segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A Boneca da MInha Infância

Naquela tarde, já ao pôr do sol, estava eu e a minha irmã a brincar no jardim quando chegou a minha avó. Ela trazia um estranho saco de plástico na mão. Logo, eu perguntei-lhe:
- Avó, o que trazes nesse saco?
- Já verás! – disse ela.
Fui de imediato para dentro com a minha irmã, atrás de minha avó, para ver o que ela trazia de tão misterioso naquele saco.
Enquanto lavava as mãos para, depois ir jantar, ouvi a minha mãe:
-Vá, despachem-se que a avó tem que ir se embora e quer dar-lhes uma coisa.
Mal, a minha mãe disse aquilo, eu corri para a sala para ver o que era.
-Isto trouxe-me a tia Margarida; é um presente de natal um pouco atrasado – disse, então, a avó.
Realmente já vinha atrasado, estávamos no final de Janeiro. Mas como a tia era de longe, era assim que acontecia todos os anos.
Assim que a minha avó me deu o presente, eu comecei a rasgá-lo muito rapidamente, pois estava muito curiosa.
Quando, por fim, terminei de o abrir, fiquei tão feliz que comecei aos saltos de alegria.
Era uma coisa que eu há tanto tempo pedia à minha mãe e ela sempre me dizia:
-Tens ali muitos brinquedos.
Eu ficava tão triste com o que a minha mãe me dizia que ia logo para o quarto. Ela mais tarde ia lá para me consolar e eu voltava a ficar bem. Era sempre assim quando eu me lembrava daquela boneca que tinha visto na montra da loja perto da minha escola.
Finalmente, ali tinha a boneca que tanto queria; era uma boneca com um lindo vestido cor-de-rosa e um cabelo castanho tão bonito. Sempre que olhava para a boneca imaginava-me com o vestido dela, parecia uma princesa.
Agora, passados anos, quando olho para aquela boneca lembro-me do dia em que a recebi, da cara de felicidade com que fiquei naquele momento.
Foi o melhor dia de minha infância.

Alexandra Candeias; 10º B

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