sábado, 17 de abril de 2010

Dói...

Dói. É uma dor que ninguém consegue explicar. Dói perder alguém, dói amar alguém que, de um momento para o outro, desaparece da nossa vida. É um vazio que acaba por nunca mais voltar a encher, é uma vida que nunca mais volta aser a mesma. Quando a via sorrir, apesar de tudo, percebia que ela era uma menina feliz, uma menina que apesardas suas limitações, tinha sonhos e tinha uma vida pela frente para os concretizar!
Era muito jovem, os seus vinte e três anos denunciavam o longo caminho que ela ainda havia de percorrer. Naqueles dias em que o tempo não dava alternativa a não ser ficar em casa por causa da chuva, ela deliciava-se com um bom livro ou uma boa música e ali ficava. Nem se importava com o barulho do secador de cabelo, que vinha do cabeleireiro da sua irmã que era ao ladoda cozinha.
No Verão, naquelas noites quentes em que parece que se sufoca dentro de casa, ela saía com os seus pais. Eles eram capazes de tudo por ela. Notava-se pelo olhar deles que ela era a luz dos seus olhos, tal como a sua irmã. Mas naquela noite, chuvosa e desagradável, os sorrisos e o brilho nos olhos desapareceram e deram lugar à dor e ao sofrimento. Ela partiu e ninguém estava à espera. Ninguém a podia deixar ir embora sem conhecer "o nosso João", como a irmã lhe dizia, não a podiam deixar partir sem conhecer o sobrinho, o sobrinho que fora a maior alegria dela nos últimos tempos. A irmã não podia deixar que o seu filho não conhecesse a tia, o seu filho que irianascer na semana seguinte! A dor pairava sobre todos os habitantes da aldeia e as lágrimas não escondiam a admiração que todos tinham por aquela menina. Uma menina que tinha uma força de viver enorme, mas que naquele dia fora atraiçoada pelo destino. O destino quis que o seu coração parasse. Essa menina era a Sílvia, uma menina que era uma grande mulher! Mulher essa, que eu nunca esquecerei!

Patrícia Santos;11ºC

1 comentário:

Jelicopedres disse...

Parabéns, Patrícia!
Obrigada pelas palavras que aqui deixaste. Uma homenagem sentida à Sílvia, que eu não conhecia e agora passei a "conhecer" através do teu testemunho.
Dói sim, muito, perder alguém que se ama...!

Bj da Teresinha*_*)