o coração bater intensamente e rápido e isso faz-me sentir viva. A minha respiração é veloz. Penso em mim, em ti, no cão, no burro… em tudo; e enquanto sorrio, sou invadida por uma instabilidade imensa e um vazio ainda maior, enquanto que, ao mesmo tempo, uma paz paira sobre a minha aura.
O passado persegue-me e o tempo passa sem me dar um momento para respirar. Frases soltam e vazias invadem-me cruelmente o pensamento sem me permitir pensar no que quer que seja sem ser naquele dia, naquele terrível dia. Porquê? Porque não me deixas seguir em frente?
Sim, não tem lógica não tem nexo, mas eu sinto, eu tenho sentimentos, sentimentos dos quais não me posso descuidar. Estas saudades matam-me; e cada vez que paro, que deixo as mãos quietas, sou invadida por este misto de boas recordações que me fazem odiar-me sempre que penso que deixei fugir, que deixei fugir aquele passado maravilhoso, vivido contigo.
Ao mesmo tempo é bom. Inunda-me uma paz ver-te, ter-te aqui ao meu lado, mesmo que seja por breves segundos, breves momentos. Poder tocar-te é tudo!
Será que vai voltar a acontecer? Sim! Diz-me que sim, por favor!
Oh… pelo menos eu espero que sim, e mesmo que cá não estejas eu sei onde te encontrar. Basta-me fazer o pino, sentir o meu ritmo cardíaco acelerar e sei que estás bem aqui ao meu lado para me confortar. És passado sempre presente. Não te esqueço. Não consigo. Nem aqui a roer as unhas até aos cotovelos!

Débora Paulino; 11ºD

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